186 inconformidades no HGG e 128 no Ferreira Machado
27/08/2019 | 09h54
Reunidos por mais de 3 horas, nesta segunda (26), no auditório Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), conselheiros e diretores do Cremerj - Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio discorreram aos médicos de Campos sobre os problemas que encontraram na saúde pública da cidade e ofereceram apoio institucional, em relação às condições de trabalho, aos servidores em greve há 21 dias (cobertura da Folha - Daniela Abreu).
O blog teve acesso ao conteúdo exposto pelo Cremerj na reunião. Segundo fonte, ficou decidido que a o prazo para o gestor público apresente soluções aos graves casos relatados no relatório do órgão é de 10 dias, a contar do protocolo registrado ontem (26), no Ministério Público Estadual e Federal, Defensoria Pública, Secretaria de Saúde e hospitais envolvidos (confira aqui).
O Relatório
O relatório mostrou 186 inconformidades no Hospital Geral de Guarus e 128 no Hospital Ferreira Machado. Uma delas, no HGG, expõe o risco de desabamento e de curto, nas fiações exposta, no teto do hospital. Segundo apurou o documento, existe contato da parte elétrica com água, levando a risco eminente. O Cremerj enviou ao Corpo de Bombeiros e Defesa Civil ofício relatando a grave condição.
Segundo denúncias e apuração pelo órgão, das aproximadamente 70 Unidades Básicas de Saúde - UBS do município nenhuma tem Responsável Técnico (RT), se tornando irregulares. Esse profissional é o elo da unidade com o Cremerj e quem reponde pelas irregularidades do local. Em caso de inexistência, como foi apurado, o secretário de saúde responde diretamente. Caso se mostre inerte e consequentemente conivente com as irregularidades, será aberta novas sindicâncias que pode resultar em processo ético Profissional com punição. As punições podem ir de advertência até suspensão do exercício profissional.
Ainda segundo fonte, a situação encontrada pelo Cremerj é de calamidade. O órgão recebeu dezenas de denúncias das UBS, UPHs e Centros de Referência, devendo todas serem fiscalizadas.
Prazos
O prazo de 10 dias dados ao poder público municipal é irrevogável, salvo a apresentação do gestor de cronograma de ação e justificativa para que seja estendido. A exceção é para a ortopedia. Os pacientes da área, que estão sofrendo sequelas por espera de cirurgias, devem ter solução de suas enfermidades de forma imediata, não cabendo aumento de prazo. Após a reunião de ontem, todos os departamentos do CREMERJ estarão voltados às condições da saúde de Campos, ficando como responsável pela fiscalização e cobrança de soluções tempestivas relativas as condições de trabalho dos médicos no município, a sede do Cremerj e não mais a delegacia regional. Quem assume o “gabinete de crise” instalado após a reunião é a conselheira coordenadora da comissão de saúde pública, Dra. Margareth Portella. A médica foi a responsável pela interdição da maternidade de Cabo Frio, Hospital Antônio Pedro da UFF de Niterói e Hospital federal do Andaraí, pelos mesmos motivos encontrados em Campos.
Nova fiscalização irá ocorrer após o fim do prazo. Caso demonstre inércia, as unidades de saúde poderão sofrer “intervenção ética”, situação definida em procedimentos próprios descritos na Resolução CFM nº 2062 de 29/11/2013. O Cremerj enviou ainda, ofício à vigilância sanitária estadual para fiscalizar o HGG e HFM.
Direitos e Deveres do médicos
Código de Ética Médico
Código de Ética Médico
Um novo código de ética médica entra em vigor neste ano. Segundo próprio documento "a publicação da Resolução no 2.217/2018 marca o fim de um processo de quase três anos de discussões e análises, conduzido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), cujo resultado visível e esperado pela sociedade era a revisão do Código de Ética Médica (CEM). O novo texto, em vigor a partir de 30 de abril de 2019, atualizou a versão anterior, de 2009, incorporando abordagens pertinentes às mudanças do mundo contemporâneo. Temas como inovações tecnológicas, comunicação em massa e relações em sociedade foram tratados".
Na reunião de ontem, foram lidos os capítulos e artigos onde é explícito que o médico tem o direito de recusar-se a trabalhar em locais sem condições ideias. Nesse caso tem o dever de denunciar. Foram lidos ainda os artigos dos deveres dos responsáveis técnicos, que também são médicos. O novo código de ética médico define em seu Capítulo II, incisos IV e V:
IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará com justificativa e maior brevidade sua decisão ao diretor técnico, ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição e à Comissão de Ética da instituição, quando houver.
V - Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Medicina - Código de Ética Médica.
Código de Ética Médico
Código de Ética Médico
Código de Ética Médico
Código de Ética Médico
 
Sobre a situação do secretário de saúde, Abdu Neme, e outros gestores da saúde que exercerem a medicina, o documento é claro vendando a esse profissional, em seu Art. 19, deixar de assegurar as condições adequadas de trabalho quando investido em funções de direção.
Art. 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou função de direção, os direitos dos médicos e as demais condições adequadas para o desempenho ético-profissional da medicina
 
 
 
 
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Relatório sobre a saúde em Campos entregue hoje
26/08/2019 | 17h53
Hospitais
Hospitais
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - Cremerj finalizou o relatório das fiscalizações realizadas nos hospitais Ferreira Machado (HFM) e Geral de Guarus (HGG) e hoje (26), o protocolou junto ao Ministério Público Estadual, Defensoria Pública, Secretaria de Saúde e aos próprios hospitais envolvidos.
Segundo o Cremerj, os laudos foram entregues, dentro da estrutura do Ministério Público, na promotoria de tutela coletiva e da infância e juventude, pois teriam menores envolvidos e citados no relatório. O conselho negou acesso ao documento, sendo considerado sigiloso pelo seu departamento jurídico.
O registro nos órgãos de controle foi antecipado aqui no blog e ocorre em mesmo momento do evento do Cremerj que será realizado no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, às 19 horas. O primeiro item da pauta é a apreciação do relatório protocolado. Como último item da pauta, mas não menos importante, é citado a previsão da instalação de um "gabinete de crise" para tratar da greve dos médicos que completa 20 dias.
- No gabinete de crise, teremos conselheiros para ajudar o gestor, caso ele queira. Ele não será obrigado a isso, mas estaremos a disposição dele. O relatório é um manual. Nós fiscalizamos e encontramos uma determinada situação. E o relatório dirá como deveria estar de acordo com a resolução daquele item. Não adianta dizermos que está errado, apenas. Mas indicar as soluções e como se adequar as resoluções, normas e a legislação - afirma Rogério Bicalho, coordenador do Cremerj, em entrevista recente aqui no blog (aqui).
E entrevista à FolhaFM (aqui), o ex-secretário municipal de Saúde do governo Rosinha Garotinho, ex-vereador, atual diretor do Hospital Álvaro Alvim e médico gastroenterologista, Geraldo Venâncio, avalia a greve e cita o evento de hoje onde o Cremerj é o anfitrião e dispara: "a greve tem o momento de começar e o momento de terminar".
