Cheia dos rios Pomba e Muriaé afeta quase 30 mil pessoas no Noroeste
Dora Paula Paes 09/01/2023 19:44 - Atualizado em 09/01/2023 20:00
População de Frecheiras, em Cambuci, se locomove por barco
População de Frecheiras, em Cambuci, se locomove por barco / Reprodução rede social
A cheia dos rios Pomba e Muriaé afetou quase 30 mil pessoas diretamente em cinco municípios do Noroeste Fluminense. O segundo maior município da região, no interior do estado do Rio, Santo Antônio de Pádua foi o mais afetado desde a noite de sexta-feira (6), quando 13.650 pessoas tiveram problemas com a cheia do Pomba, em um total de 4.550 famílias. Desse total, 6.800 pessoas, 2.266 famílias tiveram que sair de suas casas e ficaram desalojadas. Pelo menos 13 pessoas estão desabrigadas e foram para abrigo. Ainda em Pádua, o Hospital Hélio Montezano foi inundado e um de campanha foi montado no Ciep da cidade.
Em Aperibé, 2.600 moradores foram afetados de alguma forma pela cheia do rio. Cerca de 240 pessoas precisaram sair de casa e 53 pessoas estão desabrigadas. Nesta segunda-feira (9), o nível do Pomba segue baixando e as equipes trabalham na limpeza das ruas. O transbordamento no município é em 3,60 m, no entanto, a maior cota foi de 5,03 m.
Na parte do município de Cambuci banhado pelo Pomba a população também está sofrendo com os efeitos do grande volume de água. No distrito de Funil, cerca de 600 moradores foram afetados, sendo que 164 pessoas precisaram sair de suas casas temporariamente e 18 ficaram desabrigadas. Em Flecheira, 1.560 moradores foram afetados de alguma forma, sendo que 300 pessoas ficaram desalojadas. A cota de transbordamento na área é de 3,60 m. No momento mais crítico da cheia, o rio chegou a 5,02 m.
No outro extremo do Noroeste, de acordo com a Defesa Civil de Itaperuna, o nível do rio Muriaé chegou a 4,90 m, em sua última medição, às 16h15 desta segunda-feira. Mesmo tendo entrado em estabilidade entre 12h e 16h, o nível do rio subiu, mas há previsão de começar a baixar durante o final da noite. Até o momento, 28 pessoas ficaram desalojadas e não há registro de desabrigados. A equipe da Defesa Civil continua monitorando as bacias dos rios Muriaé e Carangola, e também a previsão do tempo para as próximas horas.
Em Laje do Muriaé, pelo menos 605 pessoas foram afetadas, 313 estão desalojadas e 24 desabrigadas. O nível chegou a 7,23 m, sendo cota de transbordamento é de 5,20 m.

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