MP vistoria maternidades e atendimento neonatal após representação por falta de repasses
Camilla Silva 31/10/2019 16:42 - Atualizado em 05/11/2019 16:04
A promotora da Infância e Juventude do Ministério Público (MP) de Campos, Anik Rabello, realizou, nesta quinta-feira (31), uma vistoria nos hospitais Plantadores de Cana e Beneficência Portuguesa, que atuam como maternidades e prestam atendimento neonatal, após unidades anunciarem que enfrentam problemas. Há 15 dias, o HPC e outras três unidades, que têm contrato com o município, alegam que enfrentam problemas causados pela falta de pagamento do valor devido por complementação municipal no atendimento prestado pelo Sistema Único de Saúde. 
— Nós estamos aqui para proteger o direito dos recém-nascidos e das crianças. Precisamos garantir que seja dado um atendimento digno. Nós vamos analisar que providências vão ser tomadas, mas já é possível perceber que há muita coisa faltando — explicou a promotora Anik Rabello, afirmando que, se constatada que o atraso nos repasses estão prejudicando o atendimento, será proposta uma ação judicial.
Foram visitados a farmácia da unidade, onde funcionários relatam a falta de medicamentos para atendimentos, inclusive para internados na Unidade de Tratamento Intenso (UTI), a pediatria e a UTI Neo Natal. Além disso, foi relatada a falta materiais como luvas e cateter, e medicamentos, como amoxicilina e dipirona.
O Presidente do HPC, Frederico Paes, comentou sobre a falta de medicamentos e assistência para pacientes, incluindo os de alto risco. “A situação está precária. Ontem nós deixamos de servir os acompanhantes para ter alimentos para os pacientes. Eu estou falando na frente da promotora que nós estamos descumprindo a lei”, afirmou.
Thalia dos Santos Ribeiro, que está internada desde terça, reclamou da falta de alimentação para os acompanhantes. “Muita gente que fica aqui não tem condições de pagar a comida, isso é um absurdo”, afirmou.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS