Obra continua parada, mas com esperança
04/10/2016 16:48
Orçada em R$ 105,7 milhões, a Ponte da Integração, que ligará os municípios de São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, está há 10 meses com a construção paralisada. Iniciadas em 2014, as obras foram interrompidas em dezembro do ano passado após duas paralisações anteriores e retomadas após liberação de R$ 40 milhões. A justificativa, na época, foi o alto nível do rio Paraíba do Sul. Desde então, a região passa por período de seca, mas os canteiros continuam vazios.
Quem passa pelo local vê apenas os pilares no leito do rio, remetendo à inacabada Ponte João Figueiredo, um sonho que nasceu e se estagnou na década de 1980. Para especialistas, no entanto, as atividades no Porto do Açu podem ser uma esperança para que o projeto não termine dentro d’água mais uma vez depois 30 anos.
Segundo o economista Ranulfo Vidigal, a expectativa é de que após reestruturação orçamentária, o Governo do Estado priorize a obra, dada sua necessidade diante do empreendimento do Porto do Açu. A ponte encurtaria em 100 km o acesso entre os dois municípios e, desta forma, facilitaria também o caminho para o Porto Central, no município de Presidente Kennedy, vizinho à São Francisco, no Espírito Santo. Para Vidigal, o fato da obra ser uma iniciativa do Estado e não do Governo Federal, como foi o caso da Ponte João Figueiredo, também pode ser um indicativo da continuidade, desde que o Departamento de Estradas de Rodagens do Rio de Janeiro (DER), tenha recurso.
— O estado do Rio de Janeiro vai fazer, até abril, um rearranjo nas suas contas, em função da queda na arrecadação e do endividamento, que está muito elevado. Mas como essa é uma obra que já está em andamento, já tem contrato, já tem licitação, e como o Governo ainda tem dois anos, tudo leva a crer que, ao longo de 2017, essa obra ganhe volume e seja consolidada — prevê o economista, que disse ainda que “no passado, quando você tinha obra financiada por emenda federal e verba federal, não havia o Açu como estratégia. Nós temos uma conjugação de fatores que coloca essa ponte de pé”, concluiu.
A equipe de reportagem entrou em contato com o Departamento de Estrada e Rodagens, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

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