Para conter avanço da Covid, Estado do Rio adota "superferiado"
21/03/2021 16:45 - Atualizado em 21/03/2021 21:38
Como forma de tentar conter o avanço da pandemia da Covid-19, o Estado Rio resolveu aderir a um “superferiado” de dez dias, começando na próxima sexta-feira, dia 26, até o dia 4 de abril. A decisão foi tomada durante reunião com o governador Cláudio Castro, no Palácio Guanabara, que teve consenso de representantes de setores produtivos do Estado. De acordo com o Estado, alguns feriados serão antecipados, juntando com o da Semana Santa. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Leonardo Castro de Abreu, disse, em nota, que é contra a antecipação dos feriados.
Neste domingo (21), o governador se reuniu com prefeitos da Região Metropolitana, entre eles o da cidade do Rio, Eduardo Paes. Em nota, Cláudio destacou a importância do diálogo para tomar essa decisão, já que afeta diretamente a economia das cidades e também do Estado. No entanto, ressaltou que o foco é a vida.
“Toda decisão deve ser discutida e tomada diante das realidades dos mais diversos setores. Precisamos ouvir todas as necessidades e aflições do setor produtivo. A preocupação aqui é principalmente com a vida das pessoas, mas temos que preservar o emprego, dialogar e garantir o equilíbrio da sociedade. É fundamental analisar os dados diariamente para tomarmos as decisões corretas para cada momento da pandemia. E é isso que estou fazendo. Tudo com base em dados técnicos”, disse o governador.

Ainda segundo a Acic, o "município de Campos já está com um lookdown, que entrou em vigor no último sábado (20) e que vai prosseguir até o domingo (28). Mais 10 dias com as lojas fechadas seria um suicídio para os empresários campistas que já enfrentam queda nas vendas, que acabam refletindo em mais desemprego e queda na arrecadação de impostos ",destacou Leonardo. O gabinete de Crise da Covid-19 em Campos já marcou reunião para o próximo dia 26 para avaliar está semana de lookdown e apresentar os número da doença.

A ACIC entende à necessidade, neste momento do fechamento do comércio em Campos, já que 100% das vagas de UTI tanto da rede pública como privada estão lotadas. O fechamento do comércio foi a única alternativa encontrada para tentar conter o avanço do Coronavirus. Mas, destaca que se não houver uma conscientização por parte da população será muito difícil reduzir o número de novos casos da doença. Por outro lado, o poder público não tem como de reforçar a fiscalização, principalmente das festas clandestinas que acontecem no município e as aglomerações nos bares, concluir o presidente da Acic", concluiu a nota.

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