Campistas mantêm tradição de São Cosme e Damião com distribuição de doces
Victor de Azevedo 27/09/2018 20:10 - Atualizado em 28/09/2018 15:49
Entrega dos doces aconteceu na rua Severino Lessa
Entrega dos doces aconteceu na rua Severino Lessa / Isaías Fernandes
A tradição de distribuir doces para as crianças no Dia de São Cosme e Damião, comemorado nesta quinta-feira (27), está mantida mais uma vez na residência do comerciante Carlos Mendonça. Há mais de 40 anos, ele e sua esposa jogam da sacada de casa muitas balas, chocolates, biscoitos e até dinheiro, fazendo a alegria não só da criançada, mas de muitos adolescentes que ainda mantêm o costume de pegar doces nesta data.
— A gente não faz isso por promessa. Na verdade, começou por acaso e desde então vem criança de tudo que é lugar do município para pegar bala. Não imaginávamos que ia chegar a essa quantidade enorme de crianças, tem hora que a gente até fica preocupado com a segurança delas, mas depois que acaba, e a gente vê a alegria nos rostos de cada uma, é muito gratificante — ressaltou Carlos.
A entrega dos doces acontece todo ano pontualmente às 17h, na rua Severino Lessa, no bairro do Turfe Clube. A doméstica Rita de Cássia, moradora do Jóquei Clube, afirma que desde 2015 sai de sua casa para levar os filhos na residência do "Seu Carlinho".
— O encerramento do dia de São Cosme e São Damião sempre é aqui. Já virou tradição. Meus filhos sempre acordam e falam que eu não posso esquecer de levá-los na rua de "Seu Carlinho". Quando eles eram mais novinhos eu ficava com medo de deixar eles no meio das crianças para pegas as balas, mas agora eu deixo porque vejo como ficam felizes — disse.
Entrega dos doces aconteceu na rua Severino Lessa
Entrega dos doces aconteceu na rua Severino Lessa / Isaías Fernandes
História - Cosme e Damião foram gêmeos que exerceram atividades ligadas à medicina. Eles dedicaram suas vidas a ajudar pessoas enfermas em situação humilde. Os dois viraram santos após perseguições de um rei que os queria como súditos e foi responsável pela morte dos irmãos. O resultado do ato foi um altar na casa da mãe, onde pessoas doentes visitavam a residência para prestar uma homenagem e depois descobriam estar curadas.

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