O blog tentou contato com Ministério Público local, mas o órgão não se manifestou sobre o caso. Segundo fonte, já existe inquérito sobre a condição dos hospitais públicos em Campos. O blog enviou contato via e-mail a Coordenadoria de Comunicação Social do Ministério Público e aguarda retorno sobre as informações.
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Conversas de Domingo
25/08/2019 | 18h58
Conversas de domingo
Conversas de domingo
Há algum tempo atrás uma conversa virtual - ou digital - com uma pessoa a quem eu vou chamar aqui de "Professor P", pois ele não teria interesse em se identificar, se mostrou profícua. As conversas começaram por iniciativa minha, reconhecendo a capacidade intelectual do interlocutor. 
A ideia seria buscar um entendimento sobre os movimentos sociais vigentes, como eles são estruturados e sobre a flagrante e crescente polarização ideológica.  A conversa rendeu. Outros assuntos foram abordados. Em certo momento do diálogo as diferenças de pensamento quase se transformaram em um "fim de papo", mas ambas as partes decidiram continuar, provavelmente para não aceitar que a polarização realmente se tornou densa ao ponto de ser quase palpável e pesar muito na construção dialética atual. Reproduzo uma parte dessa conversa, como forma de ampliar o debate e promover algum tipo de nova construção, novos diálogos, novas interpretações. 
- Boa noite professor. Venho lendo suas postagens e as minhas são, em geral, alinhadas com as suas. Pois bem, uma dessas faz referência à necessidade da "esquerda" e da "centro esquerda" se unirem e estruturarem ações e discursos mais efetivos. As rotulações muitas vezes limitam; existem diversas linhas ideológicas e de pensamento, mas é preciso marcar posição em um lugar de fala confrontante com o status quo, muitas vezes, em outras palavras, é preciso reocupar espaços para que ideias radicais (de ambos os lados) que dialoguem com um atrasado ideal soviético de sociedade que impõe igualdades reprimindo liberdades ou os ideais ultraliberais, exageradamente ligada à costumes e religião, não possam passar a ser hegemônicos, ou pelo menos que intentem a esse propósito. É preciso política, dialética, diálogo e ação. Como fazer isso, é o que lhe pergunto, depois desse preâmbulo extenso? Seria pelos sindicatos e associações? Seria pelos conselhos? Passaria pelos debates virtuais? Vejo o meio acadêmico não tendo capacidade de levar as discussões a dialogar com o homem comum e os espaços estão sendo 
- (Professor P) Boa noite Edmundo. Claro que para o diálogo é bom que se evite as rotulações, mas a definição do campo da "fala" (como usou) é bom que cada interlocutor possa se situar e situar o outro. A disputa das ideias não é nova e não nasceu, como sabemos, da era da internet, com falas e interlocutores múltiplos e até desconhecidos. É dessa disputa de ideias e de busca de apoios que a democracia se instituiu ou se esvai. Hoje, de forma similar à época do fascismo, se tenta calar o outro, e não fazer a disputa no campo das ideias e até - porque não - da luta de classes. Os diferentes interesses estão ai representados em suas frações. Prefiro não falar em marcação de posições e sim de debates sobre os interesses e as contradições políticas e de regimes. A ampliação dos debates favorece à argumentação onde as contradições possam ser expostas e debatidas, mas isso pressupõe o ambiente democrático, que está sendo, escamoteadamente, subtraído. É essa defesa a essência do que defendi no meu texto de hoje, para além das minhas posições e opiniões que exponho no dia a dia. Os espaços são todos aqueles possíveis. Quem não quer debater a democracia são aqueles líderes que falam desejar "jovens que não gostem da política". Eu não gosto muito desse embate que alguns buscam colocar entre o virtual e o real. Ambos podem ser válidos, embora o conhecimento do interlocutor no mundo real, seja importante e muitas vezes imprescindível. Porém, não costumo me furtar em conversar com muitos que encontro aqui nas redes e não sei quem são, como é o nosso caso. Tenho centenas de contatos que são exclusivamente digitais e não menos importantes hoje em minhas várias interlocuções. Muitos desses contatos digitais (que prefiro ao termo virtual) avançaram para a amizade no mundo real. Outros que existiam no mundo real, se esvaíram nos desencontros de posição nas redes sociais. Tal como antes acontecia na vida apenas real. Por isso, eu insisto que é preciso sim articular nos diversos espaços, porém, as pressões políticas, derivadas das mobilizações precisam ser reais. Prazer pelo contato. 
 
 
- Então, justamente por se tentar calar o outro, seja por rotulações ou pela força mesmo, é que devemos retomar alguns espaços “esquecidos” pela intelectualidade, pela academia e por quem tem senso crítico. Concordo que esses espaços devem ser todos aqueles possíveis e que os espaços virtuais são uma continuação de discussões e espaços reais ou físicos. Agora, pondero que devemos sair do metafísico. De um mundo ideal, platônico, onde a verdade absoluta existe e a moral é perfeita. Devemos nos dispor a participar do mundo real e ocupar sim espaços que esquecemos por preguiça, preconceito ou acomodação. Desculpe usar a primeira pessoa (que também peço desculpas ao leitores do blog), mas vejo a necessidade de rever alguns posicionamentos e ser mais assertivo. 
- (Professor P) Sim, Edmundo. (...) Concordo com a sua afirmação que vou transcrever; "agora, pondero que devemos sair do metafísico. De um mundo ideal, platônico, onde a verdade absoluta existe e a moral é perfeita." Para mim o metafísico não deve ser o digital, mas o debate etéreo, e não o teórico, muitas vezes necessário para entender esse mundo tão complexo. Valorizo a todos que antes, ajudaram a construir o conhecimentos que aponta pistas, para entender o mundo contemporâneo. Sobre a moral eu entendo que dentro da necessidade de se compreender esse mundo complexo em que vivemos, precisamos compreender o "lugar" dos valores. Isso não é simples, na política no Brasil,onde o moralismo (na maior parte das vezes, um falso moralismo) serviu e continua a servir como arma e golpe, para a elite econômica, retomar o poder político para os seus interesses. Mas esse seria um papo para um dúzia de cafés. Um abraço.
A conversa se estende. Passeou pela Revolução Francesa e foi até estudiosos e teóricos modernos, como  Luiz Nassif e Castells. Porém, por sua extensão e pela fuga da linha editorial do blog, ainda não explorada, ficaremos por aqui.  
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Arnaldo Vianna confirma volta ao PDT e diz que não existem mais desentendimentos
24/08/2019 | 13h37
Em reportagem da Folha, de Aldir Sales (aqui), aventou-se a possibilidade de Arnaldo Vianna retornar ao PDT,  partido que o elegeu para a prefeitura de Campos. Segundo apurado pelo Aldir, a filiação de Vianna no MDB estaria com o status de cancelada. Procurado pelo blog, Arnaldo fala sobre o caso. Confirma sua ida e, apesar de ser econômico nas respostas, mostrou-se disposto a superar qualquer ressentimento passado. 
