Governo Federal não libera recurso e obra da UFF é paralisada
Dora Paula Paes 05/04/2021 20:03 - Atualizado em 05/04/2021 20:05
A obra de construção dos dois prédios do novo campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Campos, foi paralisada e os cerca de 70 funcionários dispensados temporariamente. A expectativa é de que os trabalhos sejam retomados em até dois meses. A motivação é a falta de repasse da verba, por parte do Governo Federal, das emendas destinadas para conclusão dos prédios.
"Para que os recursos de emenda sejam liberados é necessário que a Lei Orçamentária Anual (LOA) seja sancionada e publicada e, após 30 dias da publicação, seja publicado um decreto estabelecendo o cronograma da liberação do financiamento. O problema é que nada disso aconteceu até agora, a LOA ainda não foi publicada. Sendo assim, estes recursos de emendas estão sem previsão de chegada", informou a assessoria de imprensa da UFF.
A Reitoria da UFF recebeu a notificação do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) informando a suspensão temporária dos recursos. Sem esse recurso, a Universidade disse que em respeito aos trabalhadores optou por interromper as obras, até que a situação seja regularizada. "Entretanto, caso ocorra o repasse antes deste prazo, imediatamente daremos a ordem de reinício das obras", ressaltou a nota.
O diretor da UFF-Campos, Roberto Rosendo, explicou que as emendas de bancada garantem R$ 20 milhões para conclusão do primeiro bloco e mais R$ 18 milhões para o segundo prédio. Mas, sem o repasse por parte do Governo Federal, a obra, iniciada em janeiro último, está paralisada", disse.
A emenda foi articulada por um esforço suprapartidário de coleta de assinaturas de 15 deputados federais do estado do Rio de Janeiro. Essa iniciativa foi organizada, na época, pelo então deputado Wladimir Garotinho, com participação do Gabinete do Reitor, comunidade e a direção da unidade da UFF em Campos. Além do então deputado Wladimir Garotinho, a captação desses recursos contou com o apoio de Chico D'Ângelo (PDT), Talíria Petrone (Psol) e Hugo Leal (PSD),Clarissa Garotinho (Pros), Alessandro Molon (PSB),Benedita da Silva (PT),Jandira Feghali (PCdoB),Marcelo Freixo (Psol),Paulo Ramos (PDT), Christino Áureo (PP), Flordelis dos Santos de Souza (PSD), GlauberBraga (Psol), Sargento Gurgel (PSL) e Márcio Labre (PSL).

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