Alexandre Bastos

Pesquisa realizada pelo instituto PRO4 entre os dias 10 e 14 de novembro perguntou se os campistas concordam ou discordam da seguinte afirmação: “Com o dinheiro que Campos tem, a cidade poderia ser muito melhor”. O resultado mostra que a grande maioria, 85,2%, acha que a cidade poderia ser bem melhor, e 10,86% acredita que, mesmo com todos os recursos, não seria possível ser melhor. Outros 4,2% não sabem ou não responderam. Nos últimos seis anos o governo Rosinha contou com mais de R$ 11 bilhões, o maior volume já arrecadado na história do município.

O levantamento, que ouviu 426 pessoas, mostra que em todos os níveis de renda e escolaridade os campistas acreditam que a cidade poderia ser muito melhor com o volume de recursos arrecadados. Entre os campistas com nível superior, 94,1% acreditam que os recursos poderiam gerar mais transformações. De acordo com a pesquisa, 90,3% dos campistas que ganham entre dois e cinco salários mínimos acham que com o dinheiro que Campos tem a cidade poderia ser melhor. Na quarta-feira (10), a Folha já havia divulgado que, de acordo com a pesquisa do PRO4, 73% dos campistas acham que os recursos dos royalties não são bem aplicados. Este ano o governo Rosinha arrecadou cerca de R$ 1,4 bilhão apenas com os royalties e participações especiais. Somando outras receitas, o Orçamento do município chega a R$ 2,5 bilhões por ano, colocando a cidade entre as mais poderosas do Brasil, tendo em vista o Produto Interno Bruto (PIB).

Para o vereador Rafael Diniz (PPS), a pesquisa mostra a voz das ruas. “A população de Campos sofre na área da Saúde com a falta de itens básicos, problemas com ambulâncias, unidades sucateadas e obras que não saem do papel. A nossa Educação é a antepenúltima no ranking do Ideb, os servidores não são valorizados e sofremos com a questão da mobilidade urbana. Se os problemas são visíveis na área central, e bom lembrar que também não existem ações planejadas no interior. E tudo isso com um Orçamento anual de R$ 2,5 bilhões”, disse.

Recentemente o vereador Marcão (PT) comparou os orçamentos do governo Rosinha com os governos passados. “Somando todos os governos entre os anos de 1993 e 2008 (15) anos o município (de Campos) contou com R$ 6 bilhões. Agora, em apenas seis anos, a prefeita Rosinha (PR) já contou com R$ 11,7 bilhões. Gostaria de saber o que foi feito com R$ 11,7 bilhões?”, indagou Marcão.

Suledil apontou investimentos do Governo

Em março, após questionamentos da oposição, o secretário de Governo Suledil Bernardino concedeu entrevista à Folha e listou diversas ações do governo Rosinha nos últimos anos, sem dizer valores. Entre os destaques, publicados no blog “Opiniões”, do jornalista Aluysio Abreu Barbosa, estavam: Programa Morar Feliz, Bairro Legal, Cepop, recuperação da Rodoviária Roberto Silveira, reforma do Ferreira Machado, duplicação da RJ 216 (em execução), Programa de Revitalização de Avenidas, revitalização do Canal Campos-Macaé e Parque Alberto Sampaio, Programa Meu Bairro é Show, entre outros.

Em recente entrevista ao jornal “O Dia”, a prefeita Rosinha disse que o maior legado do seu governo é o “desenvolvimento econômico e social”. “Fomos a sétima cidade em geração de empregos em todo o Brasil por dois anos seguidos da minha gestão. A Firjan com seus indicadores reconhece o desenvolvimento de nossa gestão fiscal, Saúde e Educação. Por dois anos consecutivos fomos a maior cidade em investimentos per capita no Estado do Rio, à frente da capital. Estamos construindo uma cidade mais moderna, mais desenvolvida e com mais justiça social”, disse.