Hospital de campanha em Campos segue indefinido
Mario Sergio Junior 26/06/2020 17:17 - Atualizado em 31/07/2020 19:16
Hospital não foi inaugurado
Hospital não foi inaugurado / Genilson Pessanha
Apesar da mudança no comando da Saúde do Rio de Janeiro, ainda não há definição sobre os hospitais de campanha para tratamento da Covid-19 que não foram entregues, inclusive o de Campos. Enquanto isso, o município sofre com a alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com o aumento do quantitativo ofertado. Segundo a Prefeitura de Campos, mais de 90% dos leitos de UTI destinados para pacientes com coronavírus estava ocupados.
Após dois meses de espera, o hospital de campanha de Campos não passa de uma estrutura montada na avenida 28 de Março, cuja instalação chegou a ser considerada como uma das piores do Estado durante visita do deputado estadual Renan Ferreirinha (PSB), relator da Comissão Especial de Fiscalização dos Gastos na Saúde Pública Durante o Combate ao Coronavírus, da Alerj. Um estudo realizado pela equipe Secretaria de Estado de Saúde (SES) recomenda a descontinuidade dos hospitais de campanha no estado, porém a própria pasta ressaltou que o documento é apenas uma recomendação.
Por telefone, a assessoria da SES apenas informou que o novo secretário Alex Bousquet tem se reunido com equipes técnicas para analisar a situações dos hospitais, mas não havia nenhuma definição.
A descontinuidade dos hospitais de campanha chegou a ser apontada pelo ex-secretário estadual de Saúde Fernando Ferry, ao declarar, no dia 22, que parte das unidades poderia não ser concluída conforme prometido. Ele afirmou que o atraso para a conclusão das obras e os números positivos da pandemia poderia tornar as unidades desnecessárias.
O hospital de campanha em Campos é um dos sete prometidos pelo Governo do Estado. Até o momento, quatro unidades foram entregues. Os atrasos que envolvem a unidade de Campos começaram desde a sua instalação. Inicialmente, a montagem havia sido anunciada para o dia 26 de março. Porém, não aconteceu. Após isso, a instalação foi prevista para o dia 6 de abril e sua conclusão prevista para o dia 30 do mesmo mês. O que também não aconteceu. A montagem só começou em 10 de abril. A entrega foi adiada por três vezes, a mais recente para 12 de junho, e, agora, não tem mais data.
Ocupação de leitos - De acordo com a Prefeitura de Campos, até o dia 25 de junho, mais de 90% dos 72 leitos de UTI destinados para pacientes com coronavírus estavam ocupados. Já a ocupação de leitos clínicos para Covid era de 80%.
No geral, os hospitais públicos e contratualizados contam com 207 leitos de UTI. Desse total, 72% estavam ocupados. Já o quantitativo de leitos clínicos foi de 380, com 50% de ocupação.
Em relação aos hospitais particulares, que incluem o Dr. Beda e a Unimed, a taxa de ocupação era de 67% dos 55 leitos de UTI e 85% dos 102 leitos clínicos. O Prontocardio não havia enviado sua atualização. 

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