Briga entre vendedores de bala na Beira-Valão termina na delegacia
Ícaro Abreu Barbosa - Atualizado em 02/09/2021 13:05
Uma confusão envolvendo ameaças com faca e agressões entre vendedores de bala parou o cruzamento da Avenida José Alves de Azevedo e a Avenida 28 de Março durante o final da manhã desta quinta-feira (2). A Polícia Militar teve que ser acionada e conduziu todos os envolvidos à 134ª Delegacia de Polícia, no Centro, aonde foi feita a ocorrência do caso.
Uma das envolvidas, Eliandra Ribeiro, de 37 anos, vendedora ambulante, explicou que a situação se desenrolou a partir da briga de sua filha, de 15 anos, e de seu esposo com um outro vendedor naquele sinal, Uémerson Chagas, de 20 anos.
– Eu trabalho aqui com meu esposo, minha filha e minha neta, recém nascida, durante a noite. Mas como está chovendo muito, resolvi vir mais cedo hoje e, como o sinal é grande e existem três pistas, decidi vender aqui neste ponto – explicou Eliandra.
Neste momento, ainda de acordo com Eliandra, a família foi abordada em tom ríspido e com muitas ameaças, que escalaram para uma briga física entre seu esposo, sua filha, Uémerson e a esposa do acusado, Thaís Santana, de 19 anos. A confusão se encerrou, segundo testemunhas, quando Uémerson teria puxado uma faca e tentado esfaquear a filha de Eliandra. “Eu entrei no meio da confusão e o puxei pela blusa, então ele não conseguiu se soltar e pedi para acionarem a Polícia, o que fez ele (Uémerson) correr”, concluiu a vendedora ambulante, ainda muito nervosa e com o neto recém-nascido no colo.
De fato, a Polícia Militar abordou Uémerson na frente do Asilo Monsenhor Severino. Ele não estava em posse da faca e, durante a abordagem, conversou com a equipe de reportagem da Folha da Manhã: “Se tem gente trabalhando no sinal, minha ordem é não atrapalhar ninguém. É minha parte, é meu lugar. Mas vem a menina e o homem, e ficam agarrados brigando e dando chutes na minha mulher. Eu intervi e o homem correu, mas não houve faca. Minha faca está enterrada, lá perto de onde eu durmo com a minha esposa, fica guardada pois eu durmo na rua, na calçada. O morador de rua tem que ter alguma coisa pra se proteger, ainda mais com mulher; na rua, a covardia mata” contou, exibindo a camisa rasgada e com as marcas da confusão ainda vermelhas no corpo.
A Polícia Militar fez as buscas pela suposta faca, mas não encontrou e conduziu todas as partes à 136ª Delegacia de Polícia, aonde o caso foi registrado e as testemunhas ouvidas.
Fotos: Genilson Pessanha 

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