Filme de Coppola impacta a plateia
Celso Cordeiro Filho 16/05/2019 18:22 - Atualizado em 21/05/2019 20:10
Ao apresentar “Apocalypse Now” (1979), de Francis Ford Coppola, nesta quarta-feira (15), no Cineclube Goitacá, o advogado e publicitário Gustavo Oviedo ressaltou a importância da obra do cineasta lembrando que trata-se do primeiro filme que aborda criticamente a presença dos Estados Unidos na guerra do Vietnam. “Também, é importante ressaltar que o filme completa 40 anos e está sempre apontado nas listas dos melhores da história do cinema”, salientou.
Sobre o cineasta, observou que encerrou a produção da década de 70 com quatro filmes e todos indicados para o Oscar (“O Poderoso Chefão I e II”, “A Conversação” e “Apocalypse Now”). “Sem dúvida, trata-se do realizador americano mais importante dessa década. Eu acho que “Apocalypse Now’ é o primeiro grande filme sobre Vietnam”, salientou.
Após a exibição contou detalhes sobre as filmagens de “Apocalypse Now” que duraram mais de um ano. Sobre a participação do ator Marlon Brando, que ganhou um cachê milionário, disse que foi bastante conturbada, pois estava muito gordo e se recusava a filmar. “Como se pode ver, Coppola adota um artifício para esconder o físico avantajado usando muitos closes e pouquíssimas cenas de corpo inteiro. Mesmo com má vontade, Brando se mostra sempre um grande ator”, completou.
O filme é uma adaptação do romance “O Coração das Trevas”, de Joseph Conrad. A história do livro situa-se na África do sec. XIX, onde o protagonista se adentra no interior do continente para resgatar um funcionário de uma empresa que explora marfim chamado Kurtz, quem estaria perdido ou prisioneiro dos nativos. Essa premissa se mantém em “Apocalypse Now”, mas no filme o Kurtz é um general americano (Marlon Brando) que teria ficado louco, e estabelecido uma comunidade semianárquica na floresta asiática. “Não se trata apenas de um filme bélico. É também um estudo sobre a natureza humana e o encontro de civilizações”, acrescentou Oviedo.

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