Violência contra a mulher em discussão
10/10/2017 21:04 - Atualizado em 16/10/2017 18:25
A mudança cultural na sociedade e a necessidade de realização de políticas públicas foram os pontos centrais das palestras durante o fórum em comemoração ao Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher. O evento, organizado pela superintendência de Justiça e Assistência Judiciária, foi realizado na manhã desta terça-feira, no Teatro de Bolso Procópio Ferreira.
A secretária de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS), Sana Gimenes, destacou que a educação da sociedade é fundamental para que o quadro se reverta. “Vivemos em uma sociedade violenta, porém as mulheres sofrem esse tipo específico atrelado à sua condição de gênero, que se manifesta em diversas práticas. Precisamos mudar esse discurso de dominação, e repensar a naturalização de algumas práticas contra a mulher, que foram se criando na sociedade, e se criando até mesmo nas vítimas. Para combater essa violência, além das leis que já temos, devemos focar na educação, a questão é educacional”, disse.
Para a presidente da Fundação Municipal da Infância e da Juventude (FMIJ), Suellen André de Souza, existe a necessidade do trabalho de empoderamento da mulher no município. “A mulher sofre violência, através de preconceito, em espaços públicos quando tenta buscar novos espaços e desafios e, mais ainda, quando dão publicidade às violências que sofrem. Mulheres sofrem diferenciação, com relação ao papel social que desenvolvem. Precisamos que seja compreendido que a violência contra a mulher é real e precisa ser enfrentada e combatida, e que direitos precisam ser respeitados às mulheres. Nada justifica a violência contra a mulher, nem contra qualquer ser humano”, afirmou.
A deputada federal Cristiane Brasil destacou que, atualmente, mulheres são chefes de família em 40% dos lares brasileiros e recebem em média 25% menos que os homens. Ela frisou ainda a importância de políticas públicas para mudar o cenário de violência. “Não há como uma sociedade moderna que pretende se desenvolver, suportar uma diferenciação dessas.” concluiu. (A.N.)

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