Dartagnan Fernandes afirma que deixará a presidência do Goytacaz no final de 2021
Matheus Berriel 29/09/2021 17:41 - Atualizado em 29/09/2021 18:08
Dartagnan Fernandes, presidente do Goytacaz
Dartagnan Fernandes, presidente do Goytacaz / Foto: Rodrigo Silveira
Em entrevista à Folha FM 98,3, na manhã desta quarta-feira (29), o presidente do Goytacaz, Dartagnan Fernandes, afirmou que deixará o cargo no final deste ano. Eleito em agosto de 2015, após renúncia do ex-presidente Robson Barreto, e à frente do clube desde então, ele creditou a decisão da saída a um “desgaste” ocorrido durante a gestão. Em fevereiro deste ano, foram prorrogados até o final de 2023 os mandatos de Dartagnan e do Conselho Deliberativo, que, ao contrário do cargo de presidente, deve continuar com a mesma formação.
— Começamos, ontem, a discutir todo esse assunto na reunião do conselho. Vamos fazer com que conselho siga com o seu mandato prorrogado. Na presidência do clube, pode acontecer a mudança, de acordo com as diretrizes que o conselho montar estatutariamente. Eu acho que, pelo desgaste sofrido durante o curso desse ano e em alguns anos desde que estou na presidência, é necessário haver mudança. Então, não serei eu que vou atrapalhar a vida do Goytacaz. Eu pretendo me afastar, a pedido até da minha própria família. Mas, vai haver uma eleição somente para o presidente administrativo. A questão da prorrogação do mandato do conselho deliberativo, ela continua normal. O mandato só termina em 2023 — disse Dartagnan Fernandes no programa Folha no Ar – 1ª Edição.
Segundo o presidente alvianil, ele trabalha atualmente para deixar pronto um projeto de transformar o Goytacaz em um clube-empresa, com objetivo de gerar novas receitas. Ainda de acordo com Dartagnan, as dívidas atuais do Goyta são equivalentes a cerca de R$ 3,5 milhões. Em agosto, o juiz Cláudio Victor de Castro Freitas, substituto na 4ª Vara do Trabalho de Campos, determinou o leilão do estádio Ary de Oliveira e Souza em razão de um processo trabalhista movido por Sérgio Henrique Souza de Oliveira, ex-treinador de goleiros do clube. O caso ainda não transitou em julgado.
— O clube que não se voltar a imediatamente virar empresa, para que tenha lucros, ele vai ser fadado a terminar as suas funções — enfatizou Dartagnan Fernandes. — Eu, até sair do Goytacaz, pretendo colocar o projeto na mesa. Estou já quase em final de mandato, não pretendo continuar, evidentemente. E, ontem, na reunião do conselho, já anunciei: ficarei até dia 31/12 deste ano. Acho que tem que haver algum tipo de mudança. As pessoas que tanto reclamam nas redes sociais da atual administração têm que chegar para perto, têm que criar soluções, porque não adianta só reclamar e não trazer soluções. É muito fácil você estar atrás de uma câmera, ficar reclamando, estar nas redes sociais ou nos rádios, ou nos jornais, reclamando da administração. Mas, quem está lá dentro sabe o quanto é sofrível, pessoalmente, tocarmos a instituição com um passivo enorme, uma situação muito delicada, com cobrança na porta todos os dias. E não são só cobranças da atual administração, são cobranças de 12, 13 anos, 14 anos para trás. Então, isso vem tudo numa hora só, e nós estamos pretendendo entregar o clube — pontuou.
Rebaixado na última temporada para a terceira divisão do Campeonato Estadual, o Goytacaz é atualmente o lanterna do Grupo B na Série B1, com apenas três pontos em quatro jogos. Nesta semana, Danilo Fiúza foi contratado para ser o quarto treinador em menos de dois meses. O presidente Dartagnan Fernandes não nega o insucesso no torneio até o momento, mas cita alguns feitos que considera positivos da diretoria.
— Tivemos vários avanços, fizemos várias obras. Aquele torcedor que critica muito, e que eu tenho que respeitar, porque eu sei que ele é muito emotivo, era preciso fazer uma visita ao estádio hoje, fazer uma visita às instalações do clube hoje. (O Goytacaz é) o único clube do interior do estado do Rio de Janeiro, para não falar do Maracanã ou do Engenhão, que tem vestiário para arbitragem feminina. Então, isso tudo feito na nossa gestão. O único clube que tem 1.200 cadeiras cativas reformadas, todas elas pela atual administração. Sei que nós não estamos bem no campeonato, houve algumas falhas, nós não somos perfeitos, mas nós estamos fazendo. Aqueles que adentrarem agora ao clube, que consigam fazer uma melhor administração, fazer com que o Goytacaz siga os seus caminhos — desejou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS