Preparativos para a programação religiosa
23/12/2017 09:58 - Atualizado em 27/12/2017 15:31
Distrito campista se prepara para a Festa de Santo Amaro. a programação religiosa será aberta no dia 6 de janeiro com o início do novenário. A tradicional cavalgada da Fé que sai às 9h de Mussurepe chegando à praça da festa no domingo (7) e para este ano os organizadores esperam aumentar o número de participantes. A organizadora Carla Cordeiro ressalta a importância do encontro na Praça de Santo Amaro reunindo gerações num momento de fé e devoção.
Devotos começam a visitar a igreja já preparando para a festa de dia 15 de janeiro. A expectativa é de pelo menos 100 mil pessoas passem pelo distrito nos dias de festa. Nos primeiros dias de janeiro intensifica as visitas à igreja. O que importa para os devotos é chegar a igreja para agradecer os milagres por intercessão do santo.
— Em agradecimento ao Glorioso Santo Amaro devotos participarão da III Cavalgada de Santo Amaro. Cavaleiros percorrem um trajeto até o Santuário em oração e fé. A cada ano o evento vem ganhando destaque nos festejos de Santo Amaro. E no dia 13 de janeiro sairá do Farol de São Tomé a carreata do Caça Lama com destino ao Santuário de Santo Amaro, em agradecimento assistem a missa das 19h — informa Carla Cordeiro.
A festa de Santo Amaro preserva tradições populares. O levantamento do mastro é um dos pontos altos da programação e acontece após a missa de encerramento do novenário no dia 14 de janeiro. Destacando a importante participação de Miguel de Carvalho Gomes, que renova o cada ano o famoso laço de Santo Amaro, idealizado pelo pai Dalírio Pereira Gomes. Um momento devocional que reúne os devotos do santo. Toda estrutura é custeada pelo grupo que se encontram todos os anos. Jorge Bento Neves Pereira fala da emoção em venerar o padroeiro da baixada campista.
— A preparação do mastro é uma tradição de todas as famílias de Santo Amaro. Uma oportunidade para encontrar amigos que hoje moram em outras cidades, mas que no dia 14 de janeiro voltam ao distrito para esse momento de fé em nosso Pai Santo Amaro — disse Jorge Bento.
O Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz destaca a importância cultural e religiosa da festa, uma das mais expressivas do Norte do Estado do Rio de Janeiro e a devoção ao santo. —
— A igreja, obra dos monges beneditinos é uma das referencias no turismo religioso na cidade com o famoso caminho de Santo Amaro, percorrido pelos fiéis que partem do centro urbano com destino ao distrito na madrugada de dia 15 de janeiro.
— É uma das principais festas religiosas da Região do Norte Fluminense e representa um dos três caminhos espirituais do Brasil (o de Anchieta, no Espírito Santo e o das Missões em São Miguel, no Rio Grande do Sul), constituindo uma experiência de fé caracterizada pela cruz fonte de conversão e missão, a compaixão e a misericórdia, expressa nos milagres em benefício dos pobres e desamparados e a paz com Deus, os irmãos e toda a criação. A cavalhada como bem cultural testemunha a importância do diálogo inter-religioso em especial com o mundo islâmico. Como se pode apreciar, é uma festa que oportuniza um valioso espaço para a Nova Evangelização e a inculturação da fé, agregando valores e movimentando o turismo religioso regional — destaca o bispo.
A festa é um dos patrimônios da cidade e considerada uma das maiores manifestações católicas. Um legado construído pelos monges beneditinos que este ano festejam 370 anos de presença na região. Um trabalho realizado por séculos desde a chegada em 1648 do Frei Fernando. Com o tempo foi construída a igreja.
— Desde a chegada em 1648 os monges implantaram a fé católica na região e a devoção aos santos da Ordem Religiosa fundada por São Bento. Os monges foram responsáveis pela construção da sociedade campista em todos os aspectos desde a fé católica, a catequese e a evangelização em tempos difíceis. Os religiosos atendiam a comunidades no meio rural e foram os pioneiros na construção da fé e um dos legados foi a igreja e a devoção a Santo Amaro desde 1733 com a construção da capela primitiva — disse o jornalista e historiador Ricardo Gomes. (A.N.)

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