Vereador Neném no Folha no Ar 1ª Edição desta quarta-feira
Arnaldo Neto 25/09/2019 07:58 - Atualizado em 27/09/2019 17:49
Recebido como “camisa 10” do grupo independente na Câmara de Campos, mas que é alinhado ao governo, Luiz Alberto Neném (PTB) garante: “O G-10 está comprometido com o prefeito Rafael Diniz (Cidadania). Todos estão firmes, isso é ponto pacífico”. A afirmação foi no Folha no Ar, da Folha FM 98,3, desta quarta-feira (25). Neném fez críticas a secretários, citou projetos que debaterá com o prefeito em uma reunião do G-10, que vislumbra ser realizada em breve, e falou da relação com o PTB. O vereador salientou que a realidade financeira do município pode ser muito pior com a partilha dos royalties. Além disso, contou que foi persuadido pelo ex-governador Anthony Garotinho, à época secretário de Governo municipal, para votar a favor da “venda do futuro”, mesmo sem conhecer todo teor do projeto. Nesta quinta-feira (25), às 7h, o programa recebe o diretor da UFF-Campos, Roberto Rosendo.
Como tem feito na tribuna da Câmara, Neném reiterou críticas a alguns secretários da gestão Rafael. Para ele, a “vaidade” de alguns que estão à frente de pastas e pretendem ser candidatos a vereador atrapalha o trabalho de vereadores e reflete no próprio Rafael. “Se o prefeito hoje é mal avaliado, muito é culpa dos secretários”. Ligado à Fundação Municipal de Esportes na gestão Rosinha Garotinho (Patri), ele lembrou que se afastou, uma vez que o próprio prefeito disse que não queria monopolizar a estrutura de nenhuma secretaria ou superintendência. Neném fez uma cobrança forte:
— Hoje vejo que alguns secretários estão monopolizando suas secretarias para candidaturas próprias. Se ele não queria lá atrás, tem que se firme agora.
Ao demonstrar preocupação com a partilha dos royalties, que será votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 20 de novembro, Neném foi questionado pelo fato de ter votado a favor da “venda do futuro”. Segundo o vereador, a “pressão foi grande” por parte de Garotinho. “Ele ludibriou todos nós. Alguns processos na legislatura passada chegavam à Câmara 17h, 17h30. O comandante da Casa botava para votar em regime de urgência. Alguns processos foram aprovados — falo por mim e por outros vereadores — com a leitura só da justificativa. Graças a Deus isso hoje mudou”.
Apesar da crítica a essa postura do grupo garotista, Neném lembra que no governo passado os vereadores da base tinham mais acesso para fazer cobranças aos secretários, com reuniões periódicas. E esse é um objetivo do G-10, “até mesmo para lavar roupa suja”.
Sobre as articulações partidárias, Neném diz que tem como meta caminhar com Rafael, mas não fecha as portas com “planos B”, justificando os recentes acenos ao PSL de Gil Vianna e ao PSC de Marcelo Mérida, pré-candidatos a prefeito. No PTB, seu atual partido, a relação não é boa com a atual presidente local, Heloísa Landim (que faz parte do governo Rafael).
Na próxima reunião com o prefeito, Neném tem uma prioridade: que a Prefeitura reduza a taxa do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) de 2% para 1%, como já ocorreu em outra oportunidade. De acordo com o parlamentar, o objetivo da ação é facilitar e aumentar a regularização de imóveis no município e, consequentemente, fazer subir a arrecadação da Prefeitura. Uma indicação dele já foi aprovada na Câmara, mas o projeto tem de ser enviado pelo Executivo.
Projeções a 2020 — Neném também avaliou os possíveis cenários na disputa à Prefeitura de Campos no próximo ano. O vereador disse que é natural o grande número de candidatos no ano pré-eleitoral, mas que isso deve se afunilar quando chegar mais perto das definições. Ele acredita na força da máquina para levar Rafael ao 2º turno. Ressaltou também a densidade eleitoral da família para que o deputado federal Wladimir Garotinho (PSD) dispute com ele. Neném, observou o desgaste recente dos Garotinho, sobretudo com as recentes prisões dos ex-governadores, e o desgaste natural do prefeito pela avaliação do próprio governo. Contudo, colocou o seu grupo de vereadores, o G-10, que soma quase 40 mil votos, como força importante para o 2º turno.
Confira a entrevista:
 
 
 
 
 

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