O professor Sérgio Diniz (PPS), ex-deputado estadual e ex-vereador, morreu nesta segunda-feira. A informação foi confirmada por familiares. Segundo informa o jornalista Aluysio Abreu Barbosa, em seu blog Opiniões, aqui, ele morreu por volta das 15h15, vítima de um infarto fulminante, aos 69 anos. Ainda de acordo com o blog, o corpo será velado a partir das 19h, na Universidade Candido Mendes, onde ele atuou como professor e o sepultamento será no Campo da Paz às 13horas.

O presidente da Câmara de Campos, Nelson Nahim, decretou luto por três dias pela morte do ex-vereador e professor Sérgio Diniz.

Apesar de não ter se elegido para a Câmara Federal na última eleição, teve uma boa votação. Foi o segundo, em todo o Estado, do seu partido. Totalizou 16.452 votos. Em Campos, somou 13.928. Só perdeu para Anthony Garotinho e Arnaldo Vianna.

Diniz era um dos nomes mais cotados para disputar a Prefeitura neste ano pelo PPS.

Genro do falecido prefeito Zezé Barbosa, vale lembrar que, na eleição em 1990, os dois foram candidatos a deputado federal. Na divisão de votos, não se elegeram.

 

Rosinha Garotinho (prefeita de Campos) - “Sérgio Diniz foi um homem público de muitas ideias e contribuiu como vereador e deputado para o bom debate político. Era um professor respeitado e querido pelo meio acadêmico. Sua morte representa uma perda grande para seus colegas de universidade e alunos”.

Carla Machado (prefeita de São João da Barra) — “Campos e toda região perderam hoje um grande cidadão. Conheci o professor Sérgio Diniz desde a época em que cursei a Candido Mendes. Desde então, passei a admirá-lo. Político idealista e sério, não muito comum nos dias de hoje, infelizmente. Ótimo chefe de família, pai e amigo. Que Deus conforte a Beatriz e toda a família neste momento de dor, e que tenham a certeza do grande exemplo de ética e moral que ele sempre representará para todos aqueles que conheceram a sua trajetória de vida pessoal, profissional e pública”.

Nelson Nahim (presidente da Câmara de Campos) - “Sérgio foi vereador junto comigo e sempre foi muito aguerrido, muito dedicado ao que realmente acreditava. Com certeza retornaria à Câmara. Campos perde um político sério e competente, um excelente homem público e a família perde um pai amoroso e companheiro”.

Filipe Estefan (presidente da OAB-Campos)-“Recebo com muita tristeza e pesar a notícia do falecimento do colega Sérgio Diniz. Era um advogado e professor brilhante, ético, responsável, comprometido com a política, a educação e a vida pública. Deixa inúmeros legados: na advocacia, no magistério, na política e como pai de família”.

Sérgio Mendes (ex-prefeito e presidente municipal do PPS)-  “Não tenho nem palavras nessa hora. A tristeza é muito grande. Falei com ele quinta e sexta. Comte Bittencourt, presidente estadual do PPS, do nosso partido, queria ter uma conversa comigo, com ele (Diniz) e com Rogério (Matoso, vice-presidente da Câmara) e, assim que Comte confirmasse o dia iria ligar para o Sérgio para marcarmos a reunião. E agora fui pego com essa informação. Era uma coisa que não esperava. Sérgio era uma pessoa que tinha uma vida regrada, uma pessoa muito tranquila, equilibrada, muito doce e séria. É lamentável. Acho que essa chuva mostra que a cidade está chorando junto”.

Roberto Henriques (deputado estadual e presidente do PSD)- "Trata-se de uma perda irreparável para a política e o mundo acadêmico de Campos. Nossa cidade anda precisando de pessoas que atuam na política com respeito ao dinheiro público. Lamento e tenho certeza de que ele contribuiu no passado, no presente e deixou grandes exemplos".

Jorge Magal (vereador e  líder do governo na Câmara de Campos) -  “Foi com surpresa que tomei conhecimento do falecimento de Sérgio Diniz. É uma perda para a nossa sociedade pois se tratava de um professor exemplar, de um político íntegro e de um chefe de família digno. Sempre conversamos sobre política e pelo número de votos dele na última eleição era um nome forte, creio que teria uma eleição, agora em 2012, bem favorável. Não é fácil passar pela vida pública e preservar o seu nome limpo como ele conseguiu. Só nos resta orar e consolar a sua família”.

Arnaldo Vianna (ex- prefeito de Campos e pré-candidato a prefeito nas eleições de 2012) -“Estivemos juntos alguns dias atrás. Conheci Sérgio antes da política, como professor, e asseguro que fará falta no magistério de Campos. Tenho grande estima por seus filhos e por sua esposa, Beatriz. Ele levou para a política a firmeza e coerência com os seus pontos de vista. Poucos são os políticos com essa postura, fará muita falta. Como fazemos política com seriedade, já estivemos juntos do mesmo lado e em lados opostos, e o respeito entre nós sempre foi mantido”.

Geraldo Venâncio (secretário de Saúde) - "Sérgio Diniz era uma grande pessoa, um grande político. Fundamos juntos o PSDB de Campos. Tinha retidão em sua vida e era coerente com o qe acredtava. Mostrou que era possível praticar politica com ética e dignidade. Deixa exemplos muito bons e vai fazer muita falta".

