Wladimir vê o pai no 2º turno
Aluysio Abreu Barbosa 26/09/2018 20:12 - Atualizado em 28/09/2018 17:36
Rodrigo Silveira
Muito se comenta que, caso se eleja deputado federal daqui a 10 dias, Wladimir Garotinho (PRP) passará a mirar a eleição a prefeito de Campos em 2020. Nesta entrevista, a proposta era que analisasse os protagonistas das eleições a presidente e governador. Mas inevitável que visse Anthony Garotinho (PRP) pelos olhos do filho. Ainda assim, definiu acertadamente seu pai: “um sobrevivente” na briga com Romário Faria (Podemos) para enfrentar o líder isolado nas pesquisas, Eduardo Paes (DEM), no segundo turno. Ele aposta nisso, assim como no provável turno final entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) no pleito presidencial. Sobre o governo Rafael Diniz (PPS), sua análise tampouco surpreendeu: “um desastre”.
Jair Bolsonaro – Consegue reunir grande simpatia de parte da população por se encaixar no perfil de quem vai colocar ordem na casa. Pesa sobre ele o receio do autoritarismo, do que será no pós-eleição e a pouca experiência administrativa.
Fernando Haddad – O lulismo impulsiona seu crescimento rápido, porém o sentimento nacional anti-PT pode fazer ele sangrar no segundo turno.
Ciro Gomes – Na minha opinião o mais preparado na atual disputa, mas não consegue ganhar capilaridade eleitoral. Deve-se isso a estratégia colocada em prática pelo PT.
Geraldo Alckmin – Ninguém é governador de São Paulo por quatro vezes sem méritos, mas o PSDB não atravessa um bom momento devido aos escândalos com Aécio Neves. A candidatura de Bolsonaro conseguiu reunir os votos à direita que tradicionalmente votariam com ele.
Marina Silva – Não passa a confiança necessária e nem tem uma postura que agrade a maior parte do eleitorado. Prejudicou-se ao se aliar ao agronegócio na eleição presidencial de 2014, o que ela sempre combateu na sua origem no PV.
Luiz Inácio Lula da Silva – Detentor da maior quantidade de votos individuais no país. Sem dúvida o maior estrategista dos últimos tempos. Consegue mesmo em condições extremamente adversas polarizar a eleição nacional.
Eduardo Paes – Continuação do que vem dando errado no Rio há 12 anos, tenta esconder seus padrinhos e amigos políticos para ludibriar o eleitorado. Ainda consegue alto índice de votos na capital devido ao difícil momento do atual prefeito.
Romário Faria – Um grande jogador de futebol e foi um bom parlamentar, mas não tem condições de administrar um Estado em grave crise econômica.
Anthony Garotinho – Um sobrevivente. Mesmo sofrendo com ataques, prisões e brigando com grandes figuras, consegue sempre se manter vivo na disputa. Como governador, foi eleito o melhor do Brasil pelo DataFolha. Passou a ter problemas a partir da eleição presidencial de 2002, quando brigou com o PT, não aceitando ser ministro de Lula.
Tarcísio Motta – O Psol tem eleitor cativo à extrema esquerda, em qualquer eleição tem seu percentual garantido, são combatentes e com militantes bem ativos.
Indio da Costa – Pela participação em todos os governos do PMDB e agora no de Crivella, fez com que o eleitor olhasse com desconfiança. Não se consegue identificar a posição dele.
Voto útil – Presente em qualquer disputa, aparecem nos últimos dias que antecedem o pleito e pode decidir de verdade uma eleição.
Segundo turno – No cenário nacional: Bolsonaro x Haddad. No Estado do Rio: Eduardo x Garotinho. Em ambos os casos, tudo pode acontecer. Pesquisas nesse momento não tem relevância.
Novo Congresso – Terá um papel mais importante do que o do próprio novo presidente da República. Vamos precisar de parlamentares de coragem e sabedoria para enfrentar a crise política e tomar as decisões importantes para o país.
Governo Rafael Diniz – Pergunte aos cidadãos campistas. Eu sou suspeito para falar porque avisei antes que seria um desastre.

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