Pílula do Exercício
Leonardo Gama - Atualizado em 26/06/2022 06:51
Cientistas da Faculdade de Medicina de Stanford publicaram semana passada dados no mínimo muito interessantes.
O artigo publicado na NATURE, uma das mais renomadas revistas científicas, descreve a identificação de uma molécula produzida durante o exercício, que pode revolucionar a nossa relação com as atividades físicas.
Que a prática de exercícios físicos regulares reduz o apetite, auxilia na perda e controle do peso, etc, todos já sabem, contudo os mecanismos exatos de como isso ocorre ainda precisam ser esclarecidos.
Segundo Jonathan Long, MD, pesquisador da Stanford, os mecanismos moleculares ainda são desconhecidos e devem ser elucidados.
Analisando o sangue de corredores, identificou-se uma molécula chamada de Lac-Phe, que é produzida após o exercício intenso.
Essa molécula é sintetizada a partir do ácido láctico, aquele que causa queimação na fadiga muscular, e fenil alanina, um aminoácido.  
Estudos realizados em camundongos obesos, mostraram que altas doses de Lac-Phe reduziu o consumo alimentar em 50%, sem afetar o seu comportamento.
Também foi observada perda de peso e melhora na resistência à insulina nos camundongos que ingeriram a Lac-phe.
Curiosamente essa molécula foi identificada em cavalos de corrida e em humanos, sugerindo fazer parte de um mecanismo adaptativo ancestral.
Os exercícios de alta intensidade e curta duração foram mais eficazes na elevação da Lac-phe, seguidos por exercícios de resistência e longa duração. 
Os dados sugerem uma aplicação terapêutica sem precedentes e que pode vira a auxiliar em muito pessoas que não conseguem manter uma rotina de exercícios mais intensos, como alguns idosos e indivíduos com outras limitações. 
_A indústria farmacêutica já deve estar com os olhos cintilantes...
 

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