Liberado, presidente do Goytacaz diz: "agi de boa fé"
Paulo Renato Pinto Porto 01/02/2018 17:07 - Atualizado em 09/02/2018 15:29
O empresário e presidente do Goytacaz, Dartagnan Fernandes, 57 anos, disse que o episódio em que se envolveu, na última quarta-feira, quando foi preso numa abordagem policial ao conduzir o veículo Hillux SWS, de cor prata, placa OWX- 2505 (Muriaé-MG), que os policiais descobriram ser um carro roubado, pode acontecer com qualquer cidadão. O dirigente cogitou inclusive se afastar da presidência do clube.
Dartagnan Fernandes
Dartagnan Fernandes / Rodrigo Silveira
Após ser preso e levado para a audiência de custódia, o dirigente passou a noite na sede da Polícia Federal e só foi liberado na tarde desta quinta-feira.
— O que houve comigo pode acontecer com qualquer cidadão de bem que entra numa agência para adquirir um veículo de boa procedência. Até porque eu conhecia as pessoas que me venderam o carro, tinha neles total confiança. Até o dia de ontem, eu as considerava pessoas idôneas, mas hoje não posso considerá-las como tal — afirmou o presidente alvianil, que falou à imprensa durante entrevista coletiva no escritório de seu advogado, Luiz Fellipe Gomes Pinto.
Dartagnan e Luiz Fellipe não quiseram revelar os nomes dos vendedores nem da agência onde o veículo foi adquirido. “Até porque eles podem ser ter sido também vítimas de pessoas desonestas”, disse o empresário.
O presidente do Goyta transitava na quarta-feira pela manhã, na Rodovia BR-101, quando em frente à UPA de Guarus, foi abordado numa operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Ao conferir a documentação, os policiais concluíram que o veículo havia sido roubado no Rio de Janeiro, em 2014, e sua placa estava adulterada. O veículo havia sido adquirido há 63 dias.
Dartagnan deu coletiva junto a advogado
Dartagnan deu coletiva junto a advogado / Rodrigo Silveira
Imediatamente, ele foi conduzido à sede da Polícia Federal em Campos e depois participou de uma audiência de custódia, na Primeira Vara Federal, junto à juíza Geovana Calmon.
— Ela acolheu as explicações e considerou que ele havia agido de boa fé na compra do veículo. Cumpre acrescentar que Dartagnan não é réu e não foi denunciado. O que ocorreu com ele pode acontecer com qualquer um. Ninguém tem o hábito de verificar o chassi ao compra um veículo, até por falta de conhecimento ou capacidade técnica — argumentou o advogado.
O dirigente esportivo lembrou que havia também sido abordado por policiais, na última segunda-feira, no mesmo local, em outro horário, mas os policiais não haviam encontrado irregularidade alguma no veículo. O veículo foi apreendido para ser periciado. A placa original é de Macaé.
— Os prejuízos morais e emocionais estão sendo maiores que os materiais. Prejuízos a mim como pessoa física e ao clube que presido como instituição. Mas quem vai cuidar disso é o meu advogado e a Justiça — afirmou.
Um tanto abatido, o dirigente cogitou a possibilidade de deixar a presidência do Goytacaz.
— Terei uma reunião com minha família, quando será decidida minha permanência ou não à frente da presidência do Goytacaz — finalizou.

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