Andral Tavares Filho (advogado e pré-candidato do PV a prefeito de Campos) — “A notícia do falecimento de Sérgio Diniz deixa seus amigos e fãs atordoados e profundamente entristecidos. Dizer que perdemos um homem de bem parece desnecessário, pois toda Campos o sabia assim. Dizer que perdemos um professor querido, talentoso e respeitado parece pouco diante do que se ouvia de ex-alunos a seu respeito. Mas é na política que ficamos mais pobres, com a partida de alguém que fazia a diferença e acendia a nossa esperança”.

Makhoul Moussallem (médico e pré-candidato do PT a prefeito de Campos) — “É até difícil de assimilar. Estive com ele na noite da última quinta, na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, no lançamento de um livro sobre os 90 anos da entidade. Batemos um bom papo sobre política, no qual eu o convidei a concorrer como vice, na minha chapa. Ele disse ficar honrando com a lembrança, mas descartou educadamente a possibilidade, dizendo que estava empenhado na sua (pré)candidatura a vereador. Campos perde um dos poucos homens públicos do município que sempre praticaram a política com o ‘P’ maiúsculo. É uma perda lastimável!”.

Nildo Cardoso (Ex-vereador e presidente do PMDB de Campos) - “Estou no Rio de Janeiro e pasmo. Tive a oportunidade, a graça, o prazer de conversar com ele ontem. Não me demonstrou nada. Pelo contrário, estava satisfeito com a perspectiva de sua candidatura a vereador. Fomos companheiros por quatro anos na câmara, nos tornamos amigos sinceros, inclusive nossas famílias. Sabia que a hora em que desejasse o PMDB estaria de portas abertas, localmente almejávamos andar coligados na próxima eleição. Tinha uma grande expectativa do retorno dele à câmara, aprendi muito com ele. Por sua bagagem, seriedade e caráter, somava para a cidade”.

Elmar Martins (presidente da Academia Campista de Letras) -"A presença de Sérgio Diniz na ACL era importante pelo que simbolizava na política. Foi um homem público retilíneo, sério. Qualquer coisa que fizesse era com honradez. Políticos como ele são raros. Com sua envergadura moral foi presença inspiradora na Academia. Ainda que não assíduo pelos múltiplos compromissos profissionais, era um membro ativo. Embora advogado, no magistério ele se realizava (até mais do que na política) ao poder orientar os jovens. Eles sentirão falta do professor vocacionado".

João Peixoto (deputado estadual PSDC) - A nossa cidade perdeu um cidadão extremamente correto. Um homem que sabia colocar os seus discursos em prática. Tinha como pontos fortes a coerência, a ética e, principalmente, o respeito pelos seus adversários. Além disso, como professor, pôde passar muitas experiências para os seus alunos.

Erik Schunk (pré-candidato a prefeito de Campos pela Frente de Unidade Popular - Fupo) - Conheci-o um pouco e também a sua família, era uma excelente pessoa. Um homem agradável e honesto, um político ético. Sua visão era muito acima da média dos que fazem política em Campos. Sua linha ideológica (cristão democrata) era diferente da minha (socialista) e me dava gosto tê-lo em oposição às nossas ideias. Fico triste, só tenho palavras positivas em relação a ele".

Paulo Feijó (deputado federal) - “Sérgio é um homem extremamente honesto, correto, ético. Ele radicalizava na ética, levava ao extremo. Campos perde um político de uma história bonita. Infelizmente está acontecendo muito isso: os bons políticos estão morrendo ou então têm dificuldades de vencer as eleições nas urnas. O eleitor tem que fazer essa reflexão. O Sérgio, pela história dele, era para ter tido mais oportunidades na política. Mas, infelizmente, muitos eleitores não valorizam os bons políticos. Lamentamos o que aconteceu também porque ele poderia contribuir muito com Campos ainda. Com certeza iria enriquecer e renovar a Câmara do município. Perdemos essa grande pessoa”.

Mauro Silva (jornalista e pré-candidato a vereador pelo PTdoB) - “O professor Sérgio Diniz era um político ético, um democrata, que apostava na força das ideias, buscando defendê-las sempre com elegância e equilíbrio”.

Luiz Eduardo de Oliveira Souza (diretor da Universidade Candido Mendes) - "Sérgio foi quem teve a iniciativa de trazer a universidade para Campos. A instalação dos três cursos iniciais – Administração, Economia e Ciências Contábeis – aconteceu através dele ainda em março de 1976, sendo ele o primeiro diretor da Candido Mendes em Campos. Agora ele acompanhava os projetos especiais da casa, como as palestras, mas durante muito tempo deu aula de Sociologia Jurídica. O clima de comoção aqui na universidade é muito grande. Sérgio era querido por todos, professores e alunos. Sempre preocupado com a educação. Temos a leitura obrigatória e que foi implantada por ele, que dizia: ‘Quem não lê, mal fala, mal ouve e mal vê’. Todos tínhamos um carinho enorme por ele e fomos surpreendidos pelo que aconteceu”.   

Odete Rocha (pré-candidata a prefeita nas eleições de 2012 pelo PC do B)- "Recebi a notícia de sua morte com pesar. O professor Sérgio Diniz alcançou notável importância na vida política de Campos. Quando eu estava no Sepe observava como ele encaminhava as demandas dos profissionais da educação. Sua pauta política não se restringia ao partido que pertencia, abrangia os problemas da sociedade. Era um democrata de posições mais avançadas. Por sua coerente sensibilidade e capacidade de argumentação, sem dúvida sua eleição fortaleceria o legislativo. Lamento, torcia por sua voz lúcida na câmara".

Com informações do Blog Opiniões e Painel.