Aniversário no banco dos réus
Suzy Monteiro 14/04/2018 19:22 - Atualizado em 17/04/2018 16:57
  • Rosinha ficou presa durante uma semana e deixou a cadeia depois de ter deferido Habeas corpus no TRE

    Rosinha ficou presa durante uma semana e deixou a cadeia depois de ter deferido Habeas corpus no TRE

  • Garotinho ficou preso durante quase um mês, até ser solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

    Garotinho ficou preso durante quase um mês, até ser solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

No próximo dia 18, o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PRP) completa 58 anos. A comemoração será em Campos, mas longe das festas a fantasia de outrora. Garotinho estará no banco dos réus do Fórum Maria Teresa Gusmão de Andrade, sendo interrogado na Ação Penal decorrente da operação Caixa d’Água. Garotinho, a também ex-governadora e ex-prefeita Rosinha e mais seis pessoas são acusados de corrupção, concussão, participação em organização criminosa e falsidade na prestação das contas eleitorais e até uso de armas de fogo para intimidação. Todos os réus negam qualquer irregularidade.
Ao contrário do que possam dizer os partidários da teoria da conspiração, ou da perseguição, a escolha da data do interrogatório ocorreu em comum acordo entre advogados, Ministério Público Eleitoral (MPE) e o juiz Ralph Manhães, na oitiva das testemunhas de defesa, no último dia 23 de março. Inicialmente, o magistrado chegou a sugerir o dia 2 de abril, mas por ser logo após o feriadão da Semana Santa, houve pedido para mudança da data.
A operação Caixa d’Água foi desencadeada no dia 22 de novembro do ano passado, com a prisão do casal de ex-governadores. Também foram presos, o ex-secretário de Controle e Orçamento de Campos, Suledil Bernardino, o advogado e ex-subsecretário municipal de Governo, Thiago Godoy, além do empresário Ney Flores Braga e do policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro Da Silva, conhecido como Toninho, apontado pelo MPE e pela Polícia Federal (PF) como braço armado da organização. Dias depois, também foram presos o presidente nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, e seu genro, Fabiano Rosas Alonso.
A denúncia do MPE tem 150 páginas e foi assinada pela promotora Maristela Naurath. Nela estão relatados os supostos crimes e prejuízos financeiros que chegariam a R$ 3 milhões somente da parte do empresário André Luiz da Silva Rodrigues, sócio da Ocean Link, proprietário da Working e que delatou o esquema.
No Inquérito da PF consta reunião que Garotinho teria comandado, em 2014, em Botafogo, Rio de Janeiro. Na reunião, segundo a PF, ele teria cobrado R$ 5 milhões a vários empresários campistas. O dinheiro seria usado na campanha ao Governo do Estado. No interrogatório, os réus poderão responder às perguntas ou exercerem o direito de permanecerem em silêncio. 

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