Sem shows em 2020, "Boa Noite, Amor" completa 21 anos
22/09/2020 14:16 - Atualizado em 23/09/2020 12:21
Atração mais antiga do Trianon, grupo de seresteiros respeita o isolamento social
Atração mais antiga do Trianon, grupo de seresteiros respeita o isolamento social / Foto: Antônio Filho/Divulgação
Eles estão completando neste mês 21 anos de uma parceria de sucesso, vivendo um cenário jamais esperado ao longo das últimas duas décadas. Atração mais antiga da programação do Teatro Municipal Trianon, em Campos, o grupo “Boa Noite, Amor” realizou 88 shows, até setembro de 2019, na casa que os consagrou. A pandemia do novo coronavírus inviabilizou a temporada 2020, que já estava com repertório e datas das apresentações agendadas.
Mantendo a perfeita sintonia que os transformou em grandes amigos, José Assad, Ana Maria, Janilce Simões, Luiz Omar Monteiro, Amália Marins, Lúcia Maria e Ângela Sarmet se falam por telefone e via redes sociais. Eles sentem falta do maravilhoso ambiente dos ensaios e, é claro, das inesquecíveis noites de brilho e emoção no Trianon, junto dos músicos Waldir Simões, José Maria, Wagner Moreira, Vinícius Velasco, Valzinho e Marcelo Teteco.
— Estamos cientes de que a saúde é a prioridade no momento que estamos vivendo, mas, é claro, estamos com muita saudade do público. Quando tudo começou, no foyer do teatro, em 1999, jamais imaginaríamos que o projeto teria tanto sucesso, mais tarde ocupando o palco e lotando os 750 lugares da plateia. Com muito orgulho, o “Boa Noite, Amor” é a atração mais antiga da programação do Trianon, com 20 temporadas — comenta o cantor José Assad.
Na jornada de sucesso do “Boa Noite, Amor”, muitos músicos e poetas foram fundamentais para a construção do sucesso obtido. No show que marcou a comemoração do 20º aniversário, em 9 de setembro do ano passado, os seresteiros fizeram um tributo à memória de saudosos amigos do grupo, como o poeta Antonio Roberto Fernandes, o tecladista e acordeonista Adaury Mendonça, o violonista Manoel Rufino e os jornalistas Aluysio Cardoso Barbosa e Angela Bastos.
— Não podemos esquecer dos saudosos amigos. O amigo Aluysio Cardoso Barbosa, fundador da Folha da Manhã, foi um de nossos grandes incentivadores, muito antes da criação da formação do grupo. E, desde 1999, o Grupo Folha de Comunicação abraçou o “Boa Noite, Amor”, nos ajudando a consolidar e a popularizar o projeto. Manifesto, com carinho, o agradecimento a cada funcionário da Folha, na pessoa de sua diretora-presidente, Diva Abreu Barbosa — enfatiza Assad.
Patrimônio Cultural — O “Boa Noite, Amor” é patrimônio cultural de Campos e coleciona títulos e homenagens, como a Medalha Tiradentes, maior honraria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Do Legislativo Municipal, foram recebidas a Medalha Cidade de Campos dos Goytacazes e a Comenda José Cândido de Carvalho. Os Seresteiros de Conservatória também reconhecem o trabalho dos campistas, registrando a existência do grupo no Museu da Seresta. (A.N.)

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