O município de Campos manteve a terceira colocação do estado do Rio de Janeiro no Ranking 2023 do Instituto Trata Brasil, que avalia a qualidade do saneamento no país. As cidades do estado do Rio de Janeiro que ocupam os três primeiros lugares no ranking 2023 do Instituto Trata Brasil têm concessões de saneamento operadas pelo Grupo Águas do Brasil. Niterói é a primeira colocada estadual, seguida por Petrópolis e Campos.

A concessionária Águas do Paraíba é a responsável pelos serviços de água e esgoto na cidade desde 1999. Antes da chegada da empresa, Campos não contava com tratamento de esgoto e a água chegava para a população de forma intermitente. Hoje, a população é atendida por 40 sistemas produtores de água, que abastecem 102 localidades através de 1.800 quilômetros de adutoras e redes de água.

Em 2022, Águas do Paraíba conquistou duas premiações importantes no setor de saneamento, uma delas realizada pelo Instituto Trata Brasil. O município de Campos e a concessionária receberam o troféu “Casos de Sucesso em Saneamento”, na categoria “Esgotamento Sanitário”. Na ocasião, a organização destacou que o maior município do estado do Rio de Janeiro está entre as três cidades do país que mais evoluíram em saneamento básico, tanto no tratamento quanto na coleta, cujo indicador saltou de 54,36%, em 2011, para 84,26%, em 2020. Neste ano, a concessionária inaugurou a oitava Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) integrando um complexo e moderno sistema que ainda conta com mil quilômetros de redes coletoras e interceptores, além de 232 Estações Elevatórias de Esgoto.

Ranking do Instituto Trata Brasil

Essa é 15ª edição do ranking, publicado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados. O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), com referência no ano de 2021, publicado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. A avaliação visa apresentar quais são os desafios que o país ainda enfrenta para cumprir com os compromissos nacionais e internacionais em água tratada, coleta e tratamento de esgoto.

O estudo demonstra que a ausência de acesso à água tratada atinge quase 35 milhões de pessoas e 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, refletindo em centenas de pessoas hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica. Os dados do SNIS apontam que o país ainda tem dificuldade com o tratamento do esgoto, já que somente 50% do volume gerado é tratado – isto é, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.