Campista com doença rara consegue medicamento na Justiça
Camila Silva e Catarine Barreto e Verônica Nascimento 11/10/2019 16:12 - Atualizado em 14/10/2019 14:06
A jovem Gylsa Pessanha Machado de Souza, de 27 anos, portadora da Síndrome Hemolítico-Urêmica atípica (SHUa), doença rara, grave e sistêmica, conseguiu, nesta quarta-feira (10), reverter uma decisão judicial e terá direito a receber, pelo SUS, as doses mensais do medicamento Eculizumab Soliris, que custam cerca de R$ 160 mil. Em janeiro deste ano, a Justiça de Campos deferiu uma tutela antecipada que obrigava o Mistério da Saúde a fornecer o medicamento, mas a Procuradoria Geral da União recorreu da decisão e conseguiu suspender a tutela, no Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro (TRF-2). Nesta quarta, em sessão virtual, a 8ª Turma do TRF2, por 3 votos a 2, reverteu a decisão e a jovem agora a publicação da sentença.
- Eles ainda não publicaram no site do TRF,  mas minha irmã foi com uma advogada ao Rio e teve a confirmação verbal da decisão dos desembargadores, que votaram a meu favor. Agora é aguardar a publicação, para entrar com o pedido de compra Soliris ao Ministério da Saúde. Estou muito feliz. Ontem foi um dia bastante tenso, fiquei muito apreensiva, mas deu tudo certo, graças a Deus - declarou Gylsa.
Segundo a jovem, agora falta pouco para conseguir fazer uso do medicamento, sem depender de doações de pacientes que também tem a doença e ajudam os que não têm as doses gratuitamente. "Cada dia entra uma pessoa nova no grupo da SHUa. O remédio que recebo é de doação de pacientes e que poderá ser repassado para quem descobriu a doença recentemente, pois o processo para receber pelo SUS é longo, demorado. O Soliris é um medicamento importado, entre os quatro mais caros do mundo, produzido somente por um laboratório nos Estados Unidos e é o único capaz de estabilizar", contou a jovem.
 
 

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