Foto de rede social
Foto de rede social
Em agosto de 2016, seu filho Caio Vianna (PDT), então candidato a prefeitura, não teve seu apoio e ele chega a dizer que Caio precisaria “estudar mais” e ter mais experiência para alçar voos mais altos. Ainda em 2016 Arnaldo e Edilene, madrasta de Caio, filiariam-se ao MDB e fecham apoio à Geraldo Pudim. No lançamento da campanha de Caio, no mesmo ano, Edilene  afirmou que “faltava o pai e o povo” no evento. Caio responde em mesmo tom, lembrando ao pai sua afirmação que só entraria numa eleição se estivesse totalmente quite com a justiça. 
Na última terça (20), em um evento do PDT nacional, pai e filho aparecem juntos; Caio posta foto com Ciro Gomes em rede social e Arnaldo, em mesmo veículo, faz postagem dizendo que, com o seu retorno ao PDT, “Campos voltará a sorrir”.  Perguntado pelo blog via WhatsApp, se confirmaria sua volta ao ninho pedetista, Arnaldo envia uma foto como resposta. Nela estão o próprio político e diversas pessoas com a marca do PDT. A pergunta não poderia ser outra: isso seria um sim Dr. Arnaldo? Um “sim” apenas, como resposta, confirma. O blog insiste - A volta ao partido seria um perdão a mágoas passadas? Ou o objeto que levou a desentendimentos no PDT já não existem mais? - Dessa vez Arnaldo falou um pouco mais: 
— Na verdade não existem mais, os tempos são outros, alguns saíram outros chegara— Disse o econômico Arnaldo, sem seu famoso bordão “um beijo no coração” dessa vez. 
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Conselheiros e diretores do CREMERJ em Campos na segunda (26) para tratar da greve dos médicos
23/08/2019 | 16h48
Reprodução site CREMERJ
Reprodução site CREMERJ
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, CREMERJ, seccional de Campos, elabora evento para os médicos, em greve desde o último dia 7 (cobertura Folha). A reunião deverá contar com a presença de conselheiros do estado e terá pauta voltada à demanda que se tornou a principal reivindicação da categoria: a condição de trabalho. Essa imposta por ela própria como forma de pressionar o governo e para se distanciar da narrativa de oportunismo que foram acusados pela ciência das precariedades na área há bastante tempo reclamadas em mesmo momento que gratificações são cortadas e é imposto o famigerado "ponto biométrico".
Dois assuntos dessa reunião deverão preocupar o governo. O primeiro diz respeito a apresentação do relatório da autarquia (CREMERJ) fruto de fiscalizações no Ferreira Machado e no HGG, que deverá ser protocolado no Ministério Público  - estadual e federal - e na Defensoria Estadual.  Outro que também promete tirar o sono dos gestores é a temida "intervenção ética". Definida em resolução própria e impositora de diversas intervenções e limitações aos hospitais, a intervenção ética, caso seja uma realidade, afetará bastante uma saúde já combalida. A curto prazo prejudica a população de maneira drástica. Aos médicos, o item "direitos e deveres" poderá ser alerta e um reforço na intenção de retorno ao trabalho.
Como último item da pauta, a proposta de um "gabinete de crise" eminentemente técnico e composto por médicos e conselheiros, deverá ser uma boa saída para a greve, pois poderá fazer uma interlocução mais efetiva racional com a prefeitura, buscando soluções.
A reunião acontecerá na próxima segunda (26) na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, às 19 horas. Segue a pauta e o convite do CREMERJ:
"O CREMERJ convida os médicos de Campos de Goytacazes para reunião na próxima segunda-feira, 26, com diretores e conselheiros. O encontro será realizado no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, às 19 horas.
 Assuntos que serão debatidos:
1 - Relatório de fiscalização do Hospital Geral de Guarús (HGG) e do Hospital Ferreira Machado (HFM) e suas consequências;
2 - Medidas que serão tomadas diante das novas denúncias sobre as Unidades Pré-Hospitalares (UPHs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS);
3 - Direito e deveres do médico diante da falta de condições de trabalho;
4 - Interdição Ética - Resolução CFM nº 2062 de 29/11/2013;
5- Novas condutas do CREMERJ na defesa do médico;
6- Instalação de gabinete de crise para mediação e orientações técnicas".
Atualizado 23/08 - 19:50 para entrevista com Rogério Bicalho, coordenador do CREMERJ - Delegacia Campos.
O coordenador do Cremerj falou ao blog sobre a reunião de segunda (26). Confirmou que conselheiros e diretores do órgão na capital virão a cidade para participar. Sobre o relatório, resultado de fiscalizações no Hospital Ferreira Machado e Hospital Geral de Guarus, Bicalho disse que protocolará no mesmo dia, junto ao Ministério Público e Defensoria
- Não é papel do CREMERJ criar caos ou pânico, mas o relatório mostrará a verdade (...) terão diversas fotos (...) as condições de trabalho são péssimas - relata.
Sobre o gabinete de crise, o coordenador faz perguntas chaves - Qual objetivo do médico? Ter condições do trabalho. Qual objetivo do CREMERJ? Cobrar essas condições. Qual objetivo do gestor? Acredito eu, atender bem a população. E como a população é bem atendida? Com os profissionais tendo condições de trabalho. Então, com um gabinete de crise, todos saem ganhando. Eu tenho certeza, pelas reuniões que tive com o prefeito que ele quer ajuda. E nós vamos oferecer essa ajuda. Confira:
Blog - A reunião terá a participação de outras seccionais?
Rogério Bicalho - Agora as seccionais mudaram de nome. Agora se chamam delegacias. O CREMERJ possui conselheiros eleitos pelos médicos e depois de eleitos são nomeados nas delegacias locais. Na região temos a norte que é em Campos e a noroeste que fica em Itaperuna. A reunião é de interesse local, mas virão diretores e conselheiros da sede.
Blog - Entre os assuntos que serão tratados estão os relatórios do HFM e HGG. Eles já foram protocolados nos órgãos competentes? Eles são contundentes? Como o CREMERJ a avaliou condição desses hospitais?
Rogério Bicalho - Não é questão de ser contundente, o relatório mostrará a verdade. Sem amenizar e sem ser sensacionalista. Por isso colocamos muitas fotos. Pois contra imagens não haverão argumentos. Como disse, o CREMERJ é um órgão técnico, nossa função não é criar alarde, caos ou pânico. Nossa função é orientar. O relatório traz o que todos os profissionais de saúde ou cidadão sabem, que as condições dos hospitais, de trabalho e estrutural, são péssimas. O prefeito sabe. O secretário sabe.
Blog - O convite fala em “direito e deveres” dos médicos. Seria um item para trazer os profissionais da saúde para ser ainda mais parte do problema?
