Pezão cumpre agenda de campanha em São João da Barra
12/08/2014 11:08
Mário Sérgio Junior
Fotos: Suzy Monteiro e Genilson Pessanha
 
“Eu vou ganhar no primeiro turno. Na hora que o eleitor sentar na frente da TV, tenho certeza que vou ganhar no primeiro turno”, declarou o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), candidato à reeleição, em visita ao Superporto do Açu na manhã desta terça-feira (12). Mesmo em terceiro lugar na pesquisa divulgada pelo Instituto GPP, na noite da última segunda-feira, Pezão disse que durante as propagandas eleitorais veiculadas na televisão, que começarão no próximo dia 20, os eleitores vão decidir “o que é melhor para eles”.
 
Pezão afirmou que não se baseia em pesquisas de intenção de voto, apesar de a simulação feita pelo GPP ter sido encomendada pelo partido dele. “Não gosto de ficar analisando pesquisa, eu sou o candidato menos conhecido. Acho que agora a partir do dia 20, semana que vem, quando começarem as propagandas na televisão, o eleitor vai começar a sentar em frente a TV e vai observar o que é bom para ele. As pessoas vão comparar o que é melhor para elas, eu tenho certeza. O eleitor é muito inteligente. Então, no momento, eu tenho é que governar.
Vivenciar momentos como esse, ver o que está agarrando aqui para crescer cada vez mais. E na hora certa, durante os 45 dias ali dos debates, do programa eleitoral, o eleitor vai saber o que é melhor para ele”, disse ao acrescentar que o Estado que trouxe 320 mil empresas e gerou 1 milhão 162 mil carteiras de trabalho, além de ter investido em segurança pública, saúde e educação.
 
O governador chegou ao Açu, de helicóptero, por volta das 9h30 e foi embora pouco depois das 11h. O prefeito de São João da Barra (SJB), José Amaro Martins Neco (PMDB), e o presidente da Prumo, Eduardo Parente, também acompanharam a visita. Sobre o avanço das obras no complexo portuário, Pezão disse que o Superporto é o porto do futuro. “É uma emoção estar aqui vendo que isso saiu do papel e que já tem 10 mil trabalhadores atuando. Eu vi a luta de nossa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, principalmente nos últimos três anos, que junto com a Codin ajudou o Estado a ser o indutor de um projeto como esse. Eu fico muito feliz porque o papel do Estado tem que ser esse”, disse.
 
Pezão pontuou que teve uma reunião com os administradores do Superporto para discutir o que pode ser feito para agilizar as obras, como estradas de ligação com as BRs. O governador ressaltou a construção da ponte que vai ligar São Francisco de Itabapoana e SJB. “Nós temos que investir muito aqui na mobilidade. As empresas me apresentaram o projeto da ferrovia e estamos esperando terminar todo o detalhamento para levar o projeto à presidente Dilma para incluir agora no plano de ferrovias. É um projeto que está praticamente pronto”, afirmou.
 
Pezão defende o diálogo para resolver questão da água

Durante a visita ao Superporto do Açu, nesta terça-feira (12), o governador do Rio Luiz Fernando Pezão também falou sobre a manobra adotada pelo governo de São Paulo, que reteve água da usina hidrelétrica do rio Jaguari. Ele acredita no diálogo para resolver o cumprimento da recomendação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) à Companhia Energética de São Paulo (Cesp) de aumento de vazão da represa do Rio Jaguari. O descumprimento pode prejudicar o Rio de Janeiro.

— O governo do Rio está obedecendo à lei federal. O Paraíba do Sul é um rio que tem regulação feita pela Agência Nacional de Águas (ANA). Portanto, os estados têm de seguir a legislação federal. Não podemos fazer disso uma batalha. A gente quer que o mediador, continue sendo o governo federal. Estamos cumprindo estritamente o que determina a lei — ressaltou Pezão.

O ONS estipulou a elevação da vazão da usina do Jaguari, que faz parte da bacia do rio Paraíba do Sul, entre as cidades de Jacareí e São José dos Campos. No entanto, a usina teria descumprido a determinação. Esta bacia abastece não só São Paulo, mas boa parte do Estado do Rio, além de Minas Gerais. “São Paulo não pode tomar uma decisão unilateral. Eu confio muito no diálogo. Tenho certeza de que o governo federal, através da Agência Nacional de Águas, vai determinar o que tem que ser feito no Rio Paraíba do Sul, como sempre foi feito, há mais de 60 anos”, completou Pezão.

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