Paes lidera e segundo lugar está indefinido no Rio, apontam pesquisas
Arnaldo Neto 06/10/2018 20:03 - Atualizado em 07/10/2018 20:58
Datafolha e Ibope divulgaram, ontem, as últimas pesquisas antes da decisão na urna para o Governo do Estado do Rio de Janeiro. Eduardo Paes (DEM) lidera os dois levantamentos e tem fortes chances de estar no segundo turno. Já na segunda colocação, há divergência. Um indicativo forte nas duas pesquisas é a ascensão do ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC), que tem declarado abertamente apoio a Jair Bolsonaro (PSL), líder na corrida presidencial, e nos últimos dias, esteve, inclusive, em campanha ao lado de Flávio Bolsonaro (PSL). Segundo o Datafolha, Witzel e Romário estão numericamente empatados nos votos válidos, seguidos por Indio da Costa (PSD). Já no Ibope, Romário tem vantagem na segunda colocação, enquanto Witzel e Indio aparecem empatados em terceiro. Todas as pesquisas foram realizadas após o último debate para governador na TV Globo.
Nos números do Datafolha, Paes aparece com 27% dos votos válidos. Romário e Witzel têm 17%, enquanto Indio aparece com 13%. No limite da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Indio empata tecnicamente com o ex-craque e o ex-juiz federal. O professor Tarcísio Motta (Psol) tem 12%, em empate técnico com Indio. Na sequência aparecem Pedro Fernandes (PDT), 6%; Marcia Tiburi (PT), 4%; Marcelo Trindade (Novo), 2%; e André Monteiro (PRTB) com 1%. Luiz Eugênio Honorato (PCO) e Dayse Oliveira (PSTU) não alcançaram 1%.
O crescimento de Witzel na reta final fica ainda mais evidente nos votos totais, quando se compara com a sondagem anterior, divulgada na última quinta-feira. Paes e Romário oscilaram negativamente em um ponto percentual. Indio e Tarcisio oscilaram positivamente em um ponto. Já Wilson Witzel ganhou 5% em dois dias.
O ex-governador Anthony Garotinho (PRP), que estava em terceiro nas intenções de votos nas pesquisas da semana passada, foi barrado na Lei da Ficha Limpa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na última sexta, ele anunciou apoio a Romário na última sexta, mas a pesquisa não registrou nenhuma migração de votos para o senador. Por outro lado, Witzel que tinha 1% na pesquisa Datafolha de agosto chega ao dia do pleito brigando entre os líderes.
Sem prever o surpreendente crescimento de Witzel, o Datafolha simulou apenas um cenário de segundo turno na disputa ao Guanabara. Paes tem 45%, enquanto Romário chegaria a 31%. Brancos e nulos somam 24%, enquanto 1% respondeu não saber em quem votar.
A pesquisa foi contratada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo. Até o fechamento da edição, o Datafolha não havia divulgado o índice de rejeição dos candidatos.
Resultado do Ibope traz índice de rejeição
Realizada no mesmo período que a Datafolha, a pesquisa Ibope aponta cenário diferente e mais confortável para Romário na briga por uma vaga no segundo turno. Outra diferença entre os levantamentos é que o Ibope aferiu a rejeição dos postulantes à sucessão de Luiz Fernando Pezão (MDB).
Nos votos válidos do Ibope, Paes lidera com 32%, enquanto o Baixinho tem 20%. Indio e Witzel têm 12%, seguidos por Tarcísio (8%), Pedro (6%), Marcia (6%) e Marcelo (2%). André e Dayse têm 1%, enquanto Luiz Eugênio não pontuou.
Nos votos totais, Witzel foi o único a crescer acima dos dois pontos percentuais da margem de erro, passando de 7% para 10%, o que confirma a tendência de crescimento do ex-juiz na reta final.
Como aconteceu com o Datafolha, não houve simulação de outros cenários de segundo turno no Ibope. O único apresentado foi entre Paes e Romário. O ex-prefeito do Rio registrou 44%, enquanto Romário chegou a 30%.
O Ibope divulgou a rejeição aos candidatos ao Guanabara. Paes e Romário estão empatados no índice negativo com 33%. Depois aparecem Indio, com 25%, e Marcia tem 21%. Tarcísio soma 16%, seguido por Trindade (11%) e Pedro (10%). A menor rejeição é de Luiz Eugênio, com 8%. Surpresa das pesquisas no crescimento das intenções de voto, Witzel também tem a rejeição muito baixa. Junto com André Monteiro e Dayse Oliveira compõe o bloco dos que têm 8% no índice negativo.

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