Nesta quarta-feira (13), completa 10 anos de um do momentos mais tumultuados e marcantes da história política de Campos: a cassação do então prefeito Carlos Alberto Campista. Em 13 de maio de 2005, Campista perdia o cargo, por decisão em primeira instância da Justiça Eleitoral. Atualmente, o ex-prefeito está afastado da política por opção.

Apesar de ter sido cassado em 2005, fruto da eleição de 2004, a história judicial só terminou em junho de 2008, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter julgamentos anteriores sobre processos que cassaram os cargos de Campista e seu então vice, Toninho Vianna. Na ocasião, outros políticos, dos dois principais grupos que disputaram o poder em 2004, foram condenados à inelegibilidade e/ou pagamento de multas. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) chegou a absolver alguns deles, como o então candidato Geraldo Pudim. Mas somente Campista não voltou ao cenário político.

Na mais acirrada eleição em Campos, a disputa por votos em 2004 motivou o início de uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) a respeito de denúncias sobre compra de votos, distribuição concentrada de recursos do programa Cheque Cidadão, cadastramento acelerado de famílias no programa de casas a R$1 e distribuição de kits escolares.

Às vésperas do pleito, a Justiça determinou a suspensão de todos os programas assistenciais, tanto do Estado, em que a então governadora Rosinha Garotinho apoiava o então candidato à Prefeitura de Campos, Geraldo Pudim (que na época era filiado ao PMDB), como do município, em que Arnaldo Vianna buscava a eleição de seu sucessor via Campista.

Todas as denúncias foram endossadas, no final, pela apreensão, um dia antes do pleito, de R$ 318 mil na então sede do PMDB, que seriam usados para compra de votos, segundo relatório do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP).

Enquanto prosseguiam as investigações a respeito das irregularidades no período de campanha eleitoral, Campista foi eleito e empossado até que a decisão da Justiça Eleitoral mudasse de forma decisiva os rumos da política campista.

Na terça-feira (12), a equipe de reportagem tentou entrar em contato com Carlos Alberto Campista, sêm exito.

M.S.
S.M.
Foto: Folha da Manhã