Seis anos de história e cultura
Jhonattan Reis 02/07/2018 17:57 - Atualizado em 05/07/2018 14:20
Museu Histórico de Campos
Museu Histórico de Campos / Antônio Leudo
Em seus seis anos de existência, vários eventos: exposições, festivais, peças teatrais, bate-papos, palestras, lançamentos de livros e acontecimentos ligados à história e à arte, totalizando cerca de 150 mil visitantes. O Museu Histórico de Campos (MHC) completa o seu sexto ano com média de dois mil visitantes por mês e de 25 mil por ano. A comemoração de mais um aniversário aconteceu na sexta-feira (29) e, nessa data, foi apresentado o projeto da Associação de Amigos dos Museus Públicos de Campos, que deve começar a funcionar ainda este ano, de acordo com a gerente do MHC, Graziela Escocard. Ela comentou sobre os seis anos do museu e avaliou de forma positiva a crescente presença da população.
— Foram seis anos muito gratificantes. A gente sabe que trabalhar para a cultura não é muito fácil. É uma tarefa de muita luta, muita garra. Porém, é um trabalho de formiguinha que vale muito a pena, e me sinto orgulhosa de contribuir para a disseminação da história e cultura local. Costumo falar que somos os guardiões da história campista. É um trabalho contínuo de conscientização e é importante todos nós compreendermos o passado — disse Graziela.
Equipe do Museu se reuniu para comemorar
Equipe do Museu se reuniu para comemorar / Divulgação
A gerente do museu também comentou sobre o espaço ter suas portas abertas para as diversas expressões artísticas.
— Desde a criação do Museu Histórico, sempre pensamos em ter, também, espaço para as manifestações culturais. Então, temos um local bem eclético, que visa receber todas as linguagens que abrangem a cultura.
Ainda segundo Graziela, o número de visitantes vem crescendo.
— E, este ano, estamos recebendo um público novo, tendo muita gente que nem sabia que existia museu na cidade. Isso porque apostamos em eventos que não tiveram somente caráter histórico, como a festa junina no Primeiro Arraiá do Museu (realizado no último dia 21). Recebemos pessoas que vieram pela festa e acabaram conhecendo o nosso espaço e um pouco da história da nossa cidade — relatou.
Escocard adiantou sobre próximos itens da programação do museu. Ela apontou que, na segunda metade deste mês, será aberta uma exposição sobre a chegada da energia elétrica em Campos. Também haverá atrações na primeira metade de agosto, quando o Museu Histórico costuma receber grande número de visitantes em virtude da Festa do Santíssimo Salvador.
— A exposição, que é muito importante, já que Campos foi a primeira cidade da América Latina a receber energia elétrica, com a presença de Dom Pedro II por aqui à época, vai contar com fotos, reportagens do (jornal) Monitor Campista, imagens de revistas e objetos ligados ao tema. Já em agosto, teremos uma agenda, que terá um sarau de poesia. Também temos outras pretensões de eventos para este ano, como uma exposição de pintores locais em setembro e uma mostra, em outubro, sobre a história da pipa, que, este ano, foi tombada como patrimônio cultural e imaterial do estado do Rio de Janeiro. Também teremos outros eventos, como em novembro, para falar, claro, sobre a Consciência Negra, e gostaria muito de falar sobre o jornal Vinte e Cinco de Março, muito importante para a abolição da escravatura em Campos — falou.
Divulgação
O Museu Histórico está localizado na rua Paul Percy Harris, 40, em frente à praça do Santíssimo Salvador, no Centro. Funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 17h, e aos sábados e domingos, das 9h às 14h.
— Todos estão convidados para visitar o nosso museu, que está situado num prédio que carrega consigo a história da municipalidade, pois lá, antigo solar do Visconde de Araruama, já funcionou a Câmara Municipal, Prefeitura, Tribuna do Júri e biblioteca — comentou Escocard.
Associação — Na última sexta, no evento que marcou a celebração do sexto aniversário, foi apresentado o projeto da Associação de Amigos dos Museus Públicos de Campos e foram recolhidas mais de 20 assinaturas de interessados em fazer parte da união.
— A associação não está fundada ainda porque é necessário resolver algumas questões burocráticas, como ter um CNPJ, o que requer gastos. Todos os interessados em fazer parte da associação deixaram um contato telefônico para que a gente ligue e marque uma reunião. O Museu Histórico já tem vários amigos, de forma informal, como (o jornalista e advogado) Vilmar Rangel e (o artista plástico e publicitário) Genilson Soares, que sempre colaboraram doando acervo ou trazendo programação cultural. Porém, a gente terá a associação, que irá formalizar tudo isso e mostrar para a população que ela também pode contribuir com a gente, sendo que é um projeto para atender a todos os museus que tiverem na cidade, como o Olavo Cardoso, já que a associação é de Amigos dos Museus Públicos — disse Graziela Escocard.

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