Rogério Bicalho - Quando nos encontramos em um momento de caos, de atrito com o gestor e insatisfação geral com as condições de trabalho, podem, reafirmo, podem, ocorrer excessos de ambas as partes. Então nós vamos demonstrar o que é direito e o que é dever. Por exemplo: em uma situação caótica em que falta de tudo, o médico tem o direito de reclamar e exigir melhores condições e o dever de denunciar. Se ele está atendendo um paciente e ele está vindo a óbito por falta de condições ele tem o dever de denunciar. Na verdade, os direitos e deveres ali serão mais um diálogo, aberto a perguntas. Cito outro exemplo, o ortopedista quando tem que operar um paciente de urgência e ele se depara com uma furadeira de construção civil ao invés de uma própria para cirurgia ortopédica (fato semelhante foi tratado aqui no Blog), qual o dever dele? Falar a verdade para a família, pois às vezes nos acostumamos com o caos e esquece de falar para a família que o paciente não recebe o atendimento idela porque falatam condições. E Denunciar.
Blog - O convite também fala em novas condutas do CREMERJ seriam essas novas condutas?
Rogério Bicalho - Não é relativo a o que está acontecendo aqui em Campos não. É que agora o CREMERJ colocou conselheiros na defesa do médico, atuando não só na cobrança do profissional, mas também na defesa quando necessário.
Blog - O gabinete de crise poderá ser um bom instrumento de interlocução entre prefeitura e médicos?
Rogério Bicalho - O gabinete eu solicitei. Por que? Nas oito horas que tive em reunião com prefeito, em dois dias, eu deixei claro que o CREMERJ não tem interesse em trazer alarde, que seria um órgão técnico. E o prefeito se mostrou muito receptivo em ouvir a parte técnica. Foi quando ele sugeriu o "pacto pela saúde". Nesse pacto o CREMERJ entraria com um consultor. Então no gabinete de crise, teremos conselheiros para ajudar o gestor, caso ele queira. Ele não será obrigado a isso, mas estaremos a disposição dele. O relatório é um manual. Nós fiscalizamos e encontramos uma determinada situação. E o relatório dirá como deveria estar de acordo com a resolução daquele item. Não adianta dizermos que está errado, apenas. Mas indicar as soluções e como se adequar as resoluções, normas e a legislação. É um manual. O gabinete é para auxiliar nisso. Vou te dar um exemplo prático. O HGG não possui sistema de óxido nitroso. Imagina montar em um hospital já pronto esse sistema? Então se for possível substituir por outra coisa, vamos montar uma câmara técnica, ouvindo os profissionais para ver se há necessidade real. O gabinete será um conselheiro. O prazo dado no relatório será curto, então devemos trabalhar em conjunto. Qual objetivo do médico? Ter condições do trabalho. Qual objetivo do CREMERJ? Cobrar essas condições. Qual objetivo do gestor? Acredito eu, atender bem a população. E como a população é bem atendida? Com os profissionais tendo condições de trabalho. Então, com um gabinete de crise, todos saem ganhando. Eu tenho certeza, pelas reuniões que tive com o prefeito, que ele quer ajuda. E nós vamos oferecer essa ajuda.
 
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"Devemos reinventar a UENF que queremos" - Eleições no campus - outra chapa se manifesta
22/08/2019 | 21h02
Foto Rodrigo Silveira
Foto Rodrigo Silveira
Na última segunda (19) o blog tratou das eleições na Uenf (confira aqui) oferecendo aos leitores um breve histórico da universidade, as movimentações políticas e as leis editadas e publicadas que possibilitaram a instalação da instituição em Campos. 
Naquele dia, véspera do debate entre os candidatos a reitor, que ocorreu no Centro de Convenções da própria Uenf (cobertura da Folha - Daniela Abreu) o blog fez as mesmas perguntas às três chapas concorrentes. Até a publicação, apenas a chapa "AvançaUENF: Ciência e Sociedade", representada pelo professor Carlos Eduardo de Rezende e Juraci Sampaio como vice-reitor, respondera às indagações, ficando o espaço aberto para que os concorrentes pudessem fazer suas manifestações. Hoje (22) o blog recebeu da chapa "Uenf Renova”, representada pelo professor Enrique Medina e Rodrigo Tavares como vice-reitor, as respostas e como dito, o espaço foi franqueado.   
As conversas tiveram como base o Plano Orientador da universidade escrito pelo educador Darcy Ribeiro, que tem seu nome integrado, literalmente, à Uenf. O processo de escolha de um novo mandatário denota novos rumos que precisam ser, pelo grande interesse público, divulgados e esclarecidos pela importância estratégica de uma instituição de ensino pública com a qualidade técnica que a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro vem apresentado e como ela pode contribuir para a sociedade. 
A entrevista com a chapa "Uenf Renova":
Blog - Existe um documento que dá origem a UENF escrito por Darcy Ribeiro em 93, um
“Plano Orientador”. Está lá na página 8, ainda em seu preâmbulo, que a UENF “há de ser, no mundo das coisas, tal como a história a fará”. A história da UENF foi escrita corretamente até aqui? Existem correções de rumo?
UENF Renova - A visão de Darcy Ribeiro sobre implantar uma Universidade do Terceiro Milênio no Norte Fluminense foi uma ideia avançada, bem planejada e ambiciosa para um Brasil conectado ao mundo moderno. Como todas as ideias brilhantes ao serem concretizadas fazem aparecer os grandes acertos e ocasionais erros, que são corrigidos. A UENF foi a primeira universidade do Brasil a ter 100% de professores do seu quadro permanente doutores e isso deu uma excelência de destaque no cenário das
universidades brasileiras. Ao longo dos 26 anos de existência, a UENF contribui com suas pesquisas de excelência para o desenvolvimento regional e na formação de profissionais que hoje atuam em posições de liderança em várias instituições públicas e privadas. Hoje nossos egressos multiplicam a ação formativa em instituições de ensino no Norte Fluminense e no Brasil. Também muitos deles ocupam cargos de lideranças no setor privado. Como exemplos, na PETROBRAS e no porto do Açu, também há um grande
número de profissionais formados na UENF em cargos de liderança. Além disso, vários institutos públicos como secretárias municipais, PESAGRO, EMATER, INEA, comitê de bacia do Paraíba do Sul, etc. contam com a contribuição de egressos da UENF. O próprio Chanceler Darcy Ribeiro disse que temos que reinventar o Brasil que queremos e no mesmo espírito devemos reinventar a UENF que queremos, definindo os horizontes em relação a responsabilidade social da UENF para minimizar as desigualdades na região e no país.
Blog - A universidade dialoga com o “mundo das coisas” satisfatoriamente?
UENF Renova - O diálogo existe desde o seu início. O surgimento da UENF é resultado da luta histórica da sociedade campista por uma universidade pública e de qualidade. A UENF é uma universidade jovem e em crescimento e tem o compromisso de sempre reforçar e ampliar essa relação com o “mundo das coisas”. Iremos propor um diálogo mais franco e direto com a sociedade por meio da criação de uma assessoria de integração regional, que tem por finalidade aumentar o vínculo com  as prefeituras e instituições públicas e privadas interessadas nas potencialidades da UENF, no melhor que temos a oferecer no ensino capacitação, pesquisa e extensão. Um catálogo, um portfólio, com todas as competências que a UENF pode oferecer será elaborado para ser oferecido à sociedade. As atividades de extensão da UENF serão fortemente intensificadas de forma programática estabelecendo calendários anuais de atividades de interesses socioeconômicos e cultural para toda a região.
