TRE nega recurso a Garotinho, mas Lewandowski concede HC
Arnaldo Neto e Suzy Monteiro 17/04/2018 10:59 - Atualizado em 18/04/2018 14:17
Anthony Garotinho
Anthony Garotinho / Folha da Manhã
As movimentações da operação Chequinho são imprevisíveis. Nem bem o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou, na sessão dessa segunda-feira (16), um pedido do ex-governador Anthony Garotinho (PRP) para anular a Ação Penal arguindo suspeição do promotor Leandro Manhães, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um Habeas Corpus (HC) ao político da Lapa. O HC, despachado em Brasília “com urgência”, impede que o TRE julgue o recurso da Ação Penal na qual Garotinho é réu — a mesma que o levou à prisão em 2016 e que estava prestes a ser julgada pelo colegiado regional. Ainda sobre a Chequinho, mas na área cível-eleitoral, chegou à 76ª Zona Eleitoral de Campos a decisão da Corte que afasta o vereador Roberto Pinto (PTC) do mandato. No lugar dele, entra o suplente Beto Cabeludo (PTC).
No TRE, o plenário negou por unanimidade o HC impetrado pelo ex-governador. O político da Lapa pleiteava, mais uma vez, a suspeição do promotor Leandro Manhães e a anulação da Ação Penal decorrente da operação Chequinho. A Corte regional seguiu o entendimento do juízo de primeira instância e, liminarmente, da desembargadora Fernanda Xavier de Brito. Ambos rejeitaram o HC.
Porém, pouco depois, chegou a informação que no STF o ministro Lewandowski concedeu, liminarmente, um HC, também impetrado pelo ex-governador. A decisão monocrática impede que o TRE julgue Garotinho na Ação Penal da Chequinho. A suspensão vale até que o mérito do HC seja julgado pelo Supremo. Uma eventual confirmação de condenação na Ação Penal poderia levar Garotinho de volta à prisão e impediria as ambições eleitorais, uma vez que passaria a enquadrá-lo na Lei da Ficha Limpa. O julgamento estava previsto para os próximos dias.
Na Câmara — Mais mudanças acontecem nos próximos dias na dança das cadeiras da Câmara. O comunicado sobre o afastamento de Roberto Pinto da Câmara já chegou a Campos. Assim como os oito anteriores, ele poderá recorrer, mas fora do cargo. Também já deixaram a Câmara por condenação na esfera cível-eleitoral da Chequinho os vereadores Jorge Magal (SD), Vinicius Madureira (PRP), Jorge Rangel (PTB), Miguelito (PSL), Thiago Virgílio (PTC), Linda Mara (PTC), Ozéias (PSDB) e Kellinho (sem partido). 

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