Segurança no Centro volta ser questionada
Daniela Abreu 06/10/2017 22:56 - Atualizado em 16/10/2017 18:13
Em menos de uma semana, dois estabelecimentos comerciais na rua Carlos Lacerda, no Centro de Campos, foram alvo da ação de assaltantes. O fato fez ressurgir a sensação de insegurança entre lojistas e também entre a população que acessa a área predominantemente comercial da cidade. Entidades ligadas ao setor, como a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato do Comércio Varejista de Campos (Sindivarejo) têm pressionado para que o projeto que prevê a ampliação do monitoramento de câmeras se conclua e, enfim, saia do papel. Esta semana, representantes da Superintendência de Paz e Defesa Social e do Ministério Público Estadual participaram de uma audiência pública onde apresentaram o projeto de implantação do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).
Segundo Roberto Viana, presidente do Sindivarejo, durante reuniões do Conselho de Segurança, no 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foi levantado a necessidade de celeridade na apresentação do projeto, devido ao crescimento da violência e insegurança. “Estamos aguardando os projetos, os levantamentos para ver de que maneira nós poderemos ajudar e colaborar com a Prefeitura. Eles têm que mostrar o projeto e a viabilidade do projeto e dentro dessas condições, nós podemos comprar parte do equipamento e colaborar”, disse o presidente que ressaltou que, dentro do que já foi apresentado, o projeto do Ciosp não só é necessário para Campos, mas o “investimento mais importante que o município tem atualmente a fazer”, resguardando a segurança pessoal e patrimonial dos cidadãos.
Segundo Nilton Miranda, gerente executivo da CDL, houve algumas reuniões para discutir o assunto, junto a órgãos de segurança como Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Guarda Municipal. “A intenção é fazer um trabalho visando a segurança nos principais corredores da cidade, de grande movimentação, como Pelinca, na área de concentração comercial de Guarus também, disse, lembrando que já há câmeras de monitoramento na cidade, mas a intenção é revitalizar e aprimorar o setor.
Segundo o comandante do 8º BPM, tenente-coronel Fabiano Souza, desde os últimos assaltos no centro de Campos, a segurança foi reforçada com policiamento a pé e com patrulhamento com viaturas nas ruas. Ele lembrou, no entanto, que assaltos como o do salão de beleza e do restaurante, na Carlos Lacerda, são crimes de oportunidade, onde o suspeito age em vigilância ao trabalho de patrulhamento. Para o comandante, o auxílio das câmeras de segurança será um fator importante na redução nos números de assaltos a estabelecimentos e transeuntes. “Quando o monitoramento estava funcionando os números eram bem menores, porque é uma ferramenta poderosa que ajuda a segurança pública e hoje a maior parte das câmeras funcionam precariamente”, disse.
Segundo Marcelo Barros, superintendente de Paz e Defesa Social, “outras audiências serão realizadas em diversos segmentos, da sociedade, para que o diálogo seja ampliado”.

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