Jorge Rangel perde no TRE
17/10/2017 10:34 - Atualizado em 20/10/2017 18:02
Vereador Jorge Rangel
Vereador Jorge Rangel / Antonio Leudo
Por unanimidade, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) negou recurso do vereador Jorge Rangel (PTB), condenado em primeira instância da Chequinho. O plenário seguiu entendimento da relatora, desembargadora Cristiana Feijó, e determinou, ainda, que ele deixe o cargo imediatamente, a exemplo do que já tinha acontecido com os vereadores Vinícius Madureira (PRP) e Jorge Magal (PSD). O Tribunal vai encaminhar ofício à Câmara de Campos comunicando a decisão. Em seu lugar volta Joilza Rangel (PSD). Cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante o julgamento, nesta segunda-feira (16), o procurador regional eleitoral Sidney Madruga classificou o caso Chequinho como “verdadeira Lava Jato” de Campos.
A defesa de Jorge Rangel foi representada pelo advogado Eduardo Damian.
- O que se tem nos autos é absoluta ausência de provas para ferir a soberania popular - afirmou o advogado, acrescentando que, entre milhares de documentos apreendidos, o que se tinha contra seu cliente informações “de se ouvir dizer na rua”.
Porém, o procurador Sidney Madruga foi categórico e afirmou que a Chequinho era “o maior absurdo” que já tinha visto em sua carreira no Direito Eleitoral. E chamou o caso de “Lava Jato” de Campos, em referência à operação comandada pelo juiz Sérgio Moro e que desbaratou um amplo esquema de corrupção envolvendo mais de uma centena de políticos.
A relatora, desembargadora Cristiane de Medeiros Brito Chaves Frota, leu seu voto, negando provimento ao recurso e mantendo a sentença de cassação.
Na eleição do ano passado, Rangel recebeu 4.855 votos, mas não foi diplomado em dezembro, por responder já responder àquela época, Ação Penal no caso Chequinho. Na mesma situação estavam Kellinho (PR), Linda Mara (PTC), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Thiago Virgílio (PTC).
Somente em abril deste ano, eles obtiveram decisão favorável no TSE, mas só foram diplomados após liminar no TRE. Jorge Rangel foi o último deles, em 15 de agosto deste ano.
Outros quatro vereadores eleitos também respondem por envolvimento na Chequinho e já foram condenados em Campos: Thiago Ferrugem (PR), Roberto Pinto (PTC), Jorge Magal e Vinícius Madureira. Os dois últimos tiveram que deixar o cargo após confirmação da sentença pelo TRE. (S.M.)

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