Chikungunya ainda preocupa em Campos
Verônica Nascimento 01/06/2018 19:23 - Atualizado em 04/06/2018 13:19
Técnicos da Divisão de Zoonoses da secretaria de Saúde de Macaé fazem vistoria em residência à procura de focos de larvas e/ou ovos do mosquito Aedes Aegypti
Técnicos da Divisão de Zoonoses da secretaria de Saúde de Macaé fazem vistoria em residência à procura de focos de larvas e/ou ovos do mosquito Aedes Aegypti / Guga Malheiros
O Centro de Referência das Doenças Imuno-infecciosas (CRDI) alerta para o aumento dos casos de chikungunya em Campos. Até semana passada, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da secretaria municipal de Saúde, eram 121 casos da doença. Em redes sociais, divulgam que 59 casos foram registrados em uma única rua de Guarus. O CRDI não confirmou a informação, mas informou que exames clínico-epidemiológicos apontam mais de 400 casos suspeitos de chikungunya, com a doença se espalhando rapidamente por diversos bairros. Os bairros com índices mais altos de casos são Turfe Clube, Pecuária e Jardim Carioca.
Em Campos, o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti alcança 6.1, quase o dobro do verificado no Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Liraa) anterior, feito em março, de 3.6. O índice aceitável, para a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 1%. A Prefeitura, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e com participação de diversas secretarias, realiza mutirões semanais, sempre às sextas-feiras, para controle do vetor. Nesta sexta-feira, ponto facultativo pelo feriado de Corpus Christi, não houve mutirão, que chegou a ser antecipado para a última quarta, mas foi cancelado por causa da chuva.
O diretor do CRDI, José Luiz de Souza, disse que novo balanço dos casos será feito na próxima semana. Ele não teve como confirmar a informação, divulgada em redes sociais, de 59 pessoas de uma mesma rua de Guarus com chikungunya, mas explicou que, como a transmissão da doença é bem mais rápida do que a da dengue, pode, sim, ocorrer de várias pessoas de uma mesma área adoecerem no mesmo período.
— Estamos verificando que os casos estão se pulverizando por todo município. O índice de infestação está acima de 6 também em outros municípios, não é só uma situação de Campos. O governo federal, através do Ministério da Saúde, direciona verba e insumos para o combate ao mosquito transmissor e atendimento aos pacientes. O governo estadual divulga os índices de infestação e dos casos, mas o ideal é intensificar o combate ao vetor, inclusive com o apoio do Estado—, declarou o médico.
Como parte das ações de combate às doenças em Campos, os mutirões integrados em parceria com as secretarias de Governo, Desenvolvimento Ambiental, desenvolvimento Humano e Social e as superintendências de Postura e Limpeza Pública tiveram início no último dia 18, para somar ao trabalho já realizado diariamente pelas equipes de combate ao mosquito. As ações foram iniciadas nos bairros priorizados: Turfe, Matadouro, Riachuelo, Fazendinha, Fazenda Grande, Salo Brand, Pecuária, São Clemente, Parque Dom Bosco e Corrientes.
O próximo mutirão integrado será realizado na próxima sexta-feira, dia 8, em Donana, São José e no Parque Imperial.

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