Emoção marca sepultamento de empresário morto no Rio
22/02/2018 11:50 - Atualizado em 23/02/2018 13:25
Sepultamento de Renato Chagas
Sepultamento de Renato Chagas / Paulo Pinheiro
Sob aplausos e com muita comoção dos familiares e amigos, o empresário Renato Chagas, conhecido como Renatinho da Construferro, foi sepultado no final da manhã desta quinta-feira (22), no Cemitério do Caju. Centenas de pessoas foram se despedir, algumas vestindo camisas com a foto do empresário e palavras de saudade. Renatinho Chagas de Souza Junior e Ericksson Rodrigues Calil foram encontrados mortos na Barra da Tijuca, na capital do Rio, na noite da última segunda-feira (19). O corpo de Renato chegou a Campos na noite desta quarta (21) e seguiu para o cemitério Campo da Paz, para o velório. O sepultamento de Ericksson está previsto para esta sexta-feira, na localidade de Vila Nova, na região Norte de Campos.
Informações reveladas na coluna Ponto Final, na página 4 da edição da Folha da Manhã desta sexta-feira (23), dão conta de que o crime teria sido um acerto de contas com a milícia do jogo, com o qual os dois estariam envolvidos. A relação de Ericksson seria confirmada por passagens na 134ª DP e Renatinho teve a ligação apontada em áudio que circulou, após as mortes, no WhatsApp. As execuções teriam ainda ligação com a detenção, em 2016, de sete homens, no cruzamento das avenidas 28 de Março e José Alves de Azevedo. Dentre eles, três policiais militares e quatro homens com diversas passagens, inclusive envolvimento com milícia de uma comunidade da Zona Oeste. As informações foram repassadas à Delegacia de Homicídios da capital, que investiga o caso.
Renatinho da Construferro foi candidato a vereador na última eleição municipal, em 2016, pelo PSB, e era assessor parlamentar do deputado estadual Gil Vianna (PSB). Durante a cerimônia, familiares relataram que a última informação recebida sobre Renatinho foi a de uma ida, acompanhado do amigo, a uma churrascaria, no Rio de Janeiro, na noite de domingo (18). Com o desaparecimento das vítimas, conhecidos e parentes compartilharam, por meio de redes sociais, mensagens de ajuda e recompensa.
Após receberem informações sobre dois assassinatos no Rio, a família de Renatinho foi até a capital para o reconhecimento do corpo. Aos familiares, policiais disseram que os empresários foram mortos na noite de domingo, por volta das 21h, e os corpos foram encontrados às 9h de segunda-feira. Devido à ausência de testemunhas, não há detalhes sobre o crime. Para os parentes de Renatinho, a morte do campista é uma tragédia: “Ele era meu genro, meu pai, meu filho. Era tudo para a gente”, afirmou o sogro, Neil Alves, emocionado.
O caso - Os corpos de Renato e do amigo Ericksson foram localizados, após um dia de desaparecimento, dentro de uma Fiat Fiorino carbonizada, na Estrada dos Bandeirantes, no Rio. As vítimas foram atingidas por tiros na nuca e na cabeça. A Delegacia de Homicídios da capital, responsável pelo caso, informou não poder passar detalhes sobre as investigações. Os dois campistas foram assassinados em meio às ações da intervenção federal na Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro. Os empresários viajaram para o Rio na manhã de domingo (18) e ficaram em um apartamento na Barra da Tijuca. Na última vez em que foi visto, Renato estava saindo em um veículo Uber. Após isso, familiares não tiveram mais informações sobre o paradeiro dos dois.

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