Após três meses preso, Lula sem perspectiva de liberdade
02/07/2018 21:33 - Atualizado em 03/07/2018 14:03
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completa, no próximo sábado, dia 7, três meses de prisão na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). A prisão, porém, havia sido decretada dois dias antes, pelo juiz federal Sérgio Moro. Durante 48 horas, Lula ficou na sede do sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, até entregar-se. Ele cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
Desde que Lula se entregou, em 7 de abril, e foi levado para Curitiba, a defesa do ex-presidente já entrou com vários pedidos de liberdade, ainda sem êxito. Na decisão mais recente, da última sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa e arquivou o pedido dos advogados para que o caso de Lula fosse analisado pela Segunda Turma do tribunal, não pelo plenário da Corte.
Após a decisão, a defesa de Lula divulgou a seguinte nota: “A defesa irá recorrer para que o pedido de liberdade do ex-presidente Lula seja julgado pelo órgão previsto na lei e no regimento da Corte - que no caso é a 2ª Turma do STF”.
Os advogados também questionaram recente decisão do relator da Lava Jato, ministro Luiz Edson Fachin, de encaminhar outro pedido para julgamento em plenário. Para os advogados de Lula, Fachin feriu o princípio do juiz natural, que garante ao acusado ser julgado pelo juízo competente.
Mesmo após quase 90 dias na prisão, a posição majoritária dentro do PT é de continuar mantendo o nome de Lula na disputa presidencial de outubro. Pesquisa Ibope, divulgada quinta-feira da semana passada, mostra que o petista lidera em todos os cenários, chegando a 33% da preferência das intenções de votos. (S.M.) (A.N.)

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