Tendências do que a Educação espera de nós, nesta década
23/03/2023 14:17 - Atualizado em 23/03/2023 14:17
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Na minha constante busca por uma Educação cada vez mais eficaz, sempre trabalho para ampliar o meu campo de visão sobre o que realmente os nossos alunos precisam para estarem prontos aos desafios da vida, algo que vai para além de ser aprovado em um vestibular, concurso ou ascensão ao mercado de trabalho, que, claro, são conquistas importantes, mas não devem ser vistas como únicos objetivos.
Entre as minhas leituras sobre o assunto, me deparei com artigo publicado pela Fundação Dom Cabral (FDC), que traz as 12 principais tendências da educação listadas para a década 2020-2030, que, como bem colocado no texto, "será marcada pelo retorno da Educação ao seu lugar mais nobre: o de conduzir e guiar pessoas aos próprios caminhos, e não mais a um trajeto imposto por paradigmas atrasados, não alinhados às demandas atuais e futuras".
Antes de listar estas tendências, quero dividir com vocês o orgulho de já estarmos trabalhando esta visão por quase uma década na nossa escola, principalmente no pioneirismo da implantação da educação socioemocional . Sabemos que podemos mais e seguimos trabalhando para isso, buscando diminuir o abismo que se criou nas últimas décadas entre o que se aprende dentro de sala de aula com que o aluno realmente vai enfrentar na vida.
“Currículos pautados no desenvolvimento de competências técnicas, excesso de conteúdos, aulas meramente expositivas, métodos de avaliação e processos seletivos de entrada nas universidades pautados pela capacidade de memorizar grandes quantidades de informação. Tudo isso produziu uma educação conteudista e que foi, aos poucos, se distanciando das necessidades reais da humanidade e do mundo do trabalho. O abismo entre a escola e o mercado cresceu tanto que as empresas começaram a criar, no início deste século, as próprias universidades corporativas”, traz como análise o artigo assinado pelo professor Luís Rasquilha, CEO da Inova TrendsInnovation Ecosystem e o sócio Marcelo Veras.
A declaração acima é algo que repito com frequência quando me reúno com os nossos colaboradores e famílias dos nossos alunos. Muitos responsáveis só passam a compreender isso quando percebem que seus filhos vão se desenvolver melhor em um ambiente atrativo e humanizado, no qual o conteúdo regular deve ser atrelado a outras perspectivas, como fazemos com toda a interação que buscamos, seja por meio do fortalecimento da educação socioemocional ou das nossas ações diferenciadas.
Confira as 12 principais tendências para esta década:
* Processos avaliativos que tenham como objetivo medir capacidade de memorização deixarão de existir. Vestibulares, ENEM, entre outros, acabarão.
* As universidades corporativas terão maior relevância.
* A educação será, por ao que acontece dentro da sala de aula.
* A inteligência artificial (IA) vai ampliar atuação nas salas de aula.
* A pesquisa acadêmica se concentrará cada vez mais na solução de problemas atuais e reais.
* As avaliações deixarão de ser individuais e passarão a ser em equipe.
* A contratação por competências serão cada vez mais comuns e relevantes.
* As competências socioemocionais terão prioridade no mundo do trabalho sobre as competências técnicas.
* Novas disciplinas serão incorporadas aos currículos, como futuro e tendências, criatividade, empatia e cooperação, entre outras.
* Grades e conteúdos serão co-criados com a participação de alunos, professores, escola e família.
* As “nanodegrees’’ (microcertificações) serão a resposta à necessidade de atualização permanente. O conceito “lifelong learning” (aprendizado ao longo da vida) fará parte da rotina diária das pessoas.
* As jornadas educacionais serão personalizadas e direcionadas ao perfil e momento de vida de cada aluno. Isso fará com que, no limite, cada aluno tenha a própria trilha de formação.
Quem nos acompanha vai identificar o que já desenvolvemos no nosso trabalho e também sabe do nosso empenho diário para continuarmos dando o nosso melhor e sermos ainda mais referência na Educação não só em Campos.

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    Sobre o autor

    Fabiano Rangel

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    Educador e empreendedor em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, sou graduado em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo) e professor concursado da área no Governo do Estado do Rio de Janeiro desde 2007. Atuei como coordenador pedagógico e geral de várias escolas particulares em Campos até 2011. Fui também coordenador administrativo do Sesc Mineiro, em Grussaí, no município de São João da Barra, até 2013. Há oito anos me dedico ao Centro Educacional Riachuelo como Diretor Geral das cinco unidades, que formam hoje o Grupo Riachuelo. Sou pós-graduado em Gestão Escolar Integradora e Gestão de Pessoas pelo Instituto Brasileiro de Ensino (IBE). Atualmente também sou apresentador do programa Papo Cabeça na rádio Folha FM 98,3.