Inscrições para Festival da Canção Interuniversitário abrem nesta quinta-feira
Matheus Berriel - Atualizado em 08/09/2020 23:03
Começa nesta quinta-feira (10) e vai até o dia 3 de outubro o período para inscrições no Festival da Canção Interuniversitário, realizado em parceria do Instituto Federal Fluminense (IFF) com a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) em Campos. Devido à pandemia da Covid-19, o evento acontecerá totalmente on-line, reunindo composições de estudantes e profissionais das três instituições. Interessados devem se inscrever pelo site eventos.iff.edu.br/festivaldacancaointeruniversitario, onde foi disponibilizado o edital. A primeira fase está marcada para novembro, e a fase decisiva para dezembro, com a final no dia 13, às 19h, através de live no YouTube reunindo os 10 participantes selecionados pela comissão julgadora.
— Esse é um ambiente para despertar e revelar talentos, promover a integração entre as comunidades acadêmicas, e também um ambiente para formar e aprimorar estes talentos na arte da música. Tenho certeza absoluta que vai ser um grande sucesso — disse o reitor do IFF, Jefferson Manhães.
Professora do curso de licenciatura em música do IFF, que organiza o festival junto ao Laboratório de Cultura (LabCult) da UFF e à Assessoria de Cultura da Uenf, Beth Rocha destaca como grande diferencial a função educativa do evento. Antes do envio das composições, marcado para a primeira quinzena de novembro, os músicos farão um minicurso virtual nos dias 6, 13, 20 e 27 de outubro. Estão confirmados como instrutores os músicos Augusto Ordine, Rômulo Gomes, Sheila Zagury e Flávio Mendes.
— Serão workshops com grandes nomes da música popular brasileira. Teremos em outubro a presença de quatro grandes convidados, que estarão fazendo, todas as terças-feiras, às 19h, lives disponibilizando os seus conhecimentos para aqueles que querem se candidatar aprimorarem as suas composições — afirmou Beth Rocha. — Os festivais do IFF criaram uma tradição desde 2009, quando foi organizado o primeiro. Depois, o Festival de Bandas de MPB, com duas edições. Após um pequeno hiato, nós, do curso de música do IFF, pensamos em revitalizar a ideia e ampliamos a parceria para a Uenf e a UFF. Assim, esperamos que os universitários, professores e técnicos administrativos inscrevam as suas músicas autorais, e que, em tempos tão difíceis como este de pandemia, possamos “cantar e alegrar a cidade” — comentou a professora, mencionando um trecho de “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas”, música de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes.
Para o reitor da Uenf, Raul Palacio, o Festival da Canção Interuniversitário é a realização, em momento oportuno, de um antigo sonho. “Só vem a somar, principalmente neste momento, sendo da área da cultura, que a gente tanto precisa para poder melhorar pelo menos o ambiente e o ânimo das pessoas neste processo de pandemia. A cultura é fundamental para a gente dar novos ares à sociedade, dar um novo atendimento nessa luta contra a Covid-19. Não só combater o vírus, a gente também tem que trabalhar no impacto em termos de problemas psicológicos que (o isolamento social) possa trazer para todas as pessoas da comunidade universitária”, enfatizou Raul.
Assessora de cultura da Uenf, Priscila Castro citou o projeto como uma continuação da “cultura do afeto” impulsionada em lives culturais durante a pandemia. “A arte e a cultura foram fundamentais para a manutenção da esperança na vida. Cada live e cada bate-papo foram essenciais para que as pessoas não se sentissem solitárias neste momento tão doloroso que estamos passando. O festival vem com o mesmo propósito o de povoar as universidades por meio da música”, ressaltou Priscila.
A proposta foi fortalecida pela coordenadora do LabCult da UFF, Elis Miranda. “É uma forma de manter o contato entre os estudantes, professores e técnicos por meio da arte, pela música, que nos toca de uma maneira muito especial. Estar realizando esse evento de forma virtual, e não presencial, como gostaríamos, é quase uma imposição do momento para que a gente mantenha viva a produção artística, mantenha vivas as relações entre as nossas comunidades e também a relação com a cidade”, disse Elis.

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