Blog - Oferece soluções ao cotidiano? Deverá a UENF se aproximar mais com a
sociedade?
UENF Renova - A UENF tem contribuído ao longo de sua existência de muitas maneiras com a sociedade local e regional. Na área do petróleo, a UENF oferece de forma contínua soluções a problemas tecnológicos relacionados à exploração e produção. Ao mesmo tempo, programas socioambientais da UENF amenizam o impacto desta atividade econômica. Na agropecuária, temos muitos projetos que ajudam tanto ao pequeno como ao grande produtor e frequentemente culminam com ganhos de produtividade e rentabilidade que alavancam a produção local e regional. A Universidade da Terceira Idade contribui para a qualidade de vida dos idosos. Na área de saúde animal, o Hospital Veterinário é referência nacional e cumpre com um papel fundamental com suas pesquisas e o serviço de atendimento prestado à comunidade. No campo da saúde humana, realizamos pesquisas de alto impacto social nas áreas de
Doenças Infecciosas e Parasitárias e Genética Humana. Por exemplo, durante muitos anos desenvolvi pesquisas no Hospital Álvaro Alvim, o que ajudou a criar um vínculo muito forte da UENF com a sociedade campista e a Faculdade de Medicina de Campos. Minhas atividades possibilitaram o diagnóstico de doenças humanas e facilitaram o credenciamento do Hospital Álvaro Alvim como Hospital Escola, pois o Ministério de Educação exigia ter atividades de pesquisa no Hospital e nesse momento eram realizadas principalmente pelo Núcleo de pesquisa que eu crie e coordenei por 17 anos no HEAA, concomitante as minhas atividades no campus da UENF. Todas estas informações enunciadas evidenciam a relação intensa entre a UENF e sociedade Fluminense, mas nosso plano propõe intensificar e ampliar geograficamente
essa relação já existente. A expansão da UENF para outras cidades da região, assim como a ampliação campus de Macaé, é uma das questões que consideramos fundamentais.
 
 
Blog - Ainda no mesmo documento, foi citado por Darcy que a UENF deveria dispersa-se pela região, implantando centros de ensino nas cidades do Norte Fluminense. Quais
empecilhos existem para o cumprimento desse objetivo?
UENF Renova - O principal empecilho para expandir as ações da UENF na região depende do cumprimento por parte do Governo de Estado do plano inicial fundacional. Nossa gestão trabalhará com as autoridades para conscientizar da importância destas ações para o desenvolvimento regional.
Blog: Como a UENF pode atuar mais significativamente no desenvolvimento do Norte Fluminense?
UENF Renova: Procuraremos aumentar a sinergia entre a Universidade e os público e privado, executando as propostas de aproximação com as prefeituras e empresas privadas e sociedade civil organizada. É precisamente por isso que criaremos a Assessoria de Integração Regional.
Blog - Saindo da estratégia e indo para a práxis do campus, como a chapa buscará solucionar os problemas financeiros da universidade? Como contratar novos professores e oxigenar a academia, incluindo o auxílio à pesquisa, com as dificuldades orçamentárias da UENF, como acontece com outras universidades públicas do país?
UENF Renova - Primeiramente vamos melhorar nossa organização interna para otimizar o uso dos recursos que disporemos. Parcerias público-privadas e público-públicas são alternativas atualmente utilizadas que deve ser fomentadas. Paralelamente vamos fortalecer as negociações na Alerj e com o Governo de Estado.
Blog - Como a chapa analisa as diretrizes da educação no governo Bolsonaro?
UENF Renova - A nossa chapa tem um compromisso com educação de qualidade, pública, livre e gratuita. A nossa chapa se posicionará sempre contra qualquer ataque a este modelo de ensino seja qual for o governo que execute essas ações.
Blog - Muitas declarações do ministro da educação e do próprio presidente antagonizam com o ensino superior público, acusando vocês de ideologismos voltados à esquerda. Como a UENF pode participar desse debate público?
UENF Renova - A universidade por definição é o espaço de livre pensamento sem restrições culturais, religiosas, ideológicas, de nacionalidade, partidárias, de gênero, etc. Portanto, a UENF é um espaço plural onde as diferentes ideias são debatidas com respeito e harmonia e nós vamos a zelar por estes princípios.
Blog - A academia deve sair de suas “bolhas” e ir às ruas dialogar com o homem comum?
UENF Renova - Como destacado ao longo desta entrevista, a UENF já está integrada à sociedade, mas essa relação deve ser ampliada, inclusive com maior participação da sociedade que deve sempre demandar e apoiar essas ações.
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Coordenador do Ferreira Machado entrega cargo - Diretor Dr. Pedro Ernesto teria pedido exoneração
21/08/2019 | 12h31
O coordenador do setor de traumatologia e ortopedia do Hospital Ferreira Machado entregou o cargo hoje (21) em ofício destinado ao superintendente do hospital, Dr. Pedro Ernesto Simão. O coordenador alega falta de condições de trabalho e de materiais já licitados que não foram entregues e ainda cita o distanciamento com a Secretaria de Saúde, chefiada por Dr. Abdu Neme.
Procurado pelo blog, Dr. Rodrigo Venâncio, coordenador e solicitante do desligamento, preferiu não se manifestar, e disse que "não tem intenção de polemizar". Rodrigo é servidor de carreira pretende continuar exercendo suas funções dentro da secretaria de saúde — Continuarei com as funções que me forem designadas – afirma o médico.
O superintendente, Dr. Pedro Ernesto, também procurado, ainda não se manifestou sobre o caso. Outros coordenadores já haveriam pedido dispensa de seus cargos, como diretor clínico e de pronto socorro.
 
 
Ofício de entrega do cargo
Ofício de entrega do cargo
Atualizado 21/08 15:30h - O superintendente do Hospital Ferreira Machado, Dr. Pedro Ernesto, segundo apurou o blog, com recebimento da reprodução de conversa via WhatsApp, em grupo que participa o responsável pelo HFM, falou sobre sua exoneração do cargo, poucas horas depois do coordenador de ortopedia. Segue reprodução:
Reprodução WhatsApp
Reprodução WhatsApp
O Blog continua tentando contato com o superintende, até o momento sem retorno.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O que o governador comemora?
20/08/2019 | 21h23
Não há o que se comemorar. O sequestro do ônibus de hoje (20) na ponte Rio-Niterói (veja aqui) expõe tragicamente nosso insucesso enquanto sociedade. Perceber conscientemente que é necessário matar alguém para impedir que essa pessoa ateasse fogo em dezenas de outras pessoas é devastador; mesmo com toda psicopatia que possa existir nas ações do criminoso. 
