Ibope: Bolsonaro continua líder
04/10/2018 10:32 - Atualizado em 07/10/2018 20:08
Pesquisa Ibope divulgada nessa quarta-feira (3) para intenção de voto na eleição presidencial mostra Jair Bolsonaro (PSL) com 32%, seguido por Fernando Haddad (PT) com 23%. O levantamento ouviu 3.010 eleitores na segunda-feira (1º) e na terça-feira (2). O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.
Terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT) aparece com 10%, Geraldo Alckmin (PSDB): 7%, Marina Silva (Rede): 4%, João Amoêdo (Novo): 2%, Henrique Meirelles (MDB): 2%, Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota), ambos com 1%, Guilherme Boulos (PSOL), Vera Lúcia (PSTU), João Goulart Filho (PPL), Ey- mael (DC) não pontuaram. Branco/nulos: 11%, não sabe/não respondeu: 6%.
Em relação ao levantamento anterior do instituto, divulgado segunda-feira (1º), Bolsonaro subiu um ponto percentual, Haddad, dois pontos, Ciro foi de 11% para 10%; Alckmin foi de 8% para 7%; Marina se manteve com 4%. Os indecisos foram de 5% para 6% e os brancos ou nulos, de 12% para 11%.
Nos votos válidos, onde são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos, Jair Bolsonaro tem 38%, Fernando Haddad, 28%, Ciro Gomes, 12%, Geraldo Alckmin, 8%, Marina Silva 4%, João Amoêdo, 3%, Henrique Meirelles, Alvaro Dias e Cabo Daciolo todos com 2%. Guilherme Boulos: 1%, Vera Lúcia: 0%, assim como João Goulart Filho e Eymael.
Na rejeição, Bolsonaro tem 42%, Haddad: 37%, Marina: 23%, Alckmin: 17%, Ciro: 16%, Meirelles: 10%, Cabo Daciolo: 9%, Eymael, Boulos, Vera, Alvaro Dias têm 8%. Amoêdo: 7%, João Goulart Filho: 6%. Poderia votar em todos: 3% Não sabe/não respondeu: 7%.
Em um eventual segundo turno, Haddad venceria com 43% contra 41% Bolsonaro (branco/nulo: 12%; não sabe: 3%). Já Ciro Gomes teria uma vantagem maior: 46% x 39% Bolsonaro (branco/nulo: 13%; não sabe: 3%).
O tucano Geraldo Alckmin também venceria Bolsonaro por 41% x 40% - também considerado empate técnico. Brancos e nulos somam 16%; não sabe: 3%. Apenas contra Marina Silva, Bolsonaro teria vantagem, vencendo de 43% x 39%. Neste caso, branco/nulo são 16% e não souberam responder 2%. 
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Candidato do PSL não vai a debate da Globo
Jair Bolsonaro desistiu de participar do debate com os presidenciáveis nesta quinta-feira (4), na TV Globo. O candidato do PSL recebeu em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, os médicos que o operaram no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O cirurgião Antônio Luiz Bonsucesso Macedo e o clínico cardiologista Leandro Echenique contraindicaram a ida ao encontro.
De acordo com os médicos, o deputado mostrou vontade de participar, mas que ele não costuma desrespeitar ordens médicas. “Nós contraindicamos participação em debates ou em qualquer atividade que pudesse cansá-lo ou obrigá-lo a falar por mais de dez minutos”, disse o cirurgião.
O candidato se recupera da facada que levou dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG), durante corpo a corpo com eleitores. Desde então, o candidato se submeteu a duas cirurgias: uma na cidade mineira, logo após o ataque, e outra para corrigir obstrução intestinal, já no hospital em SP.
Macedo explicou que Bolsonaro não tem condições de ficar 15 minutos em atividade que exija esforço físico. “Isso pode prejudicar a evolução dele. Então, nós contraindicamos que ele participe de qualquer atividade que exija mais de dez minutos de conversa”, frisou Macedo.
Mesmo sem participar de debate, fala-se que ele irá conceder uma entrevista à televisão no mesmo horário da realização do evento.
Chapa “Alcirina” bem aceita por Ciro Gomes
A possibilidade de uma união entre os candidatos Alckmin, Ciro e Marina – a chamada chapa “Alcirina” –, defendida por um manifesto virtual contrário à polarização PT x Bolsonaro, foi comentada, nessa quarta, pelo candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes.
Pelo manifesto, Ciro seria a alternativa mais viável a chefiar uma candidatura comum e evitar, com isso, clima de maior animosidade em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Haddad.
Questionado sobre uma chapa “Alcirina”, o pedetista avaliou: “Não gosto de oportunismos; só estou na política porque aposto na inteligência do povo brasileiro. Me honra muito a ideia de que eu possa ser o estuário de todos”, disse.
Por outro lado, o presidenciável declarou não poder “cometer a indelicadeza” de, na condição de adversário de Marina Silva e Geraldo Alckmin na disputa, “pedir a eles que desistam de suas candidaturas”. E acrescentou: “Isso é algo que só eles podem decidir”, disse.
Questionado se aceitaria incorporar pontos dos planos de governo de Marina e Alckmin, ele respondeu: “Ah, sim. Da Marina, quase todos — com exceção da autonomia do Banco Central. E do Alckmin (incorporaria) algumas coisas: o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) ele copiou de mim, está em um livro meu de 1995”, disse.
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Petista lança telefone contra “fake news”
Candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad acusou, nessa quarta, a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) de distribuir nas redes sociais informações “falsas e vulgares” contra sua família para prejudicá-lo na corrida presidencial. Segundo o petista, são milhões de fake news, distribuídos em redes sociais: “Parece que a campanha do Bolsonaro está agindo muito fortemente com fake news contra minha família, contra minha atuação como ministro (da Educação). São acusações muito vulgares, com imagens vulgares”, disse.
E acrescentou: “Isso está acontecendo nos últimos dias, sobretudo relacionado ao público evangélico, que cultiva valores que nós também cultivamos”, completou. Ainda segundo o petista, sua campanha colocou um número de telefone celular à disposição para que os eleitores possam enviar as mensagens encaminhadas, que seriam esclarecidas e investigadas. O número é (11) 99322-3275.
Um dos exemplos que chegou à assessoria de Haddad mostra um menino de cerca de 10 anos maquiado e com uma mecha dos cabelos pintada de rosa. A imagem vem acompanhada dos dizeres: “O Brasil que eu não quero. Bolsonaro presidente”.
Outra é a afirmação — já comprovada como fake — que Haddad teria dito que o governo deve decidir sobre o gênero das crianças. (S.M.) (A.N.)

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