Handebol campista atravessa fronteiras
Paulo Renato do Porto 22/05/2017 22:25 - Atualizado em 26/05/2017 15:46
Mesmo com todas as dificuldades, como a falta de apoio oficial e patrocinadores, o handebol masculino de Campos resiste, ultrapassa barreiras e consegue se destacar muito além dos limites do município. O trabalho que há 20 anos realiza o professor Leonardo Mantena, técnico da equipe, rende frutos como a convocação de atletas para a seleção brasileira juvenil, casos do pivô Carlos Eduardo; o armador esquerdo Mateus Duílio; o central Rayzon; e o ponta esquerda e central Francisco.
Diariamente, cerca de 70 jogadores treinam pela manhã no ginásio do Instituto Federal Fluminense (IFF), enquanto que à tarde as atividades são reservadas para o Jardim São Benedito. Cadu, inclusive este ano disputou o Pan Americano, no Chile
Para este ano, o foco está na disputa dos Campeonatos Brasileiros juvenil, juniores e sub-16, em São Paulo e Anápolis (GO), respectivamente. No juvenil, a equipe classificou-se entre as oito melhores do País, após uma disputa em Taubaté (SP). No Estadual, os garotos estão invictos em três categorias.
A falta de patrocínio é o maior adversário dos meninos. “Nosso maior adversário não está nas quadras, mas fora delas”, admite o técnico, que admite até subtrai suas economias para manter as despesas com alimentação e inscrição de jogadores. “Só este ano já gastei R$ 17.725,00” do meu próprio bolso”.
O trabalho envolve cerca de 20 atletas que irão disputar essas competições, mas o projeto num todo abrange 70 jovens de 12 a 19 anos em várias outras categorias, como as de sub-12, 14, 16 e 18.
O único suporte da equipe vem de uma universidade em Campos, que oferece bolsas de estudo inteiramente grátis para os alunos que integram a equipe que representa Campos.
Daqui para brilhar no Velho Continente
O handebol masculino de Campos atravessa até mesmo as fronteiras do País. Na França, está Alex Pozzer, de 29 anos, atleta que já disputou Olimpíadas e hoje é considerado um dos cinco melhores pivôs do mundo. Depois de um período na Espanha, hoje atua num das melhores ligas de handebol do mundo.
Já faz algum tempo que o handebol vive um de seus melhores momentos. “Se considerarmos meninos e meninas, é hoje o esporte mais praticado nas escolas. No exterior, há pelo menos 100 brasileiros nas melhores ligas da Europa, com pelo menos três que saíram aqui do nosso projeto”, comentou Mantena.
“Nas Olimpíadas do Rio, a modalidade foi uma das que mais atraíram público. A seleção brasileira masculina, mesmo tendo perdido, foi elogiada pela alta qualidade técnica na competição”, lembrou Mantena.

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