Avanço do mar ainda preocupa em Atafona
Jane Ribeiro 16/04/2018 21:19 - Atualizado em 18/04/2018 14:19
Alerta de ressaca refletiu nas ondas da praia
Alerta de ressaca refletiu nas ondas da praia / Paulo Pinheiro
Um alerta de ressaca emitido pela Marinha do Brasil para a Região dos Lagos refletiu em Atafona, na noite do último domingo (15), onde o mar tem avançado cada vez mais e invadido trechos urbanos. Na madrugada desta segunda-feira (16), uma árvore da espécie amendoeira caiu com as forças das ondas. A Defesa Civil está em alerta, mas garante normalidade.
A queda da árvore foi publicada nas redes sociais pela moradora Sônia Ferreira, de 73 anos, aposentada que vive em uma residência bem próxima ao mar desde 1979. Segundo ela, o mar está muito agitado. “A maré dessa noite (domingo) tombou uma enorme e linda amendoeira”, lamentou a aposentada. Em matéria publicada no último domingo, Sônia contou sobre suas memórias de tudo que já presenciou durante todos esses anos vendo o mar avançando.
A Defesa Civil de São João da Barra informou que o mar está muito agitado e que uma boa parte do local onde era o antigo “Prédio do Julinho” até a foz do rio Paraíba está sendo tomado pela água, principalmente com a frente fria que está chegando à região.
— O mar nas imediações do antigo Prédio do Julinho até a foz do rio Paraíba tem avançado com muita rapidez. Com a frente fria que entrou, e deve permanecer por mais alguns dias, uma árvore que estava próxima caiu, mas não tem ninguém desabrigado ou desalojado. A situação está sob controle. Tinha um alerta de ressaca emitido pela Marinha que terminou hoje (segunda-feira) na Região dos Lagos, mas ela deve aparecer por aqui entre terça e quarta-feira. O mar está bem agitado — informou o coordenador da Defesa Civil de SJB, Adriano Assis.
Contenção — Inúmeras moradias já foram destruídas em Atafona e, ainda há muitas outras que correm esse mesmo risco. Para tentar reverter a situação, a Prefeitura de São João da Barra tem buscado recursos para colocar em prática um projeto de contenção do mar, que foi elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) e prevê um valor em torno de R$ 180 milhões para sua execução.
Enquanto isso não sai do papel, a Defesa Civil do município segue com monitoramento de toda orla, principalmente no trecho onde ocorre a erosão com mais agressividade (Prédio do Julinho até o Pontal). “A orientação é que todos os moradores entrem em contato com a Defesa Civil caso necessite de apoio para remoção, se a casa estiver sendo tomada pelas águas ou risco de desabamento, ressaltando que o monitoramento e inspeção nessas áreas são feitos de forma contínua pela Defesa Civil. Telefone 199 ou 27418370”, dizia nota.

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