Justiça nega pedido de prisão
Suzy Monteiro 06/06/2017 09:43 - Atualizado em 08/06/2017 12:37
Nova audiência da Chequinho
Nova audiência da Chequinho/Paulo S. Pinheiro
O juiz interino da 100ª Zona Eleitoral de Campos, Glaucenir Oliveira, negou nessa segunda-feira (6) o pedido de prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR), feito pelo promotor Leandro Manhães. Segundo a promotoria, houve constrangimento de testemunhas, além dos recorrentes ataques a autoridades. Ao negar o pedido, o juiz fez duras críticas ao posicionamento da defesa de Garotinho e destacou que a decisão não significa que novos pedidos não poderão ser feitos. Nessa segunda, aconteceu mais uma etapa do julgamento de Garotinho. O interrogatório foi marcado para dia 27 de junho.
Glaucenir destacou que, “embora seja público, notório e incontroverso tal fato, infelizmente, por decisão do TSE em sede de HC, o réu foi autorizado a se manifestar sobre o processo”. E sobre os constrangimentos a testemunhas, especialmente a Beth Megafone, o juiz disse que ela já prestou depoimento, rico em detalhes, e “inexistente, pois, o fumus boni iuris a recomendar o decreto de prisão preventiva nos moldes do requerido pelo Ministério Público, muito embora estejam presentes em sua promoção, razões sérias e preocupantes”.
Na decisão, Glaucenir afirmou que “beira ao desespero e ao ridículo” a tese apresentada pela defesa para pedir a suspeição do magistrado: “Sem que fosse oportunizado pelo MM. Juiz, a defesa do réu se pronunciou nos autos e, como de praxe, saindo da esfera da mera defesa, aduz sua tese desarrazoada e destituída de qualquer fundamento fático e jurídico, ao insinuar que o Ministério Público teria aguardado o ingresso deste magistrado nos autos diante das férias do MM. Juiz titular da 100ª ZE, e que, segundo ela, estaria impedido (afirmação que beira ao desespero e ao ridículo), para apresentar o pedido de encarceramento”.
Audiência - Aconteceu nessa segunda mais uma etapa do julgamento na Ação Penal em que Garotinho é réu. Apenas uma testemunha de defesa foi ouvida. As outras, dispensadas pela própria defesa.

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