Destilaria Canabrava vai a leilão na sexta-feira
27/02/2018 20:25 - Atualizado em 01/03/2018 15:00
Em 2011, a instalação da Destilaria Canabrava, às margens da Rodovia RJ 236, próximo a Travessão, foi anunciada com alarde na condição de um projeto moderno e grandioso destinado a alavancar a retomada do desenvolvimento do setor sucroenergético da região, aproveitando a expectativa da demanda pelo consumo do etanol. Sete anos depois, os ativos da empresa vão a leilão que acontece nesta sexta-feira, às 10h, no quinto andar do prédio onde funciona a Justiça do Trabalho em Campos, na Rua Tenente Coronel Cardoso (antiga Formosa), 517, no Centro.
O lance mínimo no primeiro leilão é estimado em cerca de R$ 264 milhões. Se não houver licitante interessado, o segundo leilão está marcado para o dia 16 de março, no mesmo horário e local. Somente o parque industrial está avaliado em R$ 250 milhões. Outros ativos incluem máquinas, equipamentos, implementos agrícolas e veículos que também fazem parte do pacote que irá a leilão.
O lance virtual, através do site www.paulobotelholeiloeiro.com.br, pode ser feito até o horário do leilão presencial. Os leilões eletrônicos serão realizados de forma ininterrupta. Os interessados devem se cadastrar com uma antecedência de 24 horas antes da realização do leilão.
A empresa chegou à região turbinada com recursos de governos anteriores do Fundecam (Fundo de Desenvolvimento de Campos), com promessa de gerar energia elétrica a partir da biomassa e produzir até 60 milhões de litros de etanol/ano.
Parte dos investimentos foi anunciada para a área agrícola, com o arrendamento de até 20 mil hectares, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cana (Fundecana).
Recentemente, a Canabrava foi alvo de uma operação da Polícia Federal, que investigava suposta atuação de uma organização criminosa especializada em desvios de recursos previdenciários do Postalis fundo de pensão dos funcionários dos Correios. Na destilaria foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
A dívida com o Fundecam soma mais de 17 milhões. Atualmente, quem administra a empresa é um interventor, nomeado pelos credores.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS