Mulheres no topo da pirâmide da família
Dora Paula Paes 08/03/2017 09:12 - Atualizado em 08/03/2017 09:12
O número de mulheres chefes de família aumentou de 23%, em 1995, para 40%, em 2015. Esse é um dos aspectos que indica a mudança nos arranjos familiares, que faz parte do “Retrato das desigualdades de Gênero e Raça”, divulgado na segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, exemplos de mulheres que estão no topo da pirâmide da casa não faltam. A turma do batom ganhou o mercado de trabalho, disputa espaço com os homens, mas quando termina a carga horária, ainda cuida da casa, filhos e pais.
Esse é o caso de Rafaela Nascimento, 35 anos. Ela trocou Campos por Macaé, onde trabalha na área de vendas externas no setor offshore.
— Vejo com naturalidade as mulheres como chefes de família. Me sustento sozinha desde os 19 anos. Hoje, vivo com minha filha de seis anos e minha mãe de 61. Trabalho para nos manter e sou feliz. Na minha área tem preconceito por eu ser mulher, mas vou superando. As mulheres não devem ser abater — diz ela.
Rafaela que integra a estatística do Ipea, como tantas outras, lembra que um ex-namorado chegou a se queixar de que era difícil namorar “um pai de família”, conta.

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