Reprodução - TV Globo
Reprodução - TV Globo
Os tiros disparados pelo atirador de elite do Bope servem para que respiremos aliviados. O estampido que a arma proferiu produziu um sentimento de dever cumprido, mas nunca de felicidade. O policial cumpre sua missão primeira, com a expertise já auferida da expressão "de elite", salva vidas. Trinta e sete vidas.
Marcelo Lessa
Marcelo Lessa
Atuação limpa e amparada por dispositivos legais como ensina o promotor Marcelo Lessa hoje, em rede social: "a mais clássica situação de legítima defesa já que os reféns se achavam na iminência de serem atacados pelo sequestrador".  
O competente atirador reage. Um contido gesto de positivo com o polegar indica que a missão foi cumprida. Certamente orientado por superiores que também executaram suas funções, as mesmas para que foram treinados pelo estado para exercê-las. Tudo parecia, em parte, resolvido. Profissionais tomaram decisões e elas levaram ao desfecho possível, preservando o maior número de vidas, impondo algum tipo de conforto às vítimas.
Witzel
Witzel
Um helicóptero pousa na ponte trazendo o Governador Witzel. Condizente a presença da autoridade maior do estado naquela situação. O que não condiz é o modo que ele se comporta perante tal cenário. Se mostrava um estadista no ar, figura totalmente desconstruída assim que a aeronave pousa. O estadista dá lugar ao político oportunista. Comemorando como se estivesse em um estádio futebolístico, Witzel usa a morte para reforçar sua imagem de combatente do crime. Usa a dor de vítimas de um crime traumático para ganhar fôlego político e mostrar que estavam certas suas posturas e suas medidas ostensivas e muitas vezes ineficazes a médio e longo prazo.
A violência é algo que nunca deve ser banalizado. Principalmente por autoridades públicas de poder representativo. Não há o que se comemorar. Mas também não há o que se lamentar pela atitude policial. Entre os extremismos ideológicos de um lado que adoraram ver um político correndo desajeitadamente em comemoração a um fato trágico e de outro que relativiza a morte de um letal e iminente agressor, colocando em dúvida a atuação da polícia no caso, o comparando com outros excessos relacionados a preconceito, está a racionalidade. A mesma que permite que se fique triste e aliviado em mesmo grau. Uma racionalidade devastadoramente imposta. 
 
 
 
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O mea-culpa de Rafael na greve dos médicos - Novo "pacto pela saúde"
20/08/2019 | 12h36
O prefeito Rafael Diniz fez um mea-culpa em sua carta aberta aos médicos, publicada ontem no portal da prefeitura de Campos (carta aberta) e no blog Opiniões, de Aluysio Abreu Barbosa (confira). Ele diz textualmente: "não há razão para esconder os problemas e reconhecer que há, sim, erros por parte da nossa gestão. Adiar o pagamento das gratificações e substituições, independente da nossa situação financeira, é um deles e precisamos trabalhar para resolvê-lo".
A categoria esperava uma confissão de culpa por parte da administração municipal desde a primeira reunião com o Sindicato e o CREMERJ,  sobre as condições de trabalho, tema que acabou sendo a principal reivindicação da classe além do corte nas gratificações. A condição precária da saúde pública de Campos tronou-se uma pauta de luta dos médicos, imposta pelo próprio movimento. – A greve hoje não é dos médicos, é da saúde pública - disse Roberto José Crespo, presidente do Simec ao Blog do Arnaldo Neto (confira). 
 
 
Rafael fez mea-culpa mas exigiu o mesmo dos médicos, dizendo que "inúmeros profissionais passaram a não cumprir integralmente suas obrigações. Infelizmente, o número de profissionais ausentes nos locais de trabalho é significativo". A acusação de falta de comprometimento colocam os médicos contra a parede. Ou eles aceitam o proposto na carta e começam a dialogar com a secretaria de saúde para buscar soluções em conjunto em relação as condições de trabalho ou negam o proposto e solicitam ao prefeito que prove a acusação e diga o porquê não foi cobrado pelos departamentos de recursos humanos dos hospitais as ausências. A prefeitura negocia com sua obrigação de pagar, já definida em lei municipal e propõe mudança de plantão (24 horas semanais para dois plantões 12 horas). Emite uma carta aberta e acusa os médicos, exigindo uma confissão de culpa. Os médicos, reféns de sua própria narrativa, vão precisar achar uma solução para as condições de trabalho em conjunto com o prefeito. 
Rafael x Médicos
Rafael x Médicos
A população, ao final, poderá ser beneficiada na busca de soluções para saúde de Campos. Caso as acusações e confissões de culpa sirvam para ambos os lados usarem uma frase do filósofo Alfred North Whitehead: "o conflito é um sinal de que existem verdades mais amplas e perspectivas mais belas".  
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"A UENF é muito tímida em mostrar suas realizações"-Eleições na universidade de Darcy
19/08/2019 | 13h41
Criação
Criação
O ano era 1993. Mais precisamente dia 16 de agosto. A primeira aula da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro era ministrada. Um pouco antes, o sonho de uma universidade pública em Campos começou a se transformar em realidade pela lei 1.740/90 sancionada pelo então governador Moreira Franco. Em dezembro de 92 outra lei (2.043/92), de autoria de Fernando Leite, inicia na prática a UENF.
Brizola é eleito governador com a promessa de fazer com que a UENF desse certo. Para isso escolhe a pessoa que daria alma a universidade, Darcy Ribeiro. Ele foi o criador e o primeiro reitor da Universidade de Brasília (UnB) e autor de projetos de instauração ou reforma de universidades na Costa Rica, Argélia, Uruguai, Venezuela e Peru, segundo próprio site da instituição.
Outros tantos fatos históricos e políticos aconteceram desde então. A universidade homenageia seu criador intelectual e aguerrido ativista pela educação, Darcy Ribeiro, em 1997, quando incorpora seu nome em sua nomenclatura oficial. Mesmo após 26 anos, comemorados no último dia 16, as orientações do mestre guiam os caminhos institucionais da UENF, muitos deles pensados e descritos no Plano Orientador
Novos caminhos   
A educação brasileira passa por um período turbulento, para dizer o mínimo. Muitas vezes colocada em papel de antagonismo ao governo federal de Jair Bolsonaro, pelo próprio presidente. Os campi foram acusados de "balburdia". A academia taxada de cultivar um pensamento hegemônico voltado a esquerda e ao progressismo. O governo também ataca os orçamentos. Cortado ou contingenciado, o fato é que o dinheiro disponível para as universidades púbicas diminuiu consideravelmente. Como a UENF se posiciona nesse cenário?  Qual o papel na região dessa importante universidade? Essas e outras perguntas pretendem ser respondidas pelos candidatos a reitor, cargo que será decidido em eleições diretas no próximo dia 31 e que serão sabatinados em um debate (confira aqui) na terça (20) na própria instituição de ensino. 
Carlos Rezende
Carlos Rezende
O Blog ouviu Carlos Eduardo de Rezende, um dos candidatos a reitoria pela chapa "AvançaUENF: Ciência e Sociedade". Até o fechamento, as outras chapas não enviaram respostas às mesmas perguntas que o blog enviou às três chapas concorrentes. O espaço continua aberto.
Rezende cita que a UENF dialoga com a sociedade e diz que "a missão da UENF é formar recursos humanos e hoje, ela atua de forma muito próxima a sociedade local e regional, pois 85% (45% de Campos dos Goytacazes e 40% oriundos de outros municípios do estado) dos nossos estudantes são da região, e 15% de fora do estado".
Porém entende que é preciso avançar mais: "entretanto, penso que temos que mostrar com mais frequência esta informação para a população" e ainda reforça: "Na realidade a UENF é muito tímida em mostrar suas realizações".
Também fala de política e diz que a universidade precisa de protagonismo: "A UENF precisa, imediatamente, retomar o seu protagonismo. Assuntos de grande relevância como o Future-Se mesmo que afete diretamente as instituições federais em um primeiro momento, mudanças na previdência, desfinanciamento das universidades, risco de extinção do CNPq, redução de bolsas entre outros assuntos, deveriam estar sendo discutidos abertamente na nossa instituição e infelizmente estas discussões não ocorreram e precisamos de maior fluxo de informação institucional".
Confira:
Blog - Existe um documento que dá origem a UENF escrito por Darcy Ribeiro em 93, um “Plano Orientador”. Está lá na página 8, ainda em seu preâmbulo, que a UENF “há de ser, no mundo das coisas, tal como a história a fará”. A história da UENF foi escrita corretamente até aqui?
CER: Entendo que a nossa breve história tem sido traçada com muitas conquistas, que refletem nossos acertos, ao longo destes 26 anos tais como prêmios na formação de recursos humanos em pesquisa conquistados junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), destaque entre as 15 melhores instituições do país e formando profissionais com destaque em órgãos públicos e empresas privadas. No entanto, as dificuldades que atravessamos devem ser consideradas em um contexto mais amplo e nas relações extra- e intramuros, mas considero que temos superado a maioria deles, e a comunidade acadêmica tem amadurecido ao longo deste período de dificuldades. Concluindo, vejo que a UENF durante muitos anos se manteve inovadora como desejada por Darcy Ribeiro e seus primeiros docentes, mas o “futuro é sempre imprevisível e surpreendente” como disse nosso eterno chanceler o Prof. Darcy Ribeiro. Em minha opinião, este caráter inovador sofreu abalos com as dificuldades impostas por diferentes governos, e repensar novos caminhos para nossa instituição é uma obrigação para todos que querem que a UENF trilhe os caminhados idealizados por Darcy Ribeiro. No meu caso, esse será um dos principais objetivos se for eleito reitor, pois entendo que a UENF só poderá exercer plenamente seus potenciais se for mantida como uma instituição que privilegia o pensamento crítico que leve ao desenvolvimento pleno dos membros de sua comunidade universitária.
Blog - Existem correções de rumo?
CER: O modelo conceitual da UENF e de todas as instituições devem ser revisitados com frequência, e acredito que estamos em um momento oportuno. Em geral, nestes momentos de escolha para novas gestões, alguns pontos são considerados, com erros e acertos sendo apontados. Segundo o próprio Darcy Ribeiro, o “Plano Orientador estabelece um plano de metas que a universidade precisa ter em mente, para, inclusive não perder-se na disputa de poder e prestígio dos seus corpos acadêmicos”. Entendo que a UENF precisa rediscutir alguns pontos na formação de seus estudantes de graduação e pós-graduação e deve pensar os desafios futuros, vislumbrando cursos mais inovadores e interdisciplinares para que os nossos egressos estejam preparados para enfrentar os novos desafios demandados pela sociedade brasileira e, principalmente, pela regional. O caráter inovador permeia várias áreas do conhecimento e deve ser o norteador da UENF. Para que isto prospere, precisamos que todos pensem e atuem conjuntamente em novas formas de produzir e reproduzir conhecimento. Nesse sentido, penso que a chapa que componho com o Prof. Juraci Sampaio une equilíbrio acadêmico, com experiência na graduação e pós-graduação, e uma forte experiência com a gestão cotidiana da UENF, pois já ocupamos inúmeros cargos dentro da instituição, assim com participamos de vários órgãos colegiados.
Blog - A universidade dialoga com o “mundo das coisas” satisfatoriamente? Oferece soluções ao cotidiano?
CER: Este diálogo com o “mundo das coisas” depende de todos os interlocutores. Este será sempre um desafio imposto as universidades, mas é preciso entender que a existência do diálogo não depende apenas da UENF, pois ele deve ser caracterizado pela interação entre dois ou mais indivíduos ou instituições. Assim, deve haver um respeito mútuo quando se procura uma solução e eventualmente esta não possui uma resposta imediata, mas a sociedade tem o que tem atualmente devido a todo o conhecimento produzido dentro das universidades. É preciso enfatizar que a UENF tem se inserido em inúmeras ações junto ao setor público e privado. Portanto, entendo claramente que as respostas para “soluções cotidianas” existem e têm sido oferecidas para toda a sociedade regional e para todo o Brasil. Outro ponto importante que no plano local, é preciso reconhecer que a partir da década de 1990, o município de Campos dos Goytacazes se tornou o segundo polo universitário do estado do Rio de Janeiro e isto por si só, deve ser motivo de orgulho para nossa cidade e região.
Blog - Deverá a UENF se aproximar mais com a sociedade?
CER: A missão da UENF é formar recursos humanos e hoje, ela atua de forma muito próxima a sociedade local e regional, pois 85% (45% de Campos dos Goytacazes e 40% oriundos de outros municípios do estado) dos nossos estudantes são da região, e 15% de fora do estado. Entretanto, penso que temos que mostrar com mais frequência esta informação para a população. A Chapa 11 composta por mim e pelo Professor Juraci tem como lema de campanha Avança UENF: Ciência e Sociedade. Portanto, na nossa chamada indicamos a necessidade de manter a universidade próxima a sociedade. E, se eleitos, iremos trabalhar o lema de campanha em atividade prática e cotidiana.
Ainda no mesmo documento, foi citado por Darcy que a UENF deveria dispersar-se pela região, implantando centros de ensino nas cidades do Norte Fluminense.
Blog - Quais empecilhos existem para o cumprimento desse objetivo?
CER: Na realidade a UENF é muito tímida em mostrar suas realizações e acaba, portanto, dando a impressão de que a missão de implantar o ensino nas cidades do Norte e Noroeste Fluminense não está sendo cumprida. Este é uma percepção incorreta, pois hoje e através do Ensino à Distância, que é semipresencial, a UENF está presente em 11 Municípios em diferentes regiões do estado, com um número expressivo de alunos, aproximadamente 3500 estudantes de graduação. Agora, devemos considerar que para se implantar uma estrutura física dependemos de vontade política, como tiveram Leonel Brizola e Darcy Ribeiro, e comprometimento com a educação. Na realidade, para instalarmos uma parte física com temos em Campos dos Goytacazes e Macaé dependemos de área, contratação de pessoal e da parceria público-público e público-privado. Em Campos dos Goytacazes nos instalamos em um terreno desapropriado pela Prefeitura e as obras foram conduzidas com total comprometimento do governo do estado. Já em Macaé, o terreno foi doado por um cidadão da cidade e as obras foram conduzidas com apoio financeiro da Petrobras e do governo estadual, e cooperação com a Prefeitura Municipal de Macaé. O fato é que o caminho para ampliação das ações da UENF não depende apenas da instituição e sim de múltiplos interesses e comprometimentos dos diferentes atores sociais.
Blog - Como a UENF pode atuar mais significativamente no desenvolvimento do Norte Fluminense?
CER: Entendo que a UENF já participa ativamente no desenvolvimento de todo estado do Rio de Janeiro e do país. Agora, também entendemos que atuar no desenvolvimento regional depende dos atores envolvido tais como as empresas, produtores rurais e os órgãos públicos. No Brasil as universidades públicas são responsáveis pela geração de 95% do conhecimento científico e tecnológico, e somos basicamente financiados com verbas públicas, enquanto os investimentos do setor privado na geração do conhecimento são inexpressivos. No entanto, na Europa e Estados Unidos as empresas e organizações sem fins lucrativos investem 11 e 12%, respectivamente, de recursos financeiros para pesquisa nas universidades, no Brasil não passamos de 1%. Assim, vejo como fundamental uma aproximação dos setores regionais da universidade através de demandas legítimas, mas também com disposição do setor privado de investir na geração de conhecimento e das soluções para o desenvolvimento regional.
Blog - Saindo da estratégia e indo para a práxis do campus, como a chapa buscará solucionar os problemas financeiros da universidade?
CER: Qualquer chapa que for eleita deverá tratar deste assunto. Como deve ser do conhecimento geral, há muito tempo lutamos pela autonomia financeira nos moldes das universidades paulistas. Mas, lamentavelmente até hoje, isto não existe, apesar de constar da Constituição estadual. Portanto, este é um assunto em pauta e de grande relevância. Devo deixar claro que nossa chapa defende a Universidade Pública, Gratuita, de Excelência e Socialmente Referenciada. Portanto, deixamos claro que somos totalmente contra o pagamento de anuidade por parte dos alunos. Inclusive é importante ressaltar que hoje uma parcela apreciável dos estudantes que adquiriram empréstimos para realizar suas universidades, e estão totalmente comprometidos financeiramente. Nos EUA, por exemplo, 75% dos jovens possuem dívidas superiores aos empréstimos para compra de casas e cartões de crédito, e vão trabalhar, muitos fora da sua área, até os 45 anos para pagar estas dívidas. Assim, a ilusão de que a solução é implantar anuidade é uma panaceia dispensável, pois a educação está prevista na nossa constituição como uma responsabilidade dos governos. Em síntese, continuaremos a busca pela autonomia financeira e sua execução integral, mas entendemos que precisamos continuar a busca por recursos extra orçamentários.
Blog - Como contratar novos professores e oxigenar a academia, incluindo o auxílio à pesquisa, com as dificuldades orçamentárias da UENF, como acontece com outras universidades públicas do país?
CER: Para “oxigenar” a nossa instituição precisamos contratar novos professores e técnicos e repor vagas que não foram repostas a partir de aposentadorias e falecimento de vários profissionais. Como deve ser do seu conhecimento, as contratações de professores e técnicos dependem de recursos financeiros, e para isto precisamos da nossa autonomia financeira. Neste sentido, todas as universidades estaduais (UENF, UERJ e UEZO) e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) estão empenhadas na defesa pela autonomia financeira. É importante ressaltar que nos Estados Unidos e na Europa o governo investe 60 e 77%, respectivamente, em pesquisas, e o restante vem de outras fontes (https://jornal.usp.br/ciencias/nos-paises-desenvolvidos-o-dinheiro-que-financia-a-ciencia-e-publico/).
Blog - Por fim, como a chapa analisa as diretrizes da educação no governo Bolsonaro? Muitas declarações do ministro da educação e do próprio presidente antagonizam com o ensino superior público, acusando vocês de ideologismos voltados à esquerda. Como a UENF pode participar desse debate público?
CER: A UENF precisa, imediatamente, retomar o seu protagonismo. Assuntos de grande relevância como o Future-Se mesmo que afete diretamente as instituições federais em um primeiro momento, mudanças na previdência, desfinanciamento das universidades, risco de extinção do CNPq, redução de bolsas entre outros assuntos, deveriam estar sendo discutidos abertamente na nossa instituição e infelizmente estas discussões não ocorreram e precisamos de maior fluxo de informação institucional. Assim, o nosso plano de gestão prevê uma retomada no protagonismo institucional. Vejo esta acusação de ideologia de esquerda como inadequada. O atual ministro da educação foi formado na Universidade de São Paulo e trabalha na Universidade Federa de São Paulo. Portanto, se esta afirmativa fosse verdadeira, não teríamos esta questão. Concorda? A universidade pública é e deve continuar sendo um ambiente aberto a discussão, agora estar dentro da universidade pública advogando sua privatização me parece um grande desserviço. Assim, as pessoas que defendem esta posição estão, no meu entendimento, em lugar errado e deveriam se reposicionar no setor privado.
Blog - Mais uma. A academia deve sair de suas “bolhas” e ir às ruas dialogar com o homem comum?  
CER: Não concordo que a academia vive em uma bolha, e entendo que este estigma me parece injusto. Aliás, o que falta é exatamente iniciativas como esta que nos dão a oportunidade de dialogar e trocar informações com toda a sociedade. Se pegarmos qualquer jornal impresso, revistas ou os tele jornais não temos espaço para falar da ciência, mas se gasta em torno de 90% para falar em crimes e intrigas cotidianas. Assim, agradeço o espaço que estão nos proporcionando, e espero que a partir desta entrevista o meio de comunicação o qual o senhor está ligado abra um espaço para falarmos com os cidadãos e assim teremos oportunidade de mostrar a todos o que tem sido produzido dentro da UENF.
Termino aqui deixando uma frase que passa despercebida por muitos que entram pelo portão principal do campus Leonel Brizola da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), que diz o seguinte:
“O Governador Leonel Brizola fez erguer esta Universidade Estadual do Norte Fluminense para que floresça uma civilização mais bela, uma sociedade mais livre e mais justa, onde viva um povo feliz”.  Esta é a nossa missão e assim encaro o nosso cotidiano, e serei um defensor intransigente da UENF, estando reitor ou não. É que esse foi o compromisso que me atraiu inicialmente para ajudar na implantação da UENF em 1993, e é que me motiva a trabalhar todos os dias em prol desse objetivo estratégico que nos foi legado por Darcy Ribeiro e Leonel Brizola.
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Sobre o autor

Edmundo Siqueira