"Dando água a quem tem sede, dando pão a quem tem fome"
Guilherme Belido 22/12/2018 16:36 - Atualizado em 25/12/2018 12:47
Penso já ter virado tradição o uso da bela ilustração acima, com texto alusivo ao Natal que se aproxima, parcialmente reproduzido de páginas anteriores.
Além do objetivo principal – assinalar e festejar o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo –, a época é a mais adequada para que busquemos refletir sobre quem somos, como estamos nos portando e o que precisamos fazer para melhorar.
Em um ano de tanta turbulência como 2018, vemos o quanto necessitamos olhar para nós mesmos e reconhecer que temos que avançar para superar os sentimentos mesquinhos, pequenos, isolacionistas e odiosos que marcam os dias atuais.
Vimos, por conta das eleições presidenciais de outubro, um Brasil quase que dividido em duas partes, cada qual tanto mais preocupada em lançar ofensas à outra, do que em buscar saídas para um País melhor. Particularmente pelas redes sociais – não raro na escuridão do anonimato que ‘assegura’ impunidade a quem diz o que quer sobre qualquer um – o troca-troca de acusações foi a marca preponderante de um processo que, apesar de democrático, mais pareceu uma guerra de brasileiros contra brasileiros.
E isso é o que estamos vendo no dia-a-dia de nossas vidas; seja num estádio de futebol, seja nas ruas, onde uma simples briga de trânsito pode acabar em morte. A violência impera, a insegurança reina e a corrupção se alastra entre aqueles que deveriam trabalhar para colocar em prática políticas públicas que levassem ao bem estar social.
Oportuno recordar ensinamento bíblico (Romanos 7-19), que bem diferencia o ideal – o que precisamos nos esforçar para colocar em prática – daquilo que se mostra como nossa inclinação natural, má em si mesma, a qual devemos fugir:
“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço”.
Salta aos olhos, trata-se da busca de vencer nosso instinto perverso, nossa vocação pela iniquidade, e fazer de nós mesmos pessoas melhores.
O Natal é a época mais apropriada para que palavras e expressões que acabam não indo além da retórica, como generosidade, solidariedade, humildade, bondade, auxílio, assistência, caridade e tantas outras que simbolizam preocupação, respeito e amor ao próximo, mas que costumeiramente se perdem como o vento – porque o vento corre por todos os lugares, mas nunca encontra o seu –, se materializem, de fato, em ações práticas, efetivas e permanentes, em especial quando “o próximo” é o simples, o pequenino e o frágil. Aquele que precisa de amparo.
Trata-se, em resumo, de vencer o mal fazendo o bem.
É hora de renovar. E recomeçar na época do nascimento de Jesus Cristo é renovar com o coração, seguindo os Seus ensinamentos e praticando Sua palavra, como nos ensina I Coríntios 6:12: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm”.
Como complemento, mas enunciado no título, vale recordar a música de Ivan Lins, ‘Bandeira do Divino’.
BANDEIRA DO DIVINO
Os devotos do Divino
Vão abrir sua morada
Pra bandeira do menino
Ser bem vinda e ser louvada ai ai
Deus vos salve esse devoto
Pela esmola em vosso nome
Dando água a quem tem sede
Dando pão a quem tem fome ai ai
A bandeira acredita
Que a semente seja tanta
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa ai ai
Que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva ai ai
Assim como os três Reis Magos
Que seguiram a estrela-guia
A bandeira segue em frente
Atrás de melhores dias ai ai
No estandarte vai escrito
Que ele voltara de novo
Que o Rei será bendito
Que Ele nascerá do povo ai ai
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