Macaé suspende licitações até julgamento da partilha dos royalties no STF
17/09/2019 12:56 - Atualizado em 17/09/2019 12:58
Rui Porto Filho/Prefeitura de Macaé
O prefeito de Macaé, Dr. Aluizio, publicou nesta terça-feira (17) decretou a suspensão de todos procedimentos licitatórios até que o Supremo Tribunal Federal (STF) defina as regras sobre a distribuição dos royalties do petróleo. O julgamento está previsto para 20 de novembro e, uma decisão contrária aos produtores, pode significar a falência do Estado do Rio de Janeiro, com graves consequências em toda região.
A medida da Prefeitura de Macaé visa contingenciar receitas oriundas das compensações do petróleo para manter apenas licitações realizadas pelas secretarias municipais de Educação e de Saúde.
 O novo decreto complementa o decreto 118/2019, publicado no último dia 4, que já reserva receitas do petróleo para despesas programadas pela secretaria municipal de Saúde.
A administração macaense, município da região com maior repasse de royalties nos últimos meses, ressalta que as obras em andamento serão mantidas em seu fluxo normal.
Medidas — Na semana passada, a prefeita Carla Machado (PP), de São João da Barra, informou que vai reduzir contratos por conta da queda de arrecadação dos royalties e demonstrou preocupação com a decisão do STF. Em julho, o prefeito de Campos, Rafael Diniz (Cidadania), decretou o contingenciamento de despesas.
As articulações em Brasília continuam para tentar uma vitória no STF. Uma liminar, de 2013, da ministra Cármen Lúcia, mantém a atual regra de distribuição. O Congresso Nacional decidiu partilhar os royalties de petróleo para todos os estados e municípios. O mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) será julgado em 20 de novembro. A bancada fluminense na Câmara dos Deputados não tem previsão otimista. Nos cálculos dos parlamentares, os produtores de petróleo perdem por 6 a 4.
O ministro Luís Roberto Barroso não deve votar. Em 2013, como procurador do Rio de Janeiro, ele assinou a ADI que será julgada pela Corte.

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    Arnaldo Neto

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