Celso Peçanha completa 99 anos
02/08/2015 11:08

Mário Sérgio Junior
Fotos: Reprodução e Michelle Richa 

Neste domingo (2), o ex-governador do Rio Celso Peçanha comemora 99 anos. Natural de Campos, mais precisamente do distrito de Santo Eduardo, Celso é sobrinho de Nilo Peçanha e atuou como advogado, jornalista, professor, além de traçar caminho na política brasileira. Atualmente, Celso mora na cidade do Rio de Janeiro.

A amiga do ex-governador, Jociléia Ribeiro, lembra de como conheceu a personalidade. Ela contou que conheceu Celso em Brasília, quando ele chegou como deputado estadual. “Cheguei a morar no mesmo apartamento que ele e sua esposa por quase sete meses e desde então nunca perdi contato com a família. Meus pais também sempre conviveram com Celso Peçanha”, comentou.

No ano de 1938, Celso ingressou na Faculdade de Direito de Niterói e no ano seguinte foi eleito vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Já em 1941 foi nomeado prefeito de Bom Jardim pelo interventor fluminense Ernani do Amaral Peixoto, exercendo o cargo até 1943.

Jociléia descreveu Celso como uma pessoa exemplar. “Celso é um homem digno, um político exemplar, um ótimo marido para Hilka, um ótimo pai e avô. Uma pessoa importante para nossa história campista” disse.

Na trajetória política de Celso, além de prefeito de Bom Jardim, chegou a administrar o município de Rio Bonito por três vezes. Foi eleito deputado federal pelo Rio, em 1950, no PTB e em 1954 foi reeleito, quando chegou a tornar-se vice-líder do partido na Câmara Federal.

Em 1958, foi eleito vice-governador do estado do Rio (na época a eleição para governador e vice-governador se dava separadamente) pelo PSD e com a morte do então governador Roberto Silveira num acidente, em 1961, assumiu o Poder Executivo estadual. Em 1962, tentou ser eleito como senador, mas não obteve sucesso e resolveu se afastar da política para exercer outras atividades como procurador do Tribunal de Contas do Estado, advogado, jornalista e professor de direito administrativo.

No entanto, em 1978, resolveu voltar à política e foi eleito novamente deputado federal, desta vez pelo partido Movimento Democrático Brasileiro.

Na literatura, também deixou suas pegadas

Celso também se aventurou pela literatura com mais de dez livros publicados. Junto com a esposa Hilka Peçanha, fundou a Associação Filantrópica Educacional Hilka e Celso Peçanha, em Pé Pequeno, bairro de Santa Rosa, em Niterói.

Filho de Ruy Peçanha e Maria Crespo Peçanha, Celso Peçanha tem merecidas homenagens em diversas cidades de nosso estado, entre elas a estrada Governador Celso Peçanha em Niterói e o Teatro Celso Peçanha em Três Rios.

Dentre as obras de Celso, estão: A planície e o horizonte - memórias inacabadas, de 1997; Campos dos Goytacazes, de 1961; Nilo Peçanha e a revolução brasileira, de 1978; Brasil Zero Hora – Tensões e esperanças (discursos), de 1979; Diálogos com a verdade, de 1980; Liceu de Humanidades de Campos – Cem anos de comunhão (discurso na Câmara), de 1980; Bandeirantes e Pioneiros no Ensino Fluminense, de 1982; Mensagem Governo Celso Peçanha, de 1962; Para construir o futuro – (discursos e projetos), de 1984; De Santo Eduardo ao Parlamento, de 1984; O dia do Maçon (discurso pronunciado na Câmara), de 1985; Álcool, combustível que se planta, de 1979.

Foi professor do ensino médico em Valença, Niterói, Rio Bonito e Campos; corretor de imóveis e agente de investimentos; diretor da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Econômicas de Teresópolis, de 1975 a 1978; delegado do Recenseamento, em 1940, no município de Valença e procurador do Tribunal de Contas Especial do Rio de Janeiro.

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