"Pica-pau" nega ter sido carona de Layron
Victor de Azevedo 13/11/2018 20:59 - Atualizado em 16/11/2018 15:42
Após ser preso em Campos no último domingo por suspeita de participação em um assalto, “Pica-pau” foi ouvido na manhã desta terça-feira pela Polícia Civil, na 134ª Delegacia do Centro e negou que estivesse no carona da moto do jovem Layron da Silva Costa, 24 anos, que foi morto após ação policial no dia 27 agosto, na praça do Repolhinho, em Atafona. Nos próximos dias, “Pica-pau” também será ouvido pela Polícia Civil de São João da Barra, que é responsável pelas investigações do caso Layron.
“Pica-pau” foi preso na última segunda-feira, como um dos suspeitos de praticar um assalto a um motorista no cruzamento da avenida Arthur Bernardes com 28 de Março, em Campos, no último domingo. Além de “Pica-pau”, outro suspeito foi preso na segunda-feira no conjunto habitacional do antigo BNH, na rua B do bairro da Penha.
Segundo o delegado da 145ª DP (SJB), Carlos Augusto Guimarães, a oitiva com o “Pica-pau” será marcada com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Ainda de acordo com Carlos Augusto, também será averiguado se o homem que foi encarcerado com “Pica-pau” está envolvido no caso Layron.
— Como ele foi levado para o presídio, teremos que agendar com a Seap nos próximos dias para ouvi-lo lá. Os agentes públicos da Delegacia de São João da Barra estão cientes que ele está preso e, em breve, vamos interrogá-lo em busca de respostas. O depoimento dele será de suma importância para confirmar ou não às versões dos rapazes e dos policiais envolvidos — ressaltou Carlos Augusto.
Caso Layron - A morte do jovem Layron da Silva Costa, 24 anos, ocorreu no dia 27 de agosto. Segundo depoimentos de dois policiais militares envolvidos, um foragido do sistema prisional estava em atitude suspeita, acompanhado por outros três homens, em duas motos. O suspeito citado seria o suposto chefe do tráfico local e que já teria praticado roubo em ônibus da empresa 1001, além de comércio e residências. Ele teria sido visto na garupa da moto que era pilotada por Layron. Ainda segundo a versão dos militares, o suposto chefe do tráfico atirou contra a guarnição, que revidou os tiros e um deles atingiu Layron que caiu da motocicleta. Porém, em depoimento à Polícia Civil, o jovem que estaria na carona da vítima, contrariou a versão dos policiais. Ele relatou que ele e três amigos saíram em duas motos do Balneário de Atafona, onde realizaram um churrasco e que ninguém do quarteto é o traficante conhecido como “Pica-Pau”, que teria sido visto pela polícia e motivado a perseguição.

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