Macaé celebra poesia em vários dias
20/10/2017 19:25 - Atualizado em 24/10/2017 18:59
Durante 11 dias, a secretaria municipal de Cultura vai realizar ações de poesia em praças, ruas, escolas e nas faculdades de Macaé. Ontem (20), Dia do Poeta, teve início o projeto intitulado “O poeta é a pimenta do planeta”, que se estenderá até 31 de outubro, Dia Nacional da Poesia.
São pocket-shows, saraus, performances poéticas, poster-poemas adesivados em postes e oficinas de poesia, visando ampliar a divulgação da poesia e conquistar mais público leitor. A ideia é uma derivação das semanas de poesia que foram realizadas na cidade há alguns anos e que aconteciam em março.
“O poeta é a pimenta do planeta” acontece desde ontem e se estenderá até o próximo dia 31, em vários pontos da cidade. No Dia do Poeta, houve o pocket-show, às 19h, na Praça das Artes, saguão do Centro Cultural, com o músico e compositor Jorge Benzê, acompanhado por Gerson Dudus. O evento reuniu a melhor música popular brasileira com o que há de melhor da poesia moderna brasileira. O microfone vai foi aberto para quem quiser ler ou interpretar poesias. As outras atividades serão divulgadas próximo às datas da realização dos próximos eventos em comemoração ao Dia do Poeta e da própria poesia.
- Antes de 2015, o Dia da Poesia era comemorado em 14 de março, em homenagem ao dia do nascimento do poeta Castro Alves. Atualmente, o homenageado é Carlos Drummond de Andrade, e o dia da poesia passou a ser no aniversário dele — relata Gerson Dudus, coordenador do Língua do P, projeto de incentivo à leitura e produção de poesia que acontece toda segunda-feira no Centro Macaé de Cultura.
Usando informações do Retrato da Leitura no Brasil 2016, Dudus explica que houve uma perda considerável de leitores de poesia no Brasil. “Na região Sudeste tivemos uma melhora na comparação com os dados de 2014, mas ainda é pouco. Mesmo que entre os vinte autores mais lidos apareçam três poetas — Drummond, Cecília Meireles e Vinicius de Moraes — , é preciso encontrar maneiras de incentivar o gosto pela leitura de poesia”, disse.
Uma boa notícia é que no Brasil todo cresce o movimento dos saraus de poesia em bares, bibliotecas e praças. Uma das tendências é a Slam, na qual os poetas interpretam seus poemas cercados pelo público em ruas ou praças. São poemas de luta contra o racismo, o machismo, a desigualdade social e afins. (A.N.)

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