Ponto Final - Semana de expectativa
21/05/2017 11:29 - Atualizado em 21/05/2017 19:15
A Câmara de Campos promete ter mais uma semana movimentada além das sessões. Se na semana passada, os debates já começavam a esquentar, nesta que se inicia deve ser ainda mais efervescente. Ela já é marcada pelo retorno efetivo Thiago Ferrugem (PR), Jorge Magal (PSD), Roberto Pinto (PTC) e Vinícius Madureira (PRP), após decisão do juiz Ralph Manhães, levando em consideração, pelo princípio da isonomia, liberação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dada a outros seis vereadores para serem diplomados.
Incerteza jurídica
A incerteza em relação a Thiago Virgílio (PTC), Ozéias (PSDB), Kellinho (PR), Jorge Rangel (PTB), Linda Mara (PTC) e Miguelito (PSL) continua. Nas duas páginas anteriores desta edição, o presidente da Câmara de Campos, Marcão Gomes (Rede), fala sobre as dúvidas jurídicas que ainda existem em relação à aplicação da decisão do TSE. O que diferencia este grupo do que já retornou também está posto na entrevista.
Virão com tudo?
Desde que começou toda movimentação jurídica, que pode culminar no retorno efetivo de dez dos onze afastados na operação Chequinho, muito se tem dito sobre o que os ligados aos Garotinho poderão fazer de barulho na Câmara, em uma possível onda de ataque ao governo e ao prefeito Rafael Diniz (PPS), além de aliados da base. Mas, para os mais exaltados, Marcão já deixou claro que o tom de retorno será ditado pela forma que forem feitos os discursos.
Contra-ataque
Marcão ainda cogita a hipótese de um exame de consciência por parte dos que podem ainda entrar, principalmente sobre o que foi deixado pelo grupo rosáceo, no qual se elegeram. No entanto, levando-se em consideração a fama de alguns nomes, Marcão dispara: “Eles não podem querer entrar na Câmara esquentando o debate, até por que a base do governo está preparada para esse debate. Preparada, inclusive, para discutir a forma de ingresso desses vereadores e como existe uma série de denúncias, de ações, seja na esfera eleitoral e na penal”.
Certezas
Apesar das incertezas, algumas em curto prazo e outras em longuíssimos — já que a Chequinho ainda está longe do fim —, algumas questões postas na Câmara são dadas por Marcão como certas, principalmente quanto as CPIs da Obebrecht (Morar Feliz) e das Rosas (Emec). Mesmo que ocorra a troca de mais vereadores, as presidências e relatorias destas Comissões não serão alteradas. Hoje, estes postos são ocupados por vereadores da base aliada a Rafael. Além das CPIs, o PreviCampos e outras auditorias em curso prometem momentos de tensão na Casa.
Reforma
Outra situação já dada como certa é aprovação da primeira reforma administrativa do governo do prefeito Rafael Diniz, que deve chegar à Câmara no próximo mês. Como revelou em entrevista à Folha o secretário municipal de Governo, Fábio Bastos, o objetivo é reduzir os custos da máquina administrativa em até 20% e estrutura de cargos em cerca de 30%. A forma pela qual ocorrerá ainda não se sabe, mas qualquer debate é improdutivo se não for para trazer solução aos combalidos cofres públicos.
Decisão acertada
E pensar que toda a instabilidade hoje vivida na Câmara correu risco de ser ainda pior. Se não tivesse sido acertada a eleição de uma mesa diretora sem pendências jurídicas, principalmente na Chequinho, o cenário seria ainda mais conturbado. A eleição de Marcão, como presidente; José Carlos (PSDC), vice-presidente; Jorginho Virgilio (PRP), 2º vice-presidente; Abdu Neme (PR), 1º secretário; e Enock Amaral (PHS), 2º secretário; amenizou a instabilidade. Vinícius Madureira (PRP) não ter vencido a disputa para comandar o Legislativo é prova disso, já que chegou a ser afastado.

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    Rodrigo Gonçalves

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