Bolsonaro segue na liderança
05/10/2018 22:27 - Atualizado em 07/10/2018 20:17
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Levantamento feito pelo Paraná Pesquisas e contratado pela revista Crusoé, divulgada ontem, mostra Jair Bolsonaro (PSL) na liderança com 34,9% das intenções de voto para a Presidência da República. No levantamento anterior, divulgado em 26 de setembro, ele tinha 31,2%. Já Fernando Haddad (PT) aparece em 2º lugar, passando de 20,2% para 21,8%. Considerando os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro chegou a 40,9% e Haddad a 25,6%. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e foi feita de 2 a 4 de outubro.
Bolsonaro teria 47,1 % da preferência em um eventual segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto contra Fernando Haddad, do PT, que ficaria com 38,1% dos votos totais, de acordo com pesquisa do instituto Paraná Pesquisas divulgada nessa sexta-feira.
No levantamento anterior do Paraná Pesquisas, do final de setembro, Bolsonaro tinha vantagem numérica de 44,3 a 39,4 % sobre Haddad em um eventual segundo turno entre ambos, que lideram todas as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno de domingo, com Bolsonaro em primeiro e Haddad em segundo. Foram entrevistados 1.080 eleitores entre os dias 2 e 4 de outubro. A pesquisa está registrada no TSE sob o nº BR-08437/2018.
Outra - Já na pequisa XP/Ipespe - InfoMoney , Bolsonaro chega a 41% dos votos válidos e vantagem sobre Haddad sobe para 16 pontos. Segundo pesquisa XP/Ipespe, o deputado saltou 8 pontos percentuais em uma semana e agora tem 36% das intenções de voto. Já o ex-prefeito paulistano oscilou positivamente de 21% para 22%, patamar duas vezes superior ao do terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), estacionado em 11% há três semanas. Votos em branco, nulos e indecisos agora somam 12% do eleitorado.
Mais distante dos três primeiros, aparece Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano oscilou negativamente 1 ponto. Os dois ex-governadores estão em situação de empate técnico, no limite da margem de erro, de 2,2 p.p. para cima ou para baixo.
Já Marina Silva (Rede) foi de 5% para 4%, menos de 1/3 do que teve em seu melhor momento na disputa. Logo atrás, aparecem o empresário João Amoêdo (Novo), com 3%; o senador Alvaro Dias (Podemos), com 2% – mesmo índice do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB); e o deputado Cabo Daciolo (Patriota), excluído do último debate, com 1% das intenções de voto. Outros candidatos não pontuaram.
Quando são contabilizados apenas os votos válidos, Bolsonaro tem 41% das intenções de voto, o que indica que ainda faltariam 9% para que se configure um quadro de vitória no primeiro turno.
Isso significa que, até amanhã, o parlamentar teria que herdar 64% de todos os chamados “votos azuis” (apoio hoje dado a Alckmin, Amoêdo, Alvaro Dias e Meirelles) ou 50% da soma do campo azul com as intenções de voto de Marina Silva. Neste caso, Haddad tem apoio de 25% dos que declaram voto em algum candidato, seguido por Ciro, com 13%. O levantamento foi feito nos dias 3 e 4 de outubro e foi registrado no TSE com o código BR-06509/2018. (A.N.)
Haddad tenta conter avanço de adversário
A campanha do petista Fernando Haddad mudou a agenda e hoje Fernando Haddad estará na Bahia. A mudança ocorreu após confirmar um crescimento de Jair Bolsonaro nas últimas pesquisas na região Nordeste, um tradicional reduto lulista. A campanha tenta recuperar espaço na região nos últimos momentos antes do primeiro turno.
A intenção inicial era que Haddad se concentrasse no Sudeste nos dias finais de campanha e o sábado seria em São Paulo, mas agora o candidato fará uma caminhada em Feira de Santana, no interior da Bahia, com o governador Rui Costa (PT), que pode ser reeleito em primeiro turno, e o candidato ao Senado Jaques Wagner (PT), que de acordo com as últimas pesquisas, tem mais de 40% das intenções de voto.
Os trackings internos do PT confirmaram o crescimento do ex-capitão na região e entre eleitores de baixa renda, um grupo em que, dada a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato petista ainda tem mais chance de recuperar espaço.
Ciro Gomes diz que “virada é possível”
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PDT à Presidência da República, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, minimizou seu desempenho nos levantamentos e afirmou, ontem, que “a virada é completamente provável” no pleito de amanhã. O pedetista tenta uma vaga no segundo turno contra Bolsonaro. Ciro disse que o candidato do PT, Fernando Haddad, que aparece em segundo lugar, “não tem energia e autoridade” para bater Bolsonaro. E destacou que ele seria o único capaz de vencer o ex-capitão do Exército.
As declarações de Ciro foram na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, onde o pedetista realizou um ato de campanha mesmo debaixo de chuva. “Eu nunca perdi no meu lugar (Ceará). E o Haddad disputou a última eleição há menos de dois anos e perdeu para um farsante como o Doria (candidato ao governo de São Paulo). Ele não é má pessoa, eu não tenho nada contra a personalidade dele, mas ele não tem a energia, não tem a autoridade que é a marca para enfrentar essa onda fascista que quer tomar conta do Brasil”, afirmou.
Candidato já negocia com o baixo clero
Candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro falou ontem, no Twitter, que os brasileiros não merecem “ser governados de dentro da cadeia ou por seus alinhados políticos”. Ele disse, ainda, que o cidadão “não aguenta mais ser massacrado enquanto premiam malfeitores”.
Bolsonaro também publicou um vídeo afirmando que manterá o Bolsa Família, mas, se for eleito, combaterá fraudes para garantir repasses a quem realmente necessita do benefício.
Depois de consolidar o apoio das bancadas ruralista e evangélica, além da bancada da bala, Bolsonaro fez o mesmo que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB) e já traça a formação de uma eventual base parlamentar para um futuro governo.
Ele não tem negociado com cúpulas partidárias e sim com o chamado baixo clero e com o varejo. Os representantes das bancadas destacam que no caso de Cunha foi ele quem buscou o apoio de forma ostensiva, enquanto que no caso de Bolsonaro o acerto é uma demanda de reação aos movimentos de suas bases.

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