Campos tinha se tornado uma máquina de gerar analfabetos, diz secretário
- Atualizado em 20/01/2020 11:33
Brand foi o entrevistado desta segunda do Folha no Ar
Brand foi o entrevistado desta segunda do Folha no Ar / Foto: Cláudio Nogueira
“O sistema educacional de Campos tinha se tornado uma máquina de gerar analfabetos. Não só analfabetos funcionais, analfabetos mesmo. Os alunos chegavam ao 6º ano sem saber ler e escrever. A gente teve de fazer um programa de correção de fluxo, com todo foco na alfabetização”. A afirmação é do secretário de Educação de Campos, Brand Arenari, entrevistado desta segunda-feira (20) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3. A “máquina” citada por Brand é com relação à aprovação automática na rede municipal, que era um método adotada na gestão da ex-prefeita Rosinha Garotinho (Pros). O secretário pontuou o fim dessa prática entre outras ações pedagógicas no período que está à frente da pasta, falou sobre a possibilidade de ampliação e o resultado positivo da instalação do Centro Municipal de Educação Integral (Cemei), a eleição para direção escolar, que acontece no próximo mês.
A eleição para diretor escolar da rede municipal acontece no próximo dia 12. As comissões eleitorais de cada unidade, bem como os candidatos já estão inscritos. Promessa de campanha do prefeito Rafael Diniz (Cidadania), a escolha no voto dos gestores escolares era um pleito antigo da categoria. De acordo com o secretário, a intenção era ter realizado a eleição já no primeiro ano da atual gestão, inclusive com a comissão para essa finalidade tendo sido montada, segundo ele, em 2017. Contudo, a demanda interna da secretaria e os ajustes até a elaboração do projeto adiaram a realização do pleito. O mandato para o diretor eleito será de dois anos e, de acordo com Brand, nesta eleição a maior parte das escolas tem candidato único e quase todas com quem está à frente da direção envolvido na chapa.
A experiencia com a instalação do Cemei foi outro ponto bastante destacado pelo secretário. “Eu tenho certeza que esse (a educação do tempo integral) é o caminho para educação, o caminho para a sociedade”, destacou. Brand falou, ainda, que os planos do governo era ter até o fim de 2020 oito Cemeis, mas a crise econômica de 2019 fez com que esse cálculo fosse revisto. Agora, a intenção é que até o fim do ano mais uma unidade esteja em funcionamento.
O secretário lembrou também ações realizadas pela sua equipe durante os primeiros três anos da gestão Rafael. Ele lembrou o EJA (Ensino de Jovens e Adultos) profissionalizante, a aferição interna da secretaria com relação ao nível de conhecimento dos alunos da rede e ações relacionadas à alfabetização dos alunos:
— A gente aumentou em dois tempos a carga de Português e Matemática, para equiparar nosso tempo com as escolas privadas. Nas nossas escolas, agora, nós temos seis tempos de Português e Matemática. Quando nós chegamos, eram quatro tempos. É impossível aplicar todo conteúdo de Português e Matemática com quatro tempos semanais. Outro elemento importante foi a ruptura com o sistema que conduzia à aprovação automática. Ao nosso ver pedagógico, a aprovação automática é um desastre.
Confira a entrevista completa:

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    Arnaldo Neto

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