Eduardo Lages faz show nesta sexta (1º) no Trianon
Matheus Berriel 31/10/2019 17:51 - Atualizado em 05/11/2019 14:35
Divulgação
Popularmente conhecido como o “Maestro de Roberto Carlos”, Eduardo Lages retorna a Campos para outro show no Teatro Municipal Trianon, o mesmo onde, há dois anos, dividiu palco com Rosemary. Desta vez, terá como convidada especial a cantora Alba Valéria, em apresentação marcada para as 21h desta sexta-feira (1º). Os ingressos foram colocados à venda por R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) na bilheteria do Trianon e no site megabilheteria.com.
Com quatro décadas de carreira, o niteroiense Eduardo Lages traz de bem antes, ainda na infância, suas primeiras lembranças da planície goitacá.
— Minha relação com a cidade sempre foi grande, porque desde garoto eu a frequentei. Tinha um primo que era engenheiro na Usina do Cupim, em Ururaí. Os filhos desse meu primo tinham a minha idade, e eu vinha passar férias aqui. Vinha todo ano. Depois cresci, virei um músico profissional e, como músico, a primeira vez que me lembro de ter vindo foi para um show em praça pública com Roberto Carlos. Isso deve ter uns 40 anos, não lembro exatamente. Estou trabalhando há quase 41. E depois nós voltamos muitas vezes, mas para show no Parque de Exposições ou alguma assim. Com Roberto, vim aqui, talvez, umas quatro ou cinco vezes — recordou.
A primeira experiência no Trianon é guardada com carinho. O mesmo que espera ter após o show desta sexta, já com planos de retornar futuramente:
— Adorei ter vindo aqui há dois anos. E estou de volta, pretendo voltar muitas vezes. Tenho muito a ver com essa parte do estado do Rio, desde a Região dos Lagos até aqui. São lugares que frequentei: Campos, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Araruama... Sempre estive muito presente, gostei muito, tive amigos e parentes nessa zona.
A iniciativa de seguir uma carreira à parte do trabalho com Roberto Carlos foi tomada há aproximadamente 10 anos, devido à opcional diminuição de shows do Rei. Começou gravando CD's com autorização de Roberto, emplacou um DVD e, bem aceito pelo público, chamou para si os holofotes nos palcos, o que não lhe tira a fidelidade ao velho companheiro. “Minha prioridade sempre foi e vai ser o Roberto Carlos. Antes de marcar qualquer show, tenho que consultar muito bem a agenda dele”, enfatizou.
A ligação dos dois é tão forte que faz de Eduardo Lages famoso e ao mesmo tempo “desconhecido”. Não o seu respeitado trabalho, mas a identidade:
— Muita gente encontra comigo na rua e pede para tirar foto, principalmente no Rio e em São Paulo. Depois que tiram a foto, perguntam: “qual é o seu nome mesmo?”. Me chamam de “Maestro do Rei”. De certa forma, me sinto orgulhoso com isso. Acho muito engraçado. Muita gente que vem falar comigo, seja em aeroporto ou na rua, no final pergunta o meu nome. Mas, não me incomodo. Estou acostumado em ser o “Maestro do Rei”. E aí eu brinco com o Roberto: “Um dia eu chego a ser o rei dos maestros. Por enquanto, sou o Maestro do Rei”.
Naturalmente, vários sucessos de Roberto Carlos estão presentes no repertório de Eduardo Lages. Mas o show vai além, incluindo obras de outros nomes da MPB.
— Toco músicas que eu gosto. Tem músicas do Roberto, músicas que foram gravadas pelo Roberto, músicas minhas... Mas, tem toda a minha história. Eu tinha outra vida musical antes de trabalhar com o Roberto Carlos. Comecei a trabalhar com ele quando tinha uns 30 anos. Antes disso, trabalhei com vários artistas: Jorge Ben, Moacyr Franco, Benito di Paula, vários cantores. Fiz arranjos para a maioria dos cantores da música popular do Brasil, passando inclusive pela área do sertanejo. E mesmo depois que passei a trabalhar com Roberto Carlos, comecei a trabalhar mais ainda com outros cantores. Eles queriam tirar uma casquinha do maestro do Roberto Carlos. E viraram todos amigos: Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, a maioria dos sertanejos. Transitei em todas as áreas, tenho muito amigos e muito orgulho de ser o maestro do Roberto Carlos. Sempre brinco que eu não sou o maestro dele, ele que é o meu cantor (risos).
Se a primeira impressão for mesmo a que fica, Alba Valéria é mais uma a ganhar a admiração e a amizade de Eduardo Lages:
— Você sozinho no palco, apesar de em um teatro cheio, aquilo ali é uma solidão muito grande. E eu, sempre que posso, convido alguém. Dessa vez, estou convidando a Alba Valéria. Nem ensaiamos. Mas, até amanhã (sexta-feira) a gente se entende um pouquinho. Já conversamos muito por telefone, ela é uma pessoa muito simpática. E, pela voz dela falando, já vi que a voz dela cantando é bonita também. A gente sabe, pela voz da pessoa conversando, que ela deve cantar bem. Aqui em Campos não vai ser diferente. Convidei, e toda vez que eu vier aqui vou convidar a Alba Valéria, porque ela foi de uma simpatia tão grande comigo... Sempre que vier aqui, se eu puder contar com ela, vou ficar bastante feliz.
Para evitar de vez qualquer tipo de solidão, o bem-humorado maestro conta histórias engraçadas. O intuito é de provocar a interação do público, convidado a cantar e se encantar com seus números no piano:
— É muito bom que a plateia participe. Quero ver todo mundo cantando. As pessoas vão cantar no karaokê. Então, cantem comigo. Faz de conta que eu sou um karaokê. Tenho o maior prazer. Procuro tocar umas músicas que as pessoas saibam também. Claro que, de vez em quando, tiro uma onda e toco uma coisa mais sofisticada. Mas, eu gosto é do que o público canta, do popular. Espero que as pessoas compareçam ao teatro e interajam. Quero me sentir próximo de todo mundo ali.
Confira outras atrações culturais no fim de semana em Campos:
Sexta-feira (1º)
10h às 17h — Exposição temporária “Urban Sketchers” — Museu Histórico
19h — Noite da Arte: Valorização da vida — Teatro de Bolso
20h — Meia-Noite no Museu 2 (Peça “O Assassinato de Donana Pimenta”, exibição de filmes brasileiros de terror, declamação de poesias ligadas ao folclore campista, visitas guiadas e discotecagem com o DJ Jason) — Museu Histórico
21h — Show do maestro Eduardo Lages — Trianon
Sábado (02)
9h — Abertura do Festival Doces Palavras (FDP!) com plantio de muda de peroba amarela — Villa Maria
9h às 14h — Exposição temporária “Urban Sketchers” — Museu Histórico
10h — Pintura infantil — Cidade da Criança
11h — Visita guiada a túmulos de artistas campistas (FDP!) — Cemitério do Caju
11h15 — Contação da história “A tartaruga que queria voar” — Cidade da Criança
11h30, 14h, 16h, 17h30 e 19h — Banho no chafariz — Cidade da Criança
13h às 18h — Jogos pedagógicos — Cidade da Criança
15h — Contação da história “Alice e um desejo” — Cidade da Criança
15h30 — Brincadeiras — Cidade da Criança
17h — Esquete teatral “A menina e os brinquedos” — Cidade da Criança
18h15 — Contação da história “A boneca falante” — Cidade da Criança
18h30 — Momento com desenhos infantis — Cidade da Criança
23h — Shows de Júlio Souza, Larice Barreto, Bira Bello, Gabriel Ferrari e Rafa Carneiro — Rancho da Ilha
Domingo (03)
9h às 14h — Exposição temporária “Urban Sketchers” — Museu Histórico
10h — Exibição dos curtas-metragens “Apoca” e “Apoca 2” — Museu Histórico
10h — Pintura infantil — Cidade da Criança
11h15 — Contação da história “A tartaruga que queria voar” — Cidade da Criança
11h30, 14h, 16h, 17h30 e 19h — Banho no chafariz — Cidade da Criança
12h30 — Exibição do curta-metragem “Apoca 3” — Museu Histórico
12h às 18h — Feira da Confraria (Música Autoral de Giu de Souza, artesanato e gastronomia) (FDP!) — Confraria Musical
13h às 18h — Jogos pedagógicos — Cidade da Criança
15h — Contação da história “Alice e um desejo” — Cidade da Criança
15h30 — Brincadeiras — Cidade da Criança
17h — Musical “Ritmos e Cores” — Trianon
17h — Esquete teatral “A menina e os brinquedos” — Cidade da Criança
18h15 — Contação da história “A boneca falante” — Cidade da Criança
18h30 — Momento com desenhos infantis — Cidade